Leiamos atentamente o que o Senhor
disse por meio do apóstolo João: “E esta é a promessa que ele mesmo nos fez, a
vida eterna” (1 João 2.25).
Temos
examinado várias promessas estratégicas de Deus no Antigo Testamento. Temos considerado
como uma crescente consciência da habilidade de Deus edifica nossa fé em suas
promessas. Agora, comecemos a examinar algumas das promessas que Deus faz no
Novo Testamento.
A primeira promessa que consideraremos poderia ser,
na verdade, chamada de “a promessa de todas as promessas”, no que diz respeito
àquilo que impacta muito ao homem. Essa promessa é o clímax de todas as outras.
Observe atentamente o que a Escritura afirma, “E esta é a promessa que ele
mesmo nos fez, a vida eterna”. Como na vida humana, a vida eterna possui um
aspecto quantitativo (relacionado à duração) e um aspecto qualitativo
(relacionado à substância ou essência).
O
aspecto quantitativo da vida eterna diz respeito ao fato de que ela nunca
termina. Consequentemente, ela é, às vezes, traduzida como eterna, perpétua,
sem fim. Como ocorre em João 6.40, “De fato, a vontade de meu Pai é que todo
homem que vir o Filho e nele crer tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no
último dia”. Como seres humanos, que iniciam a vida natural limitada a um breve
número de anos, o pensar em uma vida sem fim é impressionante. Todavia, embora
o lado quantitativo da vida eterna seja tão maravilhoso, o lado qualitativo é
ainda mais estupendo.
Jesus
falou do aspecto qualitativo da vida eterna, dizendo, “Eu vim para que tenham
vida e a tenham em abundância” (João 10.10b). Essa é a vida na qual a plenitude
da graça de Jesus é crescentemente manifestada. Como está escrito: “E o Verbo
se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua
glória, glória como do unigênito do Pai. ... Porque todos nós temos recebido da
sua plenitude e graça sobre graça” (João 1.14 e 16). Essa é a vida na qual é
confiado ao Espírito Santo a produção de características semelhantes às de
Cristo de modo crescente. Pois a Escritura afirma: “Mas o fruto do Espírito é:
amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão,
domínio próprio. Contra essas coisas não há lei” (Gálatas 5.22-23). Essa é a
vida da qual não podemos ser nós mesmos a fonte de suficiência, mas Deus o é;
como está escrito: “Não que, por nós mesmos, sejamos capazes de pensar alguma
coisa, como se partisse de nós; pelo contrário, a nossa suficiência vem de
Deus” (2 Coríntios 3.5).
De
maneira apropriada, essa vida eterna é oferecida ao homem como um dom, um
presente, uma dádiva. Como afirma a Escritura: “Mas o dom gratuito de Deus é a
vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Romanos 6.23b); e “Eu lhes dou a
vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão” (João
10.28). Necessariamente, contudo, esse dom somente pode ser recebido mediante a
fé, como está escrito: “para que todo o que crê tenha a vida eterna” (João
3.15).
Assim, coloquemo-nos em oração
diante de nosso gracioso Senhor, reconhecendo o maravilhoso presente que ele
nos dá mediante a fé, a vida eterna; rendamos graças porque ela nunca terá fim;
e rogando que ele a faça crescer abundantemente em nós e por nosso intermédio.