“Pois os homens juram pelo que lhes
é superior, e o juramento, servindo de garantia, para eles, é o fim de toda
contenda. Por isso, Deus, quando quis mostrar mais firmemente aos herdeiros da
promessa a imutabilidade do seu propósito, se interpôs com juramento, para que,
mediante duas coisas imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta, forte
alento tenhamos nós que já corremos para o refúgio, a fim de lançar mão da
esperança proposta” (Hebreus 6.16-18). “Na esperança da vida eterna que o deus
que não pode mentir prometeu antes dos tempos eternos” (Tito 1.2).
Um dos benefícios de se viver confiando
nas promessas de Deus está relacionado a algo que Deus não pode fazer. Ele é
incapaz de mentir. Observe as expressões: “que o Deus que não pode mentir”
(Tito 1.2), e “nas quais é impossível que Deus minta” (Hebreus 6.18). Essa
“incapacidade/impossibilidade” de Deus, de fato, exalta sua grandeza, enquanto traz
grande segurança para nós.
Essa “incapacidade/impossibilidade”
de Deus é ligada aqui a suas promessas. Nós, que vivemos pela fé, somos
“herdeiros da promessa”. Herdamos as bênçãos de Deus por meio da confiança de
que ele cumprirá tudo quanto prometeu. Essas promessas oferecem vida eterna e
estão ancoradas “nos tempos eternos”; como está escrito: “na esperança da vida
eterna que o Deus que não pode mentir prometeu antes dos tempos eternos” (Tito
1.2). Agora, aqui, no tempo e no espaço, Deus deseja impressionar-nos
profundamente com o caráter imutável da sua vontade, visto que a Escritura diz:
“Por isso, Deus, quando quis mostrar mais firmemente aos herdeiros da promessa
a imutabilidade do seu propósito, se interpôs com juramento” (Hebreus 6.17).
Ele deseja que estejamos plenamente seguros de que ele não dirá uma coisa e, depois,
mais tarde, mudará de opinião e fará outra coisa.
A fim de prover para nós uma sólida
segurança, Deus adicionou um juramento a sua promessa. As pessoas fazem
juramentos na tentativa de convencer outras de sua confiabilidade. Elas juram
por algo que seja superior a elas. Observe: “Pois os homens juram pelo que lhes
é superior, e o juramento, servindo de garantia, para eles, é o fim de toda
contenda” (Hebreus 6.16). Contudo,
“quando Deus fez a promessa a Abraão, visto que não tinha ninguém superior por
quem jurar, jurou por si mesmo, dizendo: Certamente, te abençoarei e te
multiplicarei” (Hebreus 6.13-14). Este fato marca uma maravilhosa
condescendência da parte de Deus para conosco. Podemos dizer que ele se
humilhou a ponto de descer ao nosso nível (o que ele realmente fez de modo
pleno na encarnação, tornando-se homem). O Senhor usa um costume humano comum a
fim de conceder-nos um entendimento seguro da confiabilidade de seu compromisso
para conosco.
A segurança que recebemos por meio dessa
comunicação incomum é comparada a uma dupla certeza, como está escrito, “para
que, mediante duas coisas imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta,
forte alento tenhamos nós que já corremos para o refúgio, a fim de lançar mão
da esperança proposta” (Hebreus 6.18).
Por isso,
colocando-nos de joelhos diante de nosso Deus, reconheçamos que frequentemente
provamos nossa capacidade de mentir; adoremos ao Senhor como o Deus que não
pode mentir; sejamos gratos pelo fato de suas promessas nos concederem firme
segurança, e pelo fato de seu juramento produzir encorajamento em nós para
confiarmos e descansarmos nele; sejamos gratos pelo fato de ele fazer tudo
quanto é necessário para fortalecer nossa esperança no Senhor Jesus.