segunda-feira, 15 de junho de 2015

Fé e Graça



               Tendo refletido sobre a relação entre humildade e graça, agora devemos voltar nossa atenção para a relação existente entre a graça e a fé. Lemos, nas Escrituras, as seguintes declarações: “Por intermédio de quem obtivemos igualmente acesso, pela fé, a esta graça na qual estamos firmes; e gloriamo-nos na esperança da glória de Deus” (Ro­manos 5.2). “Essa é a razão por que provém da fé, para que seja segundo a graça, a fim de que seja firme a promessa para toda a descendência, não somente ao que está no regi­me da lei, mas também ao que é da fé que teve Abraão” (Romanos 4.16). “Visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá por fé” (Romanos 1.17).
Como foi observado anteriormente, a fé acessa a graça de Deus. “Por intermédio de quem obtivemos igualmen­te acesso, pela fé, a esta graça na qual estamos firmes” (Ro­manos 5.2). Quando confiamos em Jesus como nosso Se­nhor e Salvador, nascemos de novo e desfrutamos de nosso acesso inicial à graça. Deus tem como propósito que seus filhos continuem acessando a graça dia após dia, por todos os anos de crescimento e de serviço aqui na terra. Toda vez que enfrentamos uma dificuldade em nossa vida com uma atitude de dependência do Senhor Jesus, desfrutamos do oceano insondável da graça de Deus. Por isso, sua graça torna-se nossa fonte de vida.
Os recursos da graça de Deus não podem ser obti­dos mediante nosso trabalho ou merecimento, nem podem ser produzidos pelo homem. Eles devem ser providos livre­mente pelo Senhor. Do começo ao fim, a salvadora, libertado­ra e transformadora obra da graça de Deus é “dom de Deus; não de obras, para que ninguém se gloria” (Efésios 2.8-9). Esta verdade realça a natureza estratégica da fé. Somente a fé está em harmonia com a graça “Essa é a razão por que provém da fé, para que seja segundo a graça” (Romanos 4.16). Somente a fé é compatível com a graça. Nenhuma outra abordagem se ajustará à graça.
Isto marca outra profunda distinção entre a lei e a graça. “Ora, a lei não procede de fé, mas: Aquele que obser­var os seus preceitos por eles viverá” (Gálatas 3.12). A lei diz respeito às realizações. Aqueles que vivem pela lei são dei­xados nas mãos de seus próprios recursos para alcançar uma vida que corresponda aos padrões perfeitos de Deus. Aque­les que diariamente colocam sua fé no Senhor Jesus quanto à questão da vida acessam a graça para a vida piedosa.
É da vontade de Deus que vivamos nossa vida inteira pela fé que acessa a graça “O justo viverá por fé” (Romanos 1.17). Esta verdade é compreensiva. Ela se aplica a cada aspecto de nossa vida. Quando nos levantamos de manhã, entregamos o dia aos cuidados e orientação do Se­nhor.
Dependemos do Senhor Jesus para termos amor e paciência em nossos relacionamentos familiares. Ao nos dirigirmos para o trabalho, pela fé oramos acerca das oportu­nidades e desafios que nos aguardam. Se surge uma crise inesperada, imediatamente clamamos ao Senhor suplicando paz e direção. Quando se aproxima a ocasião de estudo da Bíblia e da adoração, exercitamos nossa fé para com Deus pedindo que ele os torne genuínos espiritualmente e eficazes pessoalmente. Qualquer coisa que seja, onde quer que seja e com quem quer que seja, “O justo viverá por fé”.
            Desejemos viver pela fé mais e mais a cada ama­nhecer. Reconheçamos que este é o único modo de acessarmos a gloriosa graça de Deus, que necessitamos de sua graça constante e continuamente, e que nenhuma outra fonte ou recurso será suficiente. Confessemos que nossos melho­res esforços apenas resultaram em fraqueza e fracasso. E supliquemos que o Senhor nos mostre as áreas de nossa vida nas quais não confiamos nele, e que nos ajude a, em tudo e em todo o tempo, vivermos pela fé.