sexta-feira, 28 de agosto de 2020

Outra promessa impopular sobre as consequências do pecado

            “Assim será na consumação do século: sairão os anjos, e separarão os maus dentre os justos, e os lançarão na fornalha acesa; ali haverá choro e ranger de dentes” (Mateus 13.49-50).

            Aqui são encontradas algumas promessas impopulares de Jesus. Essa série de promessas intensifica a advertência que ele deu na meditação anterior acerca das consequências do pecado. Lembremos do que ele disse: “Por isso, eu vos disse morrereis nos vossos pecados” (João 8.24). O texto de nossa presente meditação revela, mediante promessa, a certeza absoluta das consequências do pecado e sua terrível extensão. Em um mundo que procura ignorar a eternidade e negar a responsabilidade, essas promessas são impopulares.

            Todas as pessoas que morrem na culpa do pecado serão julgadas definitivamente um dia. Esta é uma certeza absoluta. O dia da prestação de contas está chegando. Observe as palavras de Jesus, “Assim será na consumação do século: sairão os anjos, e separarão os maus dentre os justos” (Mateus 13.49). As pessoas que morrerem antes desse dia também enfrentarão o julgamento; pois está escrito: “E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo” (Hebreus 9.27). O lugar do julgamento final do não salvo será o grande trono branco, visto que as Escrituras nos ensinam: “Vi um grande trono branco e aquele que nele se assenta, de cuja presença fugiram a terra e o céu, e não se achou lugar para eles. Vi também os mortos, os grandes e os pequenos, postos em pé diante do trono. Então, se abriram livros. Ainda outro livro, o Livro da Vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito nos livros. Deu o mar os mortos que nele estavam. A morte e o além entregaram os mortos que neles havia. E foram julgados, um por um, segundo as suas obras. Então, a morte e o inferno foram lançados para dentro do lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo. E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo” (Apocalipse 20.11-15).

            Esse julgamento absolutamente certo também possui uma terrível extensão. Ele é eterno. O pecado é um crime espiritual contra Deus. O Deus vivo e verdadeiro é eterno. Ele é o grande “Eu Sou” (Êxodo 3.14; João 8.58). Portanto, as consequências do pecado são eternas. Assim, todos os incrédulos terão o mesmo destino do diabo, do anticristo e do falso profeta, a saber, “lançado para dentro do lago de fogo e enxofre, onde já se encontram não só a besta como também o falso profeta; e serão atormentados de dia e de noite, pelos séculos dos séculos” (Apocalipse 20.10). Qualquer homem ou mulher, cujo nome não estiver inscrito no Livro da Vida, será lançado e atormentado nesse mesmo lugar, e ali sofrerá eternamente (Apocalipse 20.15). O tormento final do inferno será a separação da presença de Deus por toda a eternidade. Como está escrito: “estes sofrerão penalidade de eterna destruição, banidos da face do Senhor e da glória do seu poder” (2 Tessalonicenses 1.9). Banidos da presença de Deus, não desfrutando mais de sua graça comum nem de sua misericórdia, contudo, sofrendo o peso do furor da sua ira e da sua indignação, dia e noite, pelos séculos dos séculos.

            A certeza absoluta das consequências do pecado, bem como a certeza absoluta da sua terrível extensão, tornam a próxima promessa, de todas que examinamos, a mais crítica, a saber, “porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Romanos 6.23); e “Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão” (João 10.28).

            Colocando-nos diante de nosso Deus e Pai eterno, reconheçamos que merecemos o julgamento eterno devido a nossos pecados contra ele; supliquemos o dom gratuito da vida eterna em Cristo Jesus; e nos disponhamos em suas mãos, a fim de sermos usados por ele para levar outros ao conhecimento da realidade do julgamento e da utilidade da vida eternos.