“Como é preciosa, ó Deus, a tua benignidade! Por isso, os filhos dos homens se acolhem à sobra das tuas asas” (Salmo 36.7).
Bondade ou benignidade é um termo, no Antigo
Testamento, que possui profundo parentesco com o termo graça, no Novo
Testamento. Bondade expressa o amor zeloso de Deus para com seu povo. Esse amor
inclui sua misericórdia para conter o julgamento que merecemos, bem como sua
bondade para despejar sobre nós tudo que necessitamos. Pela graça de Deus, o
coração de Davi pode ser visto no modo apreciou a bondade de Deus. Ele disse:
“Como é preciosa, ó Deus, a tua benignidade/bondade” (Salmo 36.7a). Nesse
versículo, Davi revela a razão pela qual ele valorizava grandemente a bondade
de Deus. Isto envolve implicações de longo alcance sobre como Deus lida conosco
com base em sua bondade.
Depois de anunciar sua alta estima
pela bondade, Davi começa a explicar a razão pela qual isto era assim. Ele
afirma, primeiramente, “Por isso, os filhos dos homens se acolhem à sombra das
tuas asas” (Salmo 36.7b). Quando as pessoas têm um vislumbre da bondade de
Deus, elas entendem que esta inclui seu desejo de protege-las. Assim, elas se
aproximam, pela fé, a fim de serem cobertas e protegidas por seu amor cuidadoso.
Como diz a Escritura: “Tem misericórdia de mim, ó Deus, tem misericórdia, pois
em ti a minha alma se refugia, à sombra das tuas asas me abrigo, até que passem
as calamidades” (Salmo 57.1). Do mesmo modo como um pássaro dedicado guarda
seus filhotes sob suas asas, assim o Senhor exibe sua bondade guardando aqueles
que confiam nele.
Jesus expressou seu desejo de cuidar
de seu povo, deste modo íntimo, mesmo quando este merece o oposto. Como está
escrito: “Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te
foram enviados! Quantas vezes quis reunir teus filhos como a galinha ajunta os
do seu próprio ninho debaixo das asas, e vós não o quisestes!” (Lucas 13.34).
Davi foi um daqueles que desejaram estar reunidos sob as asas amorosas do cuidado
de Deus. Ele disse: “Guarda-me como a menina dos olhos, esconde-me à sombra das
tuas asas, dos perversos que me oprimem, inimigos que me assediam de morte”
(Salmo 17.8-9). Que alegria isto traz àqueles que correm para a bondade do
Senhor. Como expressa o salmista: “Porque tu me tens sido auxílio; à sombra das
tuas asas, eu canto jubiloso” (Salmo 63.7).