sábado, 22 de agosto de 2020

A importância das promessas "impopulares" de Deus

            Por isso, eu vos disse que morrereis nos vossos pecados; porque, se não crerdes que Eu Sou, morrereis nos vossos pecados” (João 8.24).

            Falando de modo geral, as promessas de Deus são “populares” para muitas pessoas. Quanto mais lemos ou ensinamos das promessas do Senhor, mais as pessoas ficam contentes. Lembremo-nos, por exemplo, das seguintes promessas: “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (João 8.36); e “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei” (Mateus 11.28). Promessas como essas são, com frequência, recebidas com prazer, visto que elas são encorajadoras. Elas são abraçadas com aprovação, visto que são confortadoras. Por outro lado, algumas das promessas de Deus são definitivamente “impopulares” para alguns segmentos da humanidade. Esse tipo de promessa é tratado com desdém e rejeitado, por causa de seu caráter condenatório ou sóbrio. No entanto, essas promessas, que nem sempre são bem recebidas, possuem grande importância no plano de Deus.

            Uma dessas promessas é dada duplicada em nosso texto. Observe atentamente o que o Senhor Jesus diz: “Por isso, eu vos disse que morrereis nos vossos pecados; porque, se não crerdes que Eu Sou, morrereis nos vossos pecados” (João 8.24). Em um mundo intolerante, que procura negar a realidade do pecado e suas consequências, esta é uma promessa impopular. Todavia, a promessa é verdadeira, apesar de tudo. O pecado traz morte espiritual. Esse é o caso desde o início. A Escritura afirma claramente: “E o Senhor Deus lhe deu esta ordem: De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente, morrereis” (Gênesis 2.16-17). Esta verdade foi reafirmada pelos profetas de Israel, como está escrito, por exemplo, em Ezequiel 18.20, que diz: “A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a iniquidade do pai, nem o pai, a iniquidade do filho; a justiça do justo ficará sobre ele, e a perversidade do perverso cairá sobre este”. A mesma verdade foi igualmente repetida pelos apóstolos na igreja primitiva, pois a Escritura diz: “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é avida eterna em Cristo Jesus” (Romanos 6.23). Visto que todos pecaram, essa advertência feita em forma de promessa pelo Senhor Jesus se aplica a todos. Como está escrito: “Todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Romanos 3.23).

            A fim de se escapar das inevitáveis consequências do pecado, é necessário confiar em Jesus Cristo como o Salvador divino prometido. Note o que nosso texto afirma categoricamente: “porque, se não crerdes que Eu Sou, morrereis nos vossos pecados” (João 8.24b). Esta declaração “Eu Sou” sugere a divindade de Jesus. Pouco tempo depois, o próprio Jesus declarou que ele é Deus, dizendo: “Em verdade, em verdade eu vos digo: antes que Abraão existisse, Eu Sou” (João 8.58). Aqui, Jesus aplica a si o mesmo nome que Deus revelou a Moisés, dizendo: “Disse deus a Moisés: Eu Sou O Que Sou. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: Eu Sou me enviou a vós outros” (Êxodo 3.14). Desse modo, esta importante promessa feita por Jesus nos admoesta que somente a fé nele como o Salvador divino, libertará a pessoa das consequências certas do pecado.

            Por isso, colocando-nos diante de Senhor e Salvador Jesus Cristo, rendamos graças a ele por esta importante advertência dada por meio dessa promessa; regozijemo-nos por termos nos submetidos à sua verdade e certeza; regozijemo-nos pelo fato de nossos pecados terem sido perdoados; e tomemos a decisão de transmitir essa promessa a outros que precisam responder de modo adequado a ela.