O
livro de Deuteronômio (4.37; 10.15) afirma que Deus amou e escolheu a Israel, e
que, por causa desse amor, ele mesmo o tirou do Egito. Isto significa que
Israel é um povo privilegiado – um povo amado e escolhido por Deus. Entretanto,
o livro de Deuteronômio (4.39-40; 10.16) também afirma que esse amor e escolha
trazem consigo responsabilidades da parte de Israel para com Deus – todo
privilégio traz junto responsabilidade.
Em
virtude de ser amado e escolhido por Deus, Israel deve, em primeiro lugar,
saber e refletir no coração que só o Senhor é Deus, e não há outro. Isto é,
deve haver reconhecimento, por parte de Israel, do fato de que existe somente
um Deus – o Deus que o amou e escolheu; do fato de que esse Deus requer
exclusividade – só o Senhor é Deus; e do fato de que esse Deus requer
fidelidade – não há outro. Além de reconhecer esses fatos, Israel deve refletir
ou meditar sobre eles (Deuteronômio 4.39).
Em
segundo lugar, Israel deve guardar os estatutos e mandamentos do Deus que o
amou e escolheu. Isto é, deve haver obediência, por parte de Israel, aos
princípios de vida estabelecidos por Deus; às leis por ele decretadas; e aos
mandamentos por ele ordenados (Deuteronômio 4.40).
Israel
deve, em terceiro lugar, circuncidar o coração e não endurecer a cerviz. Isto
é, a circuncisão, o sinal da aliança entre Deus e Israel, deve ser colocada no
coração – o centro de controle da vida – e não apenas na carne. O
relacionamento com Deus é algo que precisa estar no interior – no coração – não
no exterior apenas; e Israel não deve mais ser teimoso ou obstinado (Deuteronômio
10.16).
E
daí? Hoje, nós também somos pessoas privilegiadas – somos pessoas amadas e escolhidas
por Deus (Efésios 1.3-4). E, assim como aconteceu com Israel, juntamente com o
privilégio vem a responsabilidade. Daí termos as responsabilidades de saber e
refletir no coração que só o Senhor é Deus, e não há outro; de guardar os
estatutos e mandamentos do Deus que nos amou e nos escolheu; e de circuncidar o
nosso coração e não sermos obstinados em seguir ao pecado.