terça-feira, 19 de julho de 2016

Uma vez mais sobre a ressurreição e a santificação



Não esgotamos, ainda, esse tema da relação entre a ressurreição e a santificação. Por isso, precisamos meditar uma vez mais sobre essa relação. “Porque não queremos, irmãos, que ignoreis a natureza d atribulação que nos sobreveio na Ásia, porquanto foi acima das nossas forças, a ponto de desesperarmos até da própria vida. Contudo, já em nós mesmos, tivemos a sentença de morte, para que não confiemos em nós, e sim no deus que ressuscita os mortos; o qual livrou e livrará de tão grande morte; em quem temos esperado que ainda continuará a livrar-nos” (2 Coríntios 1.8-10).
            O texto acima fala novamente sobre o poder da ressurreição do Senhor em nossa vida cristã diária, no processo de santificação e crescimento espiritual. O cenário no qual o Senhor realizou esta obre de ressurreição foi o de serviço a Deus em meio a tribulação.
            O apóstolo Paulo não desejava que os demais cristãos estivessem ignorantes quanto às suas dificuldades. Ele afirma, “Porque não queremos, irmãos, que ignoreis a natureza da tribulação que nos sobreveio na Ásia”. Com muita frequência, tentamos manter nossas lutas pessoais totalmente particulares, não as compartilhando com outros irmãos. Dessa forma, roubamos glória de Deus quando ele nos livra delas. Igualmente, privamos outros cristãos de aprender importantes lições que vêm pelo prestar atenção em como Deus cumpre as fieis promessas de sua Palavra.
            As tribulações de Paulo foram muito duras naquela ocasião. Ele comenta que elas foram “acima das nossas forças, aponto de desesperarmos até da própria vida... já em nós mesmos, tivemos a sentença de morte.” Espiritualmente falando, estas tribulações estavam matando a Paulo e sua equipe missionária. Eles estavam sob pressão, sentiam-se oprimidos, desamparados e sem esperança. Quando nos encontramos nessa situação, desamparados e sem esperança, nossos sofrimentos parecem ser sem propósito. Todavia, nossas dificuldades (como as de Paulo) têm seu inestimável propósito realizado nelas: “para que não confiemos em nós, e sim no deus que ressuscita os mortos.” Observamos frequentemente que viver pela graça requer humildade e fé. Deus dá graça ao humilde, e a fé acessa a graça. Bem, nas tribulações da vida, Deus está trabalhando em nós para desenvolver essas realidades relacionais (realidades espirituais que se tornam reais por meio de um crescente relacionamento com Jesus).
            As tribulações e dificuldades se tornam ocasiões para sermos humilhados diante de Deus. Somos provocados a clamar por Deus em impotência. Também, as tribulações apresentam novas oportunidades de confiar no Senhor. Quando as tribulações são intensas, deus está nos purificando do obstáculo básico à confiança em Deus, e este é a autoconfiança. “Contudo, já em nós mesmos, tivemos a sentença de morte, para que não confiemos em nós mesmos, e sim no Deus que ressuscita os mortos.” Assim, convencidos de que não podemos controlá-las, recorremos a Deus, que fielmente nos ressuscita de nossa morte circunstancial. “O qual nos livrou... de tão grande morte.” Com isso, a fé cresce na confiança de que o Senhor continuará a livrar-nos: “e livrará de tão grande morte; em quem temos esperado que ainda continuará a livrar-nos.”
            Portanto, precisamos nos colocar diante de nosso Senhor e Libertador, clamando por sua ajuda nas tribulações que tendem a nos levar ao desespero; pedindo que nos mostre onde temos confiando em nós mesmos, e que nos purifique da autoconfiança; e desejando abraçar a humildade e colocar nossa confiança tão somente no Deus que ressuscita os mortos.