quinta-feira, 26 de abril de 2018

Encorajamento para outros, glória para Deus


Precisamos caminhar um pouco mais nessa questão do nosso morrer para que a vida de Cristo se manifeste em nós. As Escrituras afirmam: “De modo que, em nós, opera a morte, mas, em vós, a vida... Porque todas as coisas existem por amor de vós, para que a graça, multiplicando-se, torne abundantes as ações de graças por meio de muitos, para a glória de Deus” (2 Coríntios 4.12 e 15).
            Nós, que vivemos sob a nova aliança da graça somos vasos de barro. Nós não temos verdadeira vida espiritual em nós mesmo; como declara a Escritura, “não tendes vida em vós mesmos” (João 6.53). O tesouro que vive dentro de nós (Jesus) é nossa fonte diária de vida espiritual; pois, “Cristo,... é a nossa vida” (Colossenses 3.4). Consequentemente, sempre devemos morrer a fim de viver. Devemos ser incluídos na cruz de Cristo de modo que nossa vida egocêntrica não seja nossa fonte de vida. Devemos olhar para o Senhor como nossa suficiência.
            O Senhor nos ajuda neste processo ao colocar-nos em situações impossíveis, nas quais precisamos depender dele. Ele fielmente responde a nossa confiança e manifesta-se por nosso intermédio. “Porque nós, que vivemos, somos sempre entregues à morte por causa de Jesus, para que também a vida de Jesus se manifeste em nossa carne mortal” (2 Coríntios 4.11). Outras pessoas, ao observarem isto em nós, receberão encorajamento para olharem para o Senhor em busca da vida que necessitam. Assim, Paulo pode escrever aos coríntios (que estavam conscientes deste processo em sua vida): “De modo que, em nós, opera a morte, mas, em vós, a vida”.
            Cada dificuldade que Deus coloca em nossa vida tem relevância para nós, porém ela também pode ter um impacto naqueles a quem estamos ministrando, “porque todas as coisas existem por amor de vós”, afirma a Escritura. Quão importante é ter uma perspectiva de vida que inclui Deus trabalhando em nós para que ele possa tocar em outros. Certamente Paulo concebia a vida e o ministério desse modo, pois ele diz: “Agora, me regozijo nos meus sofrimentos por vós; e preencho o que resta das aflições de Cristo, na minha carne, a favor do seu corpo que é a igreja” (Colossenses 1.24); “Entretanto, mesmo que seja eu oferecido por libação sobre o sacrifício e serviço da vossa fé, alegro-me e com todos vós, me congratulo” (Filipenses 2.17); “Portanto, vos peço que não desfaleçais nas minhas tribulações por vós, pois nisso está a vossa glória” (Efésios 3.13).
            A medida que o Senhor opera sua graça em nossa vida e por meio dela, a graça pode ser difundida para muitas outras vidas, “para que a graça, multiplicando-se, torne abundantes as ações de graças por meio de muitos, para a glória de Deus”. A ação de graças traz muita glória e honra a Deus.
            Por isso, coloquemo-nos diante de nosso Deus e Pai, suplicando que ele nos ensine a lidar com as tribulações de modo que pessoas sejam encorajadas a confiar nele; suplicando que nos disponha a desejar tocar outras pessoas com vida à medida que morremos; suplicando que torne nossa vida um vaso por meio do qual sua graça seja derramada sobre muitas vidas, resultando em honra e glória a ele.