Precisamos
caminhar um pouco mais nessa questão do nosso morrer para que a vida de Cristo
se manifeste em nós. As Escrituras afirmam: “De modo que, em nós, opera a
morte, mas, em vós, a vida... Porque todas as coisas existem por amor de vós,
para que a graça, multiplicando-se, torne abundantes as ações de graças por
meio de muitos, para a glória de Deus” (2 Coríntios 4.12 e 15).
Nós,
que vivemos sob a nova aliança da graça somos vasos de barro. Nós não temos verdadeira
vida espiritual em nós mesmo; como declara a Escritura, “não tendes vida em vós
mesmos” (João 6.53). O tesouro que vive dentro de nós (Jesus) é nossa fonte
diária de vida espiritual; pois, “Cristo,... é a nossa vida” (Colossenses 3.4).
Consequentemente, sempre devemos morrer a fim de viver. Devemos ser incluídos
na cruz de Cristo de modo que nossa vida egocêntrica não seja nossa fonte de
vida. Devemos olhar para o Senhor como nossa suficiência.
O
Senhor nos ajuda neste processo ao colocar-nos em situações impossíveis, nas
quais precisamos depender dele. Ele fielmente responde a nossa confiança e
manifesta-se por nosso intermédio. “Porque nós, que vivemos, somos sempre
entregues à morte por causa de Jesus, para que também a vida de Jesus se
manifeste em nossa carne mortal” (2 Coríntios 4.11). Outras pessoas, ao
observarem isto em nós, receberão encorajamento para olharem para o Senhor em
busca da vida que necessitam. Assim, Paulo pode escrever aos coríntios (que
estavam conscientes deste processo em sua vida): “De modo que, em nós, opera a
morte, mas, em vós, a vida”.
Cada
dificuldade que Deus coloca em nossa vida tem relevância para nós, porém ela
também pode ter um impacto naqueles a quem estamos ministrando, “porque todas
as coisas existem por amor de vós”, afirma a Escritura. Quão importante é ter
uma perspectiva de vida que inclui Deus trabalhando em nós para que ele possa
tocar em outros. Certamente Paulo concebia a vida e o ministério desse modo,
pois ele diz: “Agora, me regozijo nos meus sofrimentos por vós; e preencho o
que resta das aflições de Cristo, na minha carne, a favor do seu corpo que é a
igreja” (Colossenses 1.24); “Entretanto, mesmo que seja eu oferecido por
libação sobre o sacrifício e serviço da vossa fé, alegro-me e com todos vós, me
congratulo” (Filipenses 2.17); “Portanto, vos peço que não desfaleçais nas
minhas tribulações por vós, pois nisso está a vossa glória” (Efésios 3.13).
A
medida que o Senhor opera sua graça em nossa vida e por meio dela, a graça pode
ser difundida para muitas outras vidas, “para que a graça, multiplicando-se,
torne abundantes as ações de graças por meio de muitos, para a glória de Deus”.
A ação de graças traz muita glória e honra a Deus.
Por isso, coloquemo-nos diante de
nosso Deus e Pai, suplicando que ele nos ensine a lidar com as tribulações de
modo que pessoas sejam encorajadas a confiar nele; suplicando que nos disponha
a desejar tocar outras pessoas com vida à medida que morremos; suplicando que
torne nossa vida um vaso por meio do qual sua graça seja derramada sobre muitas
vidas, resultando em honra e glória a ele.
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