segunda-feira, 11 de junho de 2018

A resposta de Israel à exigência da Lei


            Em nossa meditação anterior, tratamos da exigência de obediência estabelecida pela antiga aliança. Hoje, trataremos da resposta dada por Israel, e por nós também, a essa exigência de obediência. No que diz respeito a Israel, lemos nas Escrituras: “E tomou o livro da aliança e o leu ao povo; e eles disseram: Tudo o que falou o Senhor faremos e obedeceremos” (Êxodo 24.7). “Hoje, fizeste o Senhor declarar que te será por Deus, e que andarás nos seus caminhos, e guardarás os seus estatutos, e os seus mandamentos, e os seus juízos, e darás ouvidos à sua voz” (Deuteronômio 26.17).
            A Lei de Deus exige obediência de todo o coração. A Escritura diz: “Hoje, o Senhor, teu Deus, te manda cumprir estes estatutos e juízos; guarda-os, pois, e cumpre-os de todo o teu coração e de toda a tua alma” (Deuteronômio 26.16). Quando os israelitas ouviram este requerimento resumido da Lei, eles confiantemente prometeram obedecer. Observe o versículo 17: “Hoje, fizeste o Senhor declarar que te será por Deus, e que andarás nos seus caminhos, e guardarás os seus estatutos, e os seus mandamentos, e os seus juízos, e darás ouvidos à sua voz”. Quarenta anos antes, quando o Senhor deu sua Lei pela primeira vez ao seu povo, este respondeu de modo semelhante, dizendo: “E tomou o livro da aliança e o leu ao povo; e eles disseram: Tudo o que falou o Senhor faremos e obedeceremos” (Êxodo 24.7).
            Suas intenções eram certamente recomendáveis. Contudo, sua execução definitivamente foi inaceitável. Mesmo antes de terem partido dos pés da montanha onde receberam a Lei, eles se lançaram na desobediência. A Escritura registra: “Então, disse o Senhor a Moisés: Vai, desce; porque o teu povo, que fizeste sair do Egito, se corrompeu e depressa se desviou do caminho que lhe havia eu ordenado; fez para si um bezerro fundido, e o adorou, e lhe sacrificou, e diz: São estes, ó Israel, os teus deuses, que te tiraram da terra do Egito” (Êxodo 32.7-8). Logo após a morte de Josué (que os introduziu na Terra Prometida), eles repetidamente se rebelaram contra o Senhor, seu Deus. O livro de Juízes documenta isto de modo claro, dizendo: “Tornaram, então, os filhos de Israel a fazer o que era mau perante o Senhor” (Juízes 3.12); “Os filhos de Israel tornaram a fazer o que era mau perante o Senhor, depois de falecer Eúde” (Juízes 4.1); “Fizeram os filhos de Israel o que era mau perante o Senhor” (Juízes 6.1); e “Tornaram os filhos de Israel a fazer o que era mau perante o Senhor e serviram aos baalins e a Astarote, e aos deuses da Síria, e aos de Sidom, de Moabe, dos filhos de Amom e dos filisteus; deixaram o Senhor e não o serviram” (Juízes 10.6).
            Cerca de 1.400 anos mais tarde, Estevão resume a história da desobediência de Israel, dizendo: “Homens de dura cerviz e incircuncisos de coração e de ouvidos, vós sempre resistis ao Espírito Santo; assim como fizeram vossos pais, também vós o fazeis” (Atos 7.51). Que avaliação sóbria daqueles que estavam tão confiantes de obedecer a Lei de Deus.
            Por isso, em oração, humildemente nos ajoelhemos diante de nosso Pai celestial: confessando que frequentemente somos como os filhos de Israel, pois confiantemente prometemos viver em obediência à sua vontade e, então, rapidamente nos desviamos do seu caminho e cedemos à nossa própria vontade; agradecendo por sua graça perdoadora; ardentemente clamando por mais, pois necessitamos da graça transformadora para renovar nosso homem interior a fim de obedecermos cada vez mais à sua Lei.