Caminhemos um pouco mais adiante, e
consideremos o que as Escrituras nos dizes sobre o plano de Deus nas nossas
aflições. “Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno
peso de glória, acima de toda comparação” (2 Coríntios 4.17).
Os crentes em Jesus Cristo são
“ministros [servos] de uma nova aliança” (2 Coríntios 3.6). Servimos a Deus por
sua graça, experimentando-a e transmitindo-a a outros. “Porque todas as coisas
existem por amor de vós, para que a graça, multiplicando-se, torne abundantes
as ações de graças por meio de muitos, para glória de Deus” (2 Coríntios 4.15).
Um incrível privilégio de viver e servir pela graça é que nossa aflição leve e
momentânea pode produzir para nós um eterno peso de glória!
Ter nossas dificuldades temporais
“trabalhando em nós” é uma perspectiva nova e celestial das aflições.
Geralmente, as pessoas consideram suas aflições como algo que trabalha contra
elas, não a favor delas. Todavia, as aflições podem trabalhar para o bem, e o
bem é sempre eterno! Observe que plano gracioso é revelado neste contraste:
“leve e momentânea tribulação” e “eterno peso de glória”.
Primeiro, considere que o prazer
celestial da “glória” de Deus pode resultar de nossas experiências terrenas de
“aflição”. As dificuldades que enfrentamos aqui, na terra, podem nos preparar
para oportunidades de desfrutar de comunhão, adoração e serviço mais gloriosa
do Senhor Deus, no céu. (Nossa próxima meditação examinará quando isto ocorre.)
Então, considere que nossas aflições
são “leves” comparadas com o “peso” da glória que jaz adiante. Isto não
significa que nossas tribulações na terra sejam triviais. Observe as “leves e
momentâneas tribulações” que o apóstolo Paulo enfrentou. Ele diz: “Eu ainda
mais: em trabalhos, muito mais; muito mais em prisões; em açoites, sem medida;
em perigos de morte, muitas vezes. Cinco vezes recebi dos judeus uma quarentena
de açoites menos um; fui três vezes fustigado com varas; uma vez, apedrejado;
em naufrágio, três vezes; uma noite e um dia passei na voragem do mar; em
jornadas, muitas vezes; em perigos de rios, em perigos de salteadores, em
perigos entre patrícios, em perigos entre gentios, em perigos na cidade, em
perigos no deserto, em perigos no mar, em perigos entre falsos irmãos; em
trabalhos e fadigas, em vigílias, muitas vezes; em fome e sede, em jejuns,
muitas vezes; em frio e nudez. Além das coisas exteriores, há o que pesa sobre
mim diariamente, a preocupação com todas as igrejas” (2 Coríntios 11.23-28).
Entretanto, Paulo considerou estas coisas como leves e momentâneas quando
comparadas com a “substancial magnitude” da glória que o aguardava no céu.
Finalmente, considere que as
dificuldades da vida são apenas “momentâneas”, enquanto que as resultantes
bênçãos celestiais são “eternas”. As tribulações, com frequência, parecem que
nunca terão fim; todavia, elas finalmente passarão. De fato, é a glória
celestial, que resulta das tribulações, que nunca terminarão.
Que plano maravilhoso Deus tem! Ele
quer usar as tribulações de nossa vida para aumentar nossa capacidade
espiritual, a fim de desfrutarmos mais plenamente da glória de conhece-lo,
adorá-lo e servi-lo para sempre e sempre!
Por isso,
coloquemo-nos em oração diante de nosso Pai eterno, suplicando que nos dê mais
e mais dessa perspectiva das aflições; que nos ajude a vê-las como
potencialmente produtivas no sentido eterno; que nos faça lembrar que nossas
tribulações são momentâneas e leves quando comparadas ao peso eterno de glória
que elas podem produzir.
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