Quando, pela primeira vez, Davi encarregou Asafe e seus irmãos de celebrarem com hinos ao Senhor, ele mesmo compôs um salmo ou hino. Nele, Davi recomenda algumas lembranças sadias: “Lembrai-vos das maravilhas que fez, dos seus prodígios e dos juízos dos seus lábios” (1 Crônicas 16.12). O ato de lembrar-se das maravilhas, dos prodígios e dos juízos de Deus tem conseqüências benéficas.
Lembre-se
das maravilhas que o Senhor fez. O termo “maravilha” diz respeito a algo que
provoca admiração por sua beleza ou grandeza. A Escritura declara, em Êxodo
15.11, que ninguém “opera maravilhas” como o Senhor e, em Josué 3.5, que o
Senhor faz maravilhas no meio do seu povo. Dois exemplos que imediatamente vêm
à mente são: a manifestação do Senhor na sarça ardente, da qual Moisés diz,
“Irei para lá e verei essa grande maravilha” (Êxodo 3.3); e a manifestação do
Senhor no Monte Sinai (Êxodo 19.16-25; 20.18-21). Lembrar-se dessas e de outras
maravilhas operadas pelo Senhor renova a crença de que só o Senhor é Deus, Deus
Altíssimo, Deus santo e tremendo.
Lembre-se
dos prodígios realizados pelo Senhor. A palavra “prodígio” se refere a um
fenômeno extraordinário ou inexplicável, um milagre. A Bíblia afirma, no Salmo
72.18, que “só ele (o Senhor) opera prodígios”. Permanecendo no período do
êxodo, encontramos o Senhor declarando, “Portanto, estenderei a mão e ferirei o
Egito com todos os meus prodígios que farei no meio dele” (Êxodo 3.20).
Certamente esses prodígios dizem respeito às pragas lançadas sobre o Egito
(Êxodo 7.14-12.36), e à extraordinária ação de abrir o Mar Vermelho, para o
povo de Israel passar a pé enxuto, e torná-lo a fechar, para fazer perecer o
exército egípcio (Êxodo 14.15-31). Lembrar-se desses prodígios, e de outros,
revigora a confiança na soberania e poder do Senhor, a quem nada é impossível.
Lembre-se
dos juízos proferidos e executados pelo Senhor. No Escritura, a expressão
“juízo” se refere não apenas ao julgamento efetuado por Deus, mas também à
execução da punição ou castigo estabelecido no julgamento, ainda que essa não
ocorra imediatamente. Está escrito: “Deus é justo juiz” (Salmo 7.11); e “Um só
é Legislador e Juiz, aquele que pode salvar e fazer perecer” (Tiago 4.12). A
Escritura deixa claro que as ações de Deus sobre o Egito, por ocasião do êxodo,
eram “grandes manifestações de julgamento” (Êxodo 6.6) e execução de “juízo
sobre todos os deuses do Egito” (Êxodo 12.12), pois “Faz-se conhecido o Senhor,
pelo juízo que executa” (Salmo 9.16). Lembrar-se dos juízos proferidos e
executados pelo Senhor, produz conhecimento e santo temor.
O ato de trazer à
memória a lembranças dessas coisas sadias traz benefícios à vida e ao relacionamento
cristãos com o Senhor.
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