segunda-feira, 24 de junho de 2013

Implicações Práticas do Batismo Infantil



            Os filhos dos crentes devem ser batizados, pois o batismo é tanto um direito quanto um dever cristão. As crianças batizadas são “santas”, isto é, consagradas a Deus. Quer pelo ato formal dos pais em consagrá-las a Deus; quer pela aliança de Deus com seu povo, por meio da qual os filhos são incorporados ao Reino Visível de Deus, com vistas a sua preparação para o Reino Eterno e Espiritual. Tal como acontece com a cidadania. Em virtude desses fatos, o batismo infantil traz algumas implicações práticas, dentre elas destacamos duas:
            Aos pais: A fé dos pais é o motor e a condição do batismo (1 Coríntios 7.14). O direito dos pais de batizarem seus filhos depende de uma condição moral interna. Pois o ato de batizar leva a um questionamento da fé dos pais, visto que “sem fé é impossível agradar a Deus” (Hebreus 11.6). Em virtude desse questionamento, os pais se vêem obrigados a fazer um exame de consciência e a renovar sua consagração. A fé dos pais é o elemento benfeitor. Os pais sabem que seus filhos são impuros e que pertencem a uma raça caída no pecado. Por isso os pais os oferecem a Deus, para a purificação, e se comprometem a guiar seus filhos no caminho da salvação. A fé dos pais é a fonte da bênção divina. A fé dos pais é muito importante no plano das relações da criança com Deus. Os pais devem reconhecer que o filho é propriedade de Deus, e que Deus o coloca sob sua responsabilidade para que lhe dê uma formação santificada. A fé dos pais é o vínculo da criança com a Igreja. Tudo o que os pais têm recebido, pela graça de Deus, por meio da Igreja, lhes induz a esperar as mesmas bênçãos para seus filhos. Além disso, os pais podem usar os recursos da Igreja em sua tarefa de educar seus filhos.
            Aos filhos: O batismo não regenera, antes, o batismo é uma consagração formal e pública do filho a Deus; é uma expressão da fé dos pais na promessa de Deus na aliança; é uma representação da necessidade de purificação por parte dos filhos; é uma representação da natureza da obra do Espírito Santo. O batismo traz bênçãos: traz aos filhos a uma relação com a Igreja Visível, os coloca sob o cuidado do povo de Deus e os compele a andar segundo seus ensinos; vincula a Igreja à criança, pois a Igreja a adota e a inclui em sua família, assumindo solene obrigação de velar por ela, capacitá-la a ser útil e a ser uma digna herdeira do céu; introduz os pais numa aliança pública com Deus e com a Igreja, obrigando-os a cuidar do crescimento do filho e a trabalhar por sua salvação; introduz, também, o Senhor Deus na aliança com seu povo, segundo a qual ele se compromete a ser o Deus de seu povo e o Deus de seus descendentes (Deuteronômio 30.6, 19).
            Portanto, o batismo infantil possui um valor prático, e é incalculável em seus benefícios. É o primeiro passo na execução da missão dos pais de ensinar a criança no caminho em que deve andar, para que, quando for velha, não se desvie dele (Provérbios 22.6).

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