Os
filhos dos crentes devem ser batizados, pois o batismo é tanto um direito
quanto um dever cristão. As crianças batizadas são “santas”, isto é,
consagradas a Deus. Quer pelo ato formal dos pais em consagrá-las a Deus; quer
pela aliança de Deus com seu povo, por meio da qual os filhos são incorporados
ao Reino Visível de Deus, com vistas a sua preparação para o Reino Eterno e
Espiritual. Tal como acontece com a cidadania. Em virtude desses fatos, o
batismo infantil traz algumas implicações práticas, dentre elas destacamos
duas:
Aos
pais: A fé dos pais é o motor e a condição do batismo (1 Coríntios 7.14). O direito
dos pais de batizarem seus filhos depende de uma condição moral interna. Pois o
ato de batizar leva a um questionamento da fé dos pais, visto que “sem fé é
impossível agradar a Deus” (Hebreus 11.6). Em virtude desse questionamento, os
pais se vêem obrigados a fazer um exame de consciência e a renovar sua
consagração. A fé dos pais é o elemento benfeitor. Os pais sabem que seus
filhos são impuros e que pertencem a uma raça caída no pecado. Por isso os pais
os oferecem a Deus, para a purificação, e se comprometem a guiar seus filhos no
caminho da salvação. A fé dos pais é a fonte da bênção divina. A fé dos pais é
muito importante no plano das relações da criança com Deus. Os pais devem
reconhecer que o filho é propriedade de Deus, e que Deus o coloca sob sua
responsabilidade para que lhe dê uma formação santificada. A fé dos pais é o
vínculo da criança com a Igreja. Tudo o que os pais têm recebido, pela graça de
Deus, por meio da Igreja, lhes induz a esperar as mesmas bênçãos para seus
filhos. Além disso, os pais podem usar os recursos da Igreja em sua tarefa de
educar seus filhos.
Aos
filhos: O batismo não regenera, antes, o batismo é uma consagração formal e
pública do filho a Deus; é uma expressão da fé dos pais na promessa de Deus na
aliança; é uma representação da necessidade de purificação por parte dos
filhos; é uma representação da natureza da obra do Espírito Santo. O batismo
traz bênçãos: traz aos filhos a uma relação com a Igreja Visível, os coloca sob
o cuidado do povo de Deus e os compele a andar segundo seus ensinos; vincula a
Igreja à criança, pois a Igreja a adota e a inclui em sua família, assumindo
solene obrigação de velar por ela, capacitá-la a ser útil e a ser uma digna
herdeira do céu; introduz os pais numa aliança pública com Deus e com a Igreja,
obrigando-os a cuidar do crescimento do filho e a trabalhar por sua salvação;
introduz, também, o Senhor Deus na aliança com seu povo, segundo a qual ele se
compromete a ser o Deus de seu povo e o Deus de seus descendentes (Deuteronômio
30.6, 19).
Portanto,
o batismo infantil possui um valor prático, e é incalculável em seus
benefícios. É o primeiro passo na execução da missão dos pais de ensinar a
criança no caminho em que deve andar, para que, quando for velha, não se desvie
dele (Provérbios 22.6).
Nenhum comentário:
Postar um comentário