sexta-feira, 9 de abril de 2021

Mais sobre Jeremias contrastando as duas opções de confiança

            “Assim diz o Senhor: Maldito o homem que confia no homem, faz da carne mortal o seu braço e aparta o seu coração do Senhor. Porque será como o arbusto solitário no deserto e não verá quando vier o bem; antes, morará nos lugares secos do deserto, na terra salgada e inabitável. Bendito o homem que confia no Senhor e cuja esperança é o Senhor. Porque ele é como a árvore plantada junto às águas, que estende as suas raízes para o ribeiro e não receia quando vem o calor, mas a sua folha fica verde; e, no ano da sequidão, não se perturba, nem deixa de dar fruto” (Jeremias 17.5-8).

            Consideremos, novamente, o contraste que Jeremias faz entre duas opções de confiança. Como observamos na meditação anterior, existem apenas duas escolhas, a saber, o homem ou Deus. Colocar a confiança no homem ou coloca-la em Deus. Quando o homem é o objeto de nossa esperança, o resultado é a maldição da esterilidade espiritual. Como está escrito: “Maldito o homem que confia no homem.” Por outro lado, quando Deus é o objeto de nossa dependência, o resultado é grande bênção. Pois a Escritura afirma, “Bendito o homem que confia no Senhor e cuja esperança é o Senhor.”

            A bênção espiritual que resulta do confiar no Senhor é comparada a uma árvore que cresce mediante o contínuo fluxo de um rio. Observe o texto bíblico, ele diz: “Porque ele é como a árvore plantada junto às águas.” A margem do rio é o local ideal para o desenvolvimento de uma árvore próspera. Confiar no Senhor é o único ambiente no qual a vida espiritual próspera pode ser desenvolvida. Uma árvore que está localizada próxima ao rio manda suas raízes tirarem cada vez mais daquela água que dá vida. Como diz a Escritura, ela “estende as suas para o ribeiro”. O cristão que espera no Senhor encontra a vida desejada pelo homem interior e alcança cada vez mais desta vida pela qual ele anseia.

            Quando o calor da aridez chega, isto representa uma terrível ameaça à vida da planta, exceto se a planta estiver localizada ao lado de um rio abundante. Quando o calor da batalha ou de circunstâncias impossíveis chegarem, elas podem representar uma terrível ameaça ao cristão. Todo filho de Deus é tentado a ficar ansioso. Contudo, se o Senhor é nossa esperança, acontece conosco o mesmo que Jeremias relata, a saber, “não receia quando vem o calor, [...] no ano de sequidão, não se perturba.” Em vez disso, nós continuaremos a crescer e a frutificar espiritualmente. Como diz a Escritura, “mas a sua folha fica verde, [...] nem deixa de dar fruto.”

            Que resultados radicalmente diferentes advêm do confiar no Senhor, em vez de confiar no homem. Recebemos bênção espiritual, em vez de maldição. Nossa vida espiritual é comparada a uma árvore frondosa ao lado de um rio, em vez de um arbusto solitário no deserto. Experimentamos os recursos da graça de Deus, em vez dos recursos carnais do homem.

            Diante disso, em oração, louvemos ao Senhor, nosso Deus, pela abundante graça que flui dele para nosso coração durante todo o tempo em que confiamos nele, pois isto é bênção sem medida; rendamos graças, pois nada é mais eficiente para guardar-nos do medo e da ansiedade, porque nada é mais eficiente para produzir crescimento e frutificação espirituais em meio as circunstâncias ameaçadoras; reafirmemos que o Senhor é a nossa esperança dia a dia.

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