segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Benefícios Salvíficos da Aliança da Graça - IV



Na promessa de Deus, na Aliança da Graça, de ser o nosso Deus, estão implícitos inumeráveis benefícios. Entre os quatro que se destacam, o quarto é: A constância e a eternidade do amor de Deus e de nossa união com ele.
Devemos, em quarto lugar, enfatizar que Deus, nessa promessa, quis enaltecer a constância de seu amor e a eternidade as bênçãos. Visto que o Senhor anuncia eternidade em sua concepção própria quando promete ser o nosso Deus, por esse mesmo anúncio ele notifica que será nosso para sempre. Desse modo, enquanto Deus for Deus – e o será para todo sempre – ele também será o nosso Deus, para que desfrutemos eternamente de sua comunhão e felicidade. O salmista declara: “que este é Deus, o nosso Deus para todo o sempre” (Salmo 48.14). Este é, sem dúvida, o argumento mais forte para a consolação e a confiança dos crentes contra todas as tentações, e um apoio inabalável para a fé. Se Deus será nosso para todo o sempre, que mais temeremos de mal ou esperaremos de bom, visto que somos mais que vencedores nele para todo o sempre? Em virtude disso podemos dizer confiantemente: “Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus que os justifica. Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus e também intercede por nós. Quem nos separará do amor de Cristo? ... Porque eu estou bem certo de quem nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá nos separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Romanos 8.33-35,38-39).
Em adição a essa promessa geral, contida na fórmula da aliança da graça, estão inclusas muitas outras promessas especiais, fundamentadas nela e fluindo dela. Promessas como: a concessão do Espírito Santo (Ezequiel 36.27); a remissão dos pecados (Jeremias 31.34); a regeneração, designada pela inscrição da lei no coração (Jeremias 31.33); a adoção como filhos (2 Coríntios 6.18); a remoção do coração de pedra e a dádiva de um novo coração de carne (Ezequiel 36.26); a perseverança dos salvos (Jeremias 32.40), a bênção peculiar do pacto da graça, visto que deve ser inviolável e eterno; e todas as bênçãos espirituais da graça e da glória (Gênesis 12.3; Gálatas 3.8,9,14; Atos 3.26; Efésios 1.3). Sendo todas essas promessas designadas pela palavra “salvação”, o que implica não apenas na posse da vida eterna, mas também no livramento da morte. Salvação que é concretizada em quatro partes: justificação, que nos livra da culpa e maldição do pecado; santificação, que remove a mácula e corrupção do pecado; consolação e paz de consciência, que nos sustenta contra as aflições da vida e contra os terrores da consciência; e glorificação eterna, que nos põe a salvo da morte eterna e nos conduz à felicidade plena e eterna.

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