A Escritura nos diz “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3.16). Se nenhuma outra revelação tivéssemos de Deus, se nenhuma outra porção da Escritura existisse, essa seria suficiente para nos levar ao conhecimento de Deus e da salvação. Entre outras, esse texto nos fala de quatro coisas que enaltecem o amor de Deus para conosco. São elas:
Primeira,
a majestade daquele que nos ama. E aquele que nos ama não é outro senão o
próprio Deus. Ele é o Altíssimo (Salmo 83.18), diante dele há glória,
majestade, força e formosura (Salmo 96.9) e está assentado num alto e sublime
trono (Isaías 6.1). Simplesmente somos amados pelo Deus altíssimo e majestoso.
Ele não nos ama porque o amamos primeiro, não nos ama porque precisa de nós,
não nos ama porque é obrigado. Antes, com toda justiça deve nos odiar e nos
destruir.
Segunda,
a pobreza e indignidade daquele que é amado. E aquele que é amado pelo Deus
altíssimo não é outro senão o ser humano. O homem criado por Deus em santidade
e retidão, mas que se desviou e se corrompeu (Eclesiastes 7.29), que se poluiu
de tal modo que é incapaz de ser justo, fazer o bem e não pecar (Eclesiastes
7.20) e cuja radiografia é apresentada pela Escritura em tons sombrios (Romanos
3.9-18). Simplesmente aquele que é amado pelo Deus altíssimo é o ser humano,
pobre e indigno. Somos amados não apenas como criaturas fúteis e fracas, mas
como pecadores e culpados. Servos rebeldes que estão longe de merecer tal amor,
sendo antes dignos de ódio e castigo.
Terceira,
a dignidade daquele no qual somos amados. E aquele no qual somos amados é Jesus
Cristo. Jesus o Cristo, Filho do Deus vivo (Mateus 16.16), aquele no qual o Pai
se compraz (Mateus 3.17) e que é a imagem de Deus, o primogênito de toda
criação e em quem reside toda a plenitude da divindade (Colossenses 1.15-20).
Simplesmente aquele no qual somos amados é o mui digno Jesus Cristo. Somos amados
em Cristo (Efésios 1.5-6), o deleite do Pai e sua imagem exata. O Pai não
poderia ter dado nada mais excelente, nada mais digno, nada mais caro que seu
próprio Filho (Gálatas 4.4-5).
Quarta, a multidão e
excelência dos dons que emanam daquele que nos ama. E esses dons são os efeitos
abençoadores que fluem do amor de Deus, os quais, resumidamente, são: fé, que é
dom de Deus (Efésios 2.8), anulação da sentença de morte, pois não há mais
condenação para os que estão em Cristo (Romanos 8.1) e vida eterna, uma vida
nova e abundante (João 10.10). Esses efeitos são muitos em número e grandes em
valor, pois são todos os benefícios pelos quais a salvação é iniciada nesta
vida e se torna perfeita na vindoura.
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