O
autor do Salmo 119 dedica os versículos 97 a 104 à expressão de seu amor pela
Palavra de Deus. A título de curiosidade, na Bíblia Hebraica, todos os
versículos desta seção começam com a letra hebraica Mem – equivalente ao nosso “m”. Ele começa dizendo, “Quanto amo a
tua lei!” (v. 97). O sentido do termo hebraico traduzido por “lei” é “a palavra
de Deus”, ou seja, ele declara, “Quanto amo a palavra de Deus!” A seguir, o salmista expõe os motivos
porque ama a Palavra de Deus. Primeiro, porque a Palavra de Deus o tornava um
homem sábio (v. 98). A meditação diária na Palavra de Deus concedia sabedoria
ao autor, a fim de que pudesse lidar com seus inimigos.
Segundo,
porque a Palavra de Deus lhe dava compreensão (v. 99). A meditação diária na
Palavra de Deus concedia iluminação espiritual à mente do salmista, de modo que
tinha uma compreensão melhor que a de seus mestres.
Terceiro,
porque a Palavra de Deus o tornava um homem prudente (v. 100). A meditação
diária na Palavra de Deus gerava prudência no coração do salmista, de modo que
seu comportamento era mais prudente que o dos idosos de sua época.
Quarto,
porque a Palavra de Deus o fazia evitar o caminho mau (v. 101). A meditação
diária na Palavra de Deus dava condições ao autor de evitar coisas erradas e
prejudiciais, tanto para si mesmo quanto para seu próximo.
Quinto,
porque a Palavra de Deus o levava para mais perto de Deus (v. 102). A meditação
diária na Palavra de Deus gerava comunhão cada vez mais íntima do salmista com
Deus.
Sexto,
porque a Palavra de Deus era doce como o mel (v. 103). A meditação diária na
Palavra de Deus era algo agradável e prazeroso ao autor, pois se constituía em
alimento para sua alma (Jr 15.16).
Sétimo,
porque a Palavra de Deus produzia entendimento (v. 104). A meditação diária na
Palavra de Deus dava discernimento ao salmista, de modo que ele podia fazer
diferença entre a verdade e a falsidade.
Feliz
é a pessoa que pode repetir esta seção com sinceridade de coração; é um sinal seguro
de que já passou da morte para a vida eterna.
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