Voltemos
a Gênesis 39.1-4, onde lemos: “José foi levado ao Egito, e Potifar, oficial de
Faraó, comandante da guarda, egípcio, comprou-o dos ismaelitas que o tinham
levado para lá. O Senhor era com José, que veio a ser homem próspero; e estava
na casa de seu senhor egípcio. Vendo Potifar que o Senhor era com ele, e que
tudo o que ele fazia o Senhor prosperava em suas mãos, logrou José mercê
perante ele, a quem servia; e ele o pôs por mordomo de sua casa e lhe passou às
mãos tudo o que tinha.”
No
versículo 4, temos a seguinte informação: “e lhe passou às mãos tudo o que tinha.” O versículo 5
continua, “E, desde que o fizera mordomo de sua casa e sobre tudo o que tinha, o Senhor abençoou a casa do egípcio por
amor a José; a bênção do Senhor estava sobre tudo o que tinha confiado às mãos de José, tanto em casa como no
campo.” E o versículo 6 completa, “Potifar, tudo
o que tinha confiou às mãos de José, de maneira que, tendo-o por mordomo,
de nada sabia, além do pão com que se alimentava.” Observe a repetição da
expressão tudo o que tinha. O que
isso significa? Significa que Potifar entregou tudo nas mãos de José.
Designou-o como chefe dos outros escravos, e confiou todo o seu dinheiro e
todos os seus bens. A escritura afirma que Potifar “de nada sabia, além do pão
com que se alimentava.” A única coisa que Potifar fazia era sentar-se à mesa e
alimentar-se. Isso é rendição total. Ele entregou absolutamente tudo nas mãos de
José.
Trazendo
isso para nós. Já entregamos tudo nas mãos de Deus? Podemos dizer: “Eu, fulano
de tal, confio tudo o que tenho às mãos de Deus, meu Senhor?” É provável que já
tenhamos feito uma oração de consagração, dizendo, “Senhor Jesus, entrego a ti
tudo o que tenho.” Talvez tenhamos feito isto mais de uma vez. Certamente,
fomos sinceros nessa oração de consagração. Porém, talvez não tenhamos
entendido todas as implicações de uma rendição total.
Às
vezes, quando fazemos esse tipo de rendição, não conseguimos colocar em prática
a nossa intenção e, mais tarde, acabamos retomando uma ou outra coisa, até que
finalmente nos esquecemos de nossa intenção original de rendição. Contudo,
precisamos entregar tudo a Cristo. Precisamos entregar nosso coração, nossa
mente, nosso corpo, nossos planos, nossos desejos, nossas vontades, nossas
afeições, em uma palavra, tudo o que somos e temos. Precisamos dizer: “Senhor
Jesus, entrego a ti, agora, todas as fibras do meu ser, todas as facetas da
minha alma. Entrego a ti a afeição que tenho por meu pai, minha mãe, minha
esposa, mês esposo, meus filhos, meus irmãos. Ensina-me a amar-te. Esse é meu
único anseio. Quero entregar-te todo o meu coração, para que seja cheio do teu
amor.” O Senhor aceitará tua entrega.
Depois
de entregarmos nosso coração, entreguemos nosso intelecto: cérebro,
pensamentos, inteligência e
conhecimentos. Digamos ao Senhor Jesus: “Senhor, rendo a ti toda a minha
capacidade intelectual, para que me ensines a pensar como devo, para que meus
pensamentos estejam em ti e em teu reino.”
Entregue,
também, nossa vida exterior, nossa atuação na sociedade, nossa posição entre os
homens, nossos amigos. Entreguemos, igualmente, nosso dinheiro, negócios,
emprego e uso do tempo. Todas essas áreas de nossa vida devem ser entregues às
mãos do Senhor Jesus.
Não temos como saber
antecipadamente quais bênçãos essa rendição total acarretará para nossa vida,
mas não há dúvida de que elas virão. Observe as afirmações do texto: “o Senhor
era com ele”, “tudo o que ele fazia o Senhor prosperava em suas mãos” e “o
Senhor abençoou a casa do egípcio por amor a José”.
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