Consideramos,
primeiramente, as exigências da Lei de Deus: seja santo, ame e seja perfeito.
Em seguida, refletimos sobre a incapacidade da Lei para justificar e
santificar. Depois, ponderamos sobre a capacidade geral da Lei e sobre sua ação
que produz responsabilidade pelo pecado. Agora, resta-nos refletir sobre sua
última habilidade.
As
Escrituras dizem: “De maneira que a lei nos serviu de aio para nos conduzir a
Cristo, a fim de que fôssemos justificados por fé. Mas, tendo vindo a fé, já
não permanecemos subordinados ao aio” (Gálatas 3.24-25). A última habilidade da
Lei de Deus é sua capacidade de tutelar a pessoa até Cristo. “A lei nos serviu
de aio para nos conduzir a Cristo”. É plano de Deus usar sua Lei para nos informar
acerca de nossa grande necessidade de Cristo.
Lembre-se
do resumo da Lei de Deus: seja santo, ame e seja perfeito. A lei exige que
sejamos santos. Somos convencidos por ela que não somos santos. Desse modo a
Lei nos diz: “Você precisa de Jesus Cristo”. A Lei requer que amemos a Deus
acima de todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos. Compreendemos, por
meio dela, que não amamos a Deus e ao próximo como deveríamos. Desse modo a Lei
nos diz: “Você precisa de Jesus Cristo”. A Lei insiste em que sejamos
perfeitos. Sabemos, ao comparar nossos pensamentos, palavras, ações e reações
com a Lei, que não somos perfeitos. Desse modo a Lei anuncia: “Você precisa de
Jesus Cristo”.
Nesse
processo, a Lei age como um tutor (aio), instruindo a pessoa acerca de sua
necessidade daquilo que somente Jesus pode dar por meio da sua graça. O “aio”
era um escravo responsável pela educação da criança na Grécia antiga. Cabia a
ele levar a criança à escola, acompanhar seus estudos e cuidar de seu
comportamento. A Lei de Deus é nosso tutor, que nos leva à escola de Cristo e
nos faz ver nossa completa necessidade dele para sermos santos, para amarmos e
para sermos perfeitos.
Depois
que respondemos à obra de tutela da Lei e somos levados a Cristo, não estamos
mais sob sua tutela. Depois que exercemos o dom da fé em Jesus Cristo, deixamos
de estar sob a tutela da Lei. “Mas, tendo vindo a fé, já não permanecemos
subordinados ao aio” (Gálatas 3.25).
Exercendo
sua tutela a Lei nos disse para sermos santos e, visto que não éramos santos,
ela nos levou a Cristo dizendo que precisávamos dele. Nós fomos a Cristo e confiamos
nele para nossa santificação pessoal: “Mas vós sois dele, em Cristo Jesus, o qual se nos tornou, da parte de Deus,
sabedoria, e justiça, e santificação,
e redenção, para que, como está escrito: ‘Aquele que se gloria, glorie-se no
Senhor’” (1 Coríntios 1.30).
Exercendo
sua tutela a Lei nos disse para amarmos a Deus e ao próximo e, visto que não
amávamos, ela nos levou a Cristo dizendo que precisávamos dele. Nós fomos a
Cristo e confiamos no Espírito de Cristo para possuir amor que nossas vidas
devem exibir: “Ora a esperança não confunde, porque o amor de Deus é derramado
em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi outorgado” (Romanos 5.5); e
“Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade,
bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei”
(Gálatas 5.22-23).
Exercendo
sua tutela a Lei nos disse para sermos perfeitos e, visto que não somos
perfeitos, ela nos levou a Cristo dizendo que necessitávamos dele. Nós fomos a
Cristo e confiamos no Senhor para todo o processo de aperfeiçoamento: “Estou
plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de completá-la
até ao Dia de Cristo” (Filipenses 1.6).
Rendamos graças a Deus por usar sua
Lei como tutor para nos levar a Jesus Cristo. Por sua eficácia em sua função de
mostrar nossa necessidade do Salvador. Reconheçamos que não precisamos mais
desse tutor, uma vez que já temos Jesus Cristo, o Salvador, e estamos
justificados nele. Confiemos somente em Jesus Cristo para sermos santos, para amarmos
e para sermos perfeitos.
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