Conhecemos as exigências da santa e
justa Lei de Deus. Sabemos que a Lei não nos capacita para cumpri-la. Sabemos,
também, que ela nos convence de nossa rebeldia e que ela nos leva a Cristo.
Temos ciência, igualmente, de nossa incapacidade em cumprir as exigências da
Lei e de nossa responsabilidade em fazê-lo. Como resolver esse problema? Devo
cumprir a Lei, mas não sou capaz de fazê-lo. Estou condenado para sempre, sem
qualquer esperança?
Em resposta a
essa pergunta, a Escritura diz: “Não penseis que vim revogar a Lei ou os
Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir” (Mateus 5.17). O padrão da
Lei de Deus é infinitamente alto e sublime: “seja santo, ame, seja perfeito”.
Isto ocorre porque a Lei reflete o próprio caráter de Deus. À luz disso podemos
perguntar se há algum caminho para que a Lei seja cumprida. Como as justas
exigências da Lei podem ser cumpridas em nossas vidas? A resposta a esta
pergunta vital está contida na verdade de que Jesus veio para cumprir a Lei.
Pense em quão abrangente foi o
cumprimento da Lei por parte de Jesus. Ele cumpriu a Lei em sua vida,
tornando-se nosso exemplo. A Escritura declara enfaticamente que Jesus foi
“obediente até à morte, e morte de cruz” (Filipenses 2.8); que Jesus “não conheceu
pecado” (2 Coríntios 5.21). Quando Jesus viveu neste mundo, ele nos mostrou o
que a vida poderia ser se alguém pudesse sempre e de todos os modos viver à
altura dos padrões celestiais de Deus. O testemunho de Jesus era: “E aquele que
me enviou está comigo, não me deixou só, porque eu faço sempre o que lhe
agrada” (João 8.29).
Além disso, ele cumpriu a Lei em sua
morte, tornando-se nosso sacrifício substitutivo. A Lei inclui uma punição pela
violação, e esta punição é a morte. “Eis que todas as almas são minhas: como a
alma do pai, também a alma do filho é minha; a alma que pecar, essa morrerá”
(Ezequiel 18.4). “Porque o salário do pecado é a morte” (Romanos 6.23a). A
morte era a sentença que pairava sobre nossas cabeças. Porém, como poderíamos
ser salvos se devíamos morrer? Jesus, por amor, morreu em nosso lugar para
sofrer a punição que era nossa. “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco
pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores” (Romanos
5.8). Ele morreu a nossa morte para que possamos viver a sua vida.
Mais ainda, ele deseja cumprir a Lei
agora em nossa experiência diária, sendo nossa vida. “Quando Cristo, que é a
nossa vida, se manifestar, então, vós também sereis manifestados com ele, em
glória” (Colossenses 3.4). Cristo, que é a nossa vida, deseja viver em e
através das vidas de seus discípulos, enquanto colocamos nossa fé nele. “Estou
crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim;
e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me
amou e a si mesmo se entregou por mim” (Gálatas 2.19-20).
Sim, Jesus cumpre a Lei
abrangentemente! Ele a cumpriu em sua vida, obedecendo a Lei de Deus em todos
os seus aspectos. Ele a cumpriu em sua morte, sofrendo a merecida punição pelo
pecado. Ele deseja continuar cumprindo a Lei de Deus na e por meio da vida de
seus discípulos.
Rendamos graças a Deus por sua
maravilhosa graça, pela completa provisão concedida por sua graça. Por meio da
obra de Jesus, nosso Senhor, a Lei foi cumprida. Todas as suas santas
exigências foram satisfeitas a nosso favor. Nossa falha em obedecer a Lei foi
plenamente coberta por sua graça. Rendamos graças ao Senhor Jesus Cristo, por
ter ele sofrido a punição pelos pecados em nosso lugar. Oremos, suplicando que
ele opere em nós o querer e o efetuar crescer na vida justa e santa que ele
viveu, e que a Lei descreve, a qual se encontra disponível a nós por sua graça.
Olhemos para Jesus, busquemos nele a capacitação e deixemos que ele viva sua
vida em nós e por nosso intermédio. Deixemos que ele habite em nosso coração e
mude nossas atitudes, palavras, relacionamentos e ações.
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