O Senhor Jesus é o padrão, modelo, da vida que Deus quer que vivamos. O
propósito divino para nossa eleição, salvação e santificação e sermos
semelhantes a Jesus. Por isso, o relacionamento do Senhor Jesus Cristo com o
Espírito Santo, conforme registrado nas Escrituras, toma-se relevante para nós.
Meditemos rapidamente em três declarações bíblicas
sobre a obra do Espírito Santo na vida de Jesus. “Enquanto ponderava nestas
coisas, eis que lhe apareceu, em sonho, um anjo do Senhor, dizendo: José, filho
de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, porque o que nela foi gerado é do
Espírito Santo” (Mateus 1.20). “Batizado Jesus, saiu logo da água, e eis que se
lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba, vindo sobre
ele” (Mateus 3.16). “A seguir, foi Jesus
levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo” (Mateus 4.1).
Obtemos grande discernimento acerca da obra do
Espírito Santo em nossas vidas ao considerarmos a obra do Espírito na vida de
Jesus. Desde o começo da história de Jesus sobre a terra como Emanuel, Deus conosco,
o Espírito Santo esteve envolvido. Quando José ficou perturbado por causa da
gravidez de Maria, um anjo o confortou mediante o anúncio de que “o que nela
foi gerado é do Espírito Santo” (Mateus 1.20). A concepção de Jesus não foi
obra humana, mas do Espírito Santo.
Quando Jesus identificou-se com a humanidade pecadora através de seu
batismo por João Batista, o Espírito Santo esteve novamente em ação. “E viu o
Espírito de Deus descendo como pomba, vindo sobre ele” (Mateus 3.16). Aqui,
visto que Jesus estava se apresentando para dar início ao seu ministério
público como o Messias, o Espírito de Deus veio sobre ele para autenticá-lo e
capacitá-lo. O Filho de Deus veio à terra como servo, colocando de lado o
exercício independente de sua contínua divindade. Jesus “a si mesmo se
esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens”
(Filipenses 2.7). Ele devia servir na dependência do Espírito Santo. O
ministério de Jesus não seria do homem (mesmo de um homem perfeito), mas de
Deus
Após Jesus ser batizado para cumprir seu chamado, o
Espírito ainda continuou plenamente engajado em sua vida. “A seguir, foi Jesus
levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo” (Mateus 4.1).
Embora Jesus nunca deixasse de ser Deus, o Filho, ele não deveria conduzir sua
vida pela confiança em sua onisciência divina (seu perfeito e completo
conhecimento). Sua orientação não devia vir do homem, mas de Deus.
Esses três vislumbres na obra do Espírito Santo na
vida de Jesus têm implicações para nós. Primeira, o Espírito Santo teve de
estar em ação para que Jesus fosse gerado aqui na terra. O mesmo Espírito de
Deus deve operar em nós a fim de nascermos na família de Deus. “Em verdade, em
verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino
de Deus” (João 3.5). Segunda, o Espírito Santo esteve ativo no ministério de
Jesus como Messias. O Espírito deve ser aquele que traz validação e capacitação
a nosso serviço a Deus: “Não por força nem por poder, mas pelo meu Espírito,
diz o Senhor dos Exércitos” (Zacarias 4.6). Terceira, Jesus confiou no Espírito
para conduzir e guiar sua vida. Nós também precisamos desta mesma obra do
Espírito. “Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de
Deus” (Romanos 8.14).
Coloquemo-nos
diante do Pastor de nossas almas, suplicando que ele nos conduza neste caminho
semelhante ao de Cristo; agradecendo por realizar em nós o novo nascimento pelo
seu Espírito; e rogando que ele nos capacite para servi-lo e nos guie dia a dia
por seu Espírito. E jamais deixemos de admitir nossa total necessidade da
realização dessas obras do Espírito Santo em nossas vidas. Pelo contrário, reconheçamos
sempre essa necessidade, e supliquemos continuamente que essas obras sejam
realizadas plenamente em nós.