sábado, 26 de dezembro de 2015

Jesus e o Espírito Santo



                 O Senhor Jesus é o padrão, modelo, da vida que Deus quer que vivamos. O propósito divino para nossa eleição, salvação e santificação e sermos semelhantes a Jesus. Por isso, o relacionamento do Senhor Jesus Cristo com o Espírito Santo, conforme registrado nas Escrituras, toma-se relevante para nós.
Meditemos rapidamente em três declarações bí­blicas sobre a obra do Espírito Santo na vida de Jesus. “Enquanto ponderava nestas coisas, eis que lhe apareceu, em sonho, um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, porque o que nela foi gerado é do Espírito Santo” (Mateus 1.20). “Batizado Jesus, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba, vindo sobre ele” (Mateus 3.16). “A seguir, foi Jesus levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo” (Mateus 4.1).
Obtemos grande discernimento acerca da obra do Espírito Santo em nossas vidas ao considerarmos a obra do Espírito na vida de Jesus. Desde o começo da história de Jesus sobre a terra como Emanuel, Deus conosco, o Espírito Santo esteve envolvido. Quando José ficou perturbado por causa da gravidez de Maria, um anjo o confortou mediante o anúncio de que “o que nela foi gerado é do Espírito Santo” (Mateus 1.20). A concepção de Jesus não foi obra humana, mas do Espírito Santo.
                 Quando Jesus identificou-se com a humanidade pecadora através de seu batismo por João Batista, o Espí­rito Santo esteve novamente em ação. “E viu o Espírito de Deus descendo como pomba, vindo sobre ele” (Mateus 3.16). Aqui, visto que Jesus estava se apresentando para dar início ao seu ministério público como o Messias, o Espírito de Deus veio sobre ele para autenticá-lo e capaci­tá-lo. O Filho de Deus veio à terra como servo, colocando de lado o exercício independente de sua contínua divinda­de. Jesus “a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens” (Filipenses 2.7). Ele devia servir na dependência do Espírito San­to. O ministério de Jesus não seria do homem (mesmo de um homem perfeito), mas de Deus
Após Jesus ser batizado para cumprir seu cha­mado, o Espírito ainda continuou plenamente engajado em sua vida. “A seguir, foi Jesus levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo” (Mateus 4.1). Embo­ra Jesus nunca deixasse de ser Deus, o Filho, ele não deveria conduzir sua vida pela confiança em sua onisciência divina (seu perfeito e completo conhecimento). Sua orientação não devia vir do homem, mas de Deus.
Esses três vislumbres na obra do Espírito Santo na vida de Jesus têm implicações para nós. Primeira, o Espírito Santo teve de estar em ação para que Jesus fosse gerado aqui na terra. O mesmo Espírito de Deus deve operar em nós a fim de nascermos na família de Deus. “Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus” (João 3.5). Segunda, o Espírito Santo esteve ativo no ministério de Jesus como Messias. O Espírito deve ser aquele que traz validação e capacitação a nosso serviço a Deus: “Não por força nem por poder, mas pelo meu Espíri­to, diz o Senhor dos Exércitos” (Zacarias 4.6). Terceira, Jesus confiou no Espírito para conduzir e guiar sua vida. Nós também precisamos desta mesma obra do Espírito. “Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus” (Romanos 8.14). 
Coloquemo-nos diante do Pastor de nossas al­mas, suplicando que ele nos conduza neste caminho semelhante ao de Cristo; agradecendo por realizar em nós o novo nascimento pelo seu Espírito; e rogando que ele nos capacite para servi-lo e nos guie dia a dia por seu Espírito. E jamais deixemos de admitir nossa total neces­sidade da realização dessas obras do Espírito Santo em nossas vidas. Pelo contrário, reconheçamos sempre essa necessidade, e supliquemos continuamente que essas obras sejam realizadas plenamente em nós.

domingo, 6 de dezembro de 2015

Mais sobre a escolha crucial: Carne ou Espírito



          Precisamos refletir um pouco mais sobre a esco­lha crucial que se encontra diante de nós todos os dias: inclinarmo-nos para a carne (nossa natureza pecaminosa), ou inclinarmo-nos para o Espírito Santo (vivermos em dependência e obediência). Para isso, observemos o que a Escritura nos diz em duas passagens: “Não vos enga­neis: de Deus não se zomba; pois, aquilo que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia para a sua própria carne da carne colherá corrupção; mas o que semeia para o Espírito do Espírito colherá vida eterna” (Gálatas 6.7-8). “Porque o pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz” (Romanos 8.6).
          Um dos aspectos imutáveis do ser cristão é que Deus oferece apenas duas escolhas para todas as ques­tões que enfrentamos dia a dia, a saber, “inclinar-se para a carne” ou “inclinar-se para o Espírito” (Romanos 8.5). De igual forma, as consequências que acompanham essas opções são inevitáveis, por causa da certeza da semeadu­ra e da colheita. “Pois, aquilo que o homem semear, isso também ceifará” (Gálatas 6.7). Quando uma semente de maçã é plantada, uma macieira é a única árvore que bro­tará. Qualquer que seja o tipo de semente colocada na terra, o único tipo de semente que será colhida é a que foi plantada.
          O texto em apreço revela que esses absolutos agrícolas se aplicam perfeitamente ao plantio das semen­tes espirituais em nossas vidas. Temos apenas dois tipos de sementes a plantar (“carne” ou “Espírito”), que levam a apenas dois tipos de colheita (“corrupção” ou “vida eter­na”). 
          O primeiro tipo de semente e colheita oferece uma advertência agourenta. “Porque o que semeia para a sua própria carne da carne colherá corrupção” (Gálatas 6.8). A semente em vista aqui são as palavras, ações e atitudes que ocorrem do autosserviço à autossuficiência. A colheita predita para estas sementes carnais é descrita como “corrupção”. Isto se refere à destruição e decadên­cia. Para uma pessoa que tem toda sua vida caracterizada: por semear “para a carne”, esta destruição será eterna. Isto descreve uma pessoa que nunca plantou qualquer semente de fé no Senhor Jesus Cristo. Essa pessoa mor­rerá no pecado e na culpa, separada de Deus pela eterni­dade. Para um novo nascido de Deus, que de modo per­sistente e intermitente entrega-se a tentações carnais, isto o adverte sobre a subsequente perda de vitalidade e fruti­ficação espiritual na terra, agora, mais a perda de bênçãos celestiais, no futuro. 
          O segundo tipo de semente e colheita oferece uma expectativa encorajadora. “Mas o que semeia para o Espírito do Espírito colherá vida eterna” (Gálatas 6.8). A semente mencionada aqui são palavras, ações e atitudes que resulta de nossa humilde dependência do Espírito de Deus para operar em nós e por nosso intermédio. Isto leva a uma crescente colheita espiritual, descrita como “vida eterna”. Isto se assemelha a declaração de Jesus: “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância” (João 10.10b). Jesus promete vida plena, agora, e grande re­compensa na glória, no futuro. 
          Coloquemo-nos diante de nosso misericordioso Pai: humildemente arrependidos das várias ocasiões em que semeamos sementes carnais em palavras e ações, cuja colheita resultante foi sempre destrutiva; humildemen­te agradecidos pela purificação através do sangue de Cristo; e humildemente suplicando que produza em nossa vida uma nova colheita de abundância espiritual, mediante a ação graciosa do seu Espírito Santo.

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

A Escolha Crucial: Carne ou Espírito



Os salvos em Cristo Jesus, porque foram libertos da lei do pecado e da morte pelo Espírito Santo, têm dian­te de si uma escolha que os não salvos não têm; eles podem escolher entre inclinar-se para a carne e viver segundo ela, ou inclinar-se e viver segundo o Espírito. Em Romanos 8.5-6, a Escritura diz: “Porque os que se incli­nam para a carne cogitam das coisas da carne; mas os que se inclinam para o Espírito das coisas do Espírito. Porque o pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz”.
A escolha crucial que os crentes em Cristo en­frentam dia a dia é entre viver pela carne ou viver pelo Espírito. A diferença diz respeito a encarar a vida com nossos recursos e perspectivas ou com os de Deus. Aque­les que vivem segundo a carne colocam suas mentes nas coisas da carne; mas aqueles que vivem segundo o Espí­rito Santo colocam suas mentes nas coisas do Espírito. Quando o cristão lida com a vida usando os recursos da sua natureza pecaminosa, ele normalmente pensa: “O que eu quero de minha vida?” ou “O que eu posso fazer com a minha vida?” De modo oposto, quando o cristão lida com a vida usando os recursos do Espírito Santo, ele normal­mente pensa: “O que Deus quer para minha vida?” ou “O que Deus pode fazer através da minha vida?”
As consequências decorrentes destas escolhas são monumentais. “Porque o pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz”. Quando o cristão permite que sua mente seja colocada em uma direção carnal, ele pensará na autoindulgência mundana (“O que eu posso ganhar com isto?”), ou na autorrealização religiosa (“O que eu posso fazer para Deus?”). O resultado dessa perspectiva carnal é “morte” (apatia espiri­tual). Por outro lado, quando o discípulo de Jesus coloca sua mente nas questões celestiais, ele será levado a con­siderar questões como humildade (“Quando eu necessito do Senhor?”), ou fé (“Quão grande é o Senhor?”). O resul­tado desses pensamentos espirituais são “vida e paz” (vitalidade e tranquilidade espirituais).
Outra análise dessas duas opções pode ser vista no contraste entre as “obras da carne” e o “fruto do Espíri­to”. Quando colocamos nossa esperança em nossas pró­prias capacidades, nossa carne produz ações como: “prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimi­zades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, fac­ções, invejas, bebedices, glutonarias e coisas semelhan­tes a estas” (Gálatas 5.19-21). Em sentido oposto, quando colocamos nossas expectativas no Senhor, seu Espírito produz através de nós fruto, como: “amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansi­dão, domínio próprio” (Gálatas 5.22-23).
Pense nesta verdade fundamental. Essas esco­lhas “carne-Espírito” são as que todos nós, como cristãos, enfrentamos todos os dias de nossas vidas. A persistência desse problema é inerente ao fato de que Deus apenas oferece duas opções para cada aspecto da vida, a saber, “viver segundo a carne” ou “viver segundo o Espírito”. 
Coloquemo-nos diante do Soberano Senhor, curvando-nos em reverência diante de sua sabedoria e autoridade que nos oferece essas duas escolhas somente; renunciando o caminho natural de nossa carne, a qual traz consequências severas e merecidas; abraçando alegre­mente o caminho sobrenatural do seu Espírito, o qual traz os resultados imerecidos da sua graça operando em nós.