Os salvos em Cristo Jesus, porque foram libertos da
lei do pecado e da morte pelo Espírito Santo, têm diante de si uma escolha que
os não salvos não têm; eles podem escolher entre inclinar-se para a carne e
viver segundo ela, ou inclinar-se e viver segundo o Espírito. Em Romanos 8.5-6,
a Escritura diz: “Porque os que se inclinam para a carne cogitam das coisas da
carne; mas os que se inclinam para o Espírito das coisas do Espírito. Porque o
pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz”.
A escolha crucial que os crentes em Cristo enfrentam
dia a dia é entre viver pela carne ou viver pelo Espírito. A diferença diz
respeito a encarar a vida com nossos recursos e perspectivas ou com os de Deus.
Aqueles que vivem segundo a carne colocam suas mentes nas coisas da carne; mas
aqueles que vivem segundo o Espírito Santo colocam suas mentes nas coisas do
Espírito. Quando o cristão lida com a vida usando os recursos da sua natureza
pecaminosa, ele normalmente pensa: “O que eu quero de minha vida?” ou “O que eu
posso fazer com a minha vida?” De modo oposto, quando o cristão lida com a vida
usando os recursos do Espírito Santo, ele normalmente pensa: “O que Deus quer
para minha vida?” ou “O que Deus pode fazer através da minha vida?”
As consequências decorrentes destas escolhas são
monumentais. “Porque o pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para
a vida e paz”. Quando o cristão permite que sua mente seja colocada em uma
direção carnal, ele pensará na autoindulgência mundana (“O que eu posso ganhar
com isto?”), ou na autorrealização religiosa (“O que eu posso fazer para
Deus?”). O resultado dessa perspectiva carnal é “morte” (apatia espiritual).
Por outro lado, quando o discípulo de Jesus coloca sua mente nas questões
celestiais, ele será levado a considerar questões como humildade (“Quando eu
necessito do Senhor?”), ou fé (“Quão grande é o Senhor?”). O resultado desses
pensamentos espirituais são “vida e paz” (vitalidade e tranquilidade espirituais).
Outra análise dessas duas opções pode ser vista no
contraste entre as “obras da carne” e o “fruto do Espírito”. Quando colocamos
nossa esperança em nossas próprias capacidades, nossa carne produz ações como:
“prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades,
porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, invejas, bebedices,
glutonarias e coisas semelhantes a estas” (Gálatas 5.19-21). Em sentido
oposto, quando colocamos nossas expectativas no Senhor, seu Espírito produz através de nós fruto, como: “amor, alegria,
paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio
próprio” (Gálatas 5.22-23).
Pense nesta verdade fundamental. Essas escolhas
“carne-Espírito” são as que todos nós, como cristãos, enfrentamos todos os dias
de nossas vidas. A persistência desse problema é inerente ao fato de que Deus
apenas oferece duas opções para cada aspecto da vida, a saber, “viver segundo a
carne” ou “viver segundo o Espírito”.
Coloquemo-nos
diante do Soberano Senhor, curvando-nos em reverência diante de sua sabedoria e
autoridade que nos oferece essas duas escolhas somente; renunciando o caminho
natural de nossa carne, a qual traz consequências severas e merecidas;
abraçando alegremente o caminho sobrenatural do seu Espírito, o qual traz os
resultados imerecidos da sua graça operando em nós.
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