Uma
vez que participamos da Nova Aliança, entramos em um novo modo de relacionamento
com Deus e em um novo modo de vida. Falando sobre esse novo modo de viver a
vida, a Escritura diz: “E é por intermédio de Cristo que temos tal confiança em
Deus; não que, por nós mesmos, sejamos capazes de pensar alguma coisa, como se
partisse de nós; pelo contrário, a nossa suficiência vem de Deus, o qual nos
habilitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do
espírito; porque a letra mata, mas o espírito vivifica” (2 Coríntios 3.4-6).
Nós,
que seguimos o Senhor Jesus Cristo, somos “ministros de uma nova aliança”. A
palavra “ministro” significa servo. A expressão “nova aliança” fala sobre o
relacionamento com Deus pela graça. Assim, somos aqueles que servem a Deus por
meio dos recursos de sua graça. Nossas vidas diárias, vividas no serviço do
Senhor Deus Todo-poderoso, devem ser desenvolvidas pela graça de Deus operando
em nós. O que está envolvido nesta abordagem bíblica e celestial da vida aqui
na terra?
O
primeiro ponto diz respeito à nossa própria insuficiência. O texto de 2
Coríntios afirma: “Não que, por nós mesmos, sejamos capazes de pensar alguma
coisa, como se partisse de nós”. E o Senhor Jesus declarou: “Eu sou a videira,
vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque
sem mim nada podeis fazer” (João 15.5). Frequentemente somos negligentes quanto a nossa
insuficiência pessoal; ou tentamos convencer a nós mesmos de que podemos nos
tornar suficientes, basta apenas um pouco mais de tempo, de esforço, ou de
preparação. Esta abordagem está em franco desacordo com o Senhor. Deus deseja
que concordemos com ele.
Mesmo
quando começamos a enfrentar nossa insuficiência espiritual de viver o tipo de
vida que Deus espera de nós, facilmente subestimamos a extensão de nossa
deficiência. Podemos pensar que não somos capazes apenas de produzir tanto
quanto, ou tudo que, Deus deseja ver em nossas vidas; mas podemos produzir
algumas coisas e em alguma medida. O Senhor tem um ponto de vista mais radical.
Ele diz que não somos capazes de produzir “qualquer coisa” que ele deseja ver
em nós. Novamente, Deus deseja que concordemos com ele.
O
segundo ponto diz respeito à suficiência de Deus. “A nossa suficiência vem de
Deus”. Os recursos suficientes e necessários para vivermos a vida cristã são
encontrados apenas em Deus. Nós devemos ser os recipientes da graça de Deus,
isto é, de sua completa e adequada provisão. Não devemos pensar que somos
produtores desta graça. Deus é nossa fonte de tudo quanto que é necessário para
a vida piedosa. Uma vez mais, Deus deseja que concordemos com ele.
A
diferença entre viver por meio do suprimento de Deus ou por meio de nossos próprios
recursos é uma “questão de vida e morte”. “A letra mata, mas o espírito
vivifica”. Viver a vida cristã por meio de nossas próprias capacidades nos
matará espiritualmente. Este modo de vida nos deixará, finalmente, exaustos,
desanimados e condenados. Ao passo que, depender do Espírito de Deus para
fornecer a graça abundante de Deus nos deixará fortes, animados e confortados.
Oremos ao Deus de toda graça,
admitindo humildemente que temos vivido em uma perspectiva tão diferente da
dele quanto à questão da suficiência. Que temos repetidamente procurado viver a
vida cristã como se dependesse do que pensamos que podemos fazer por nossos
próprios recursos, e, como o Senhor Deus declara em sua Palavra, isto tem
gerado apatia ou morte espiritual. Roguemos ao Senhor, pedindo que ele nos
ensine a confiar em seu Santo Espírito, a fim de que ele nos proporcione a
experiência da plena suficiência de sua graça imensurável.
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