É preciso
investir um pouco mais de tempo meditando sobre a relação entre ressurreição e
santificação. Voltemos novamente à Carta aos Filipenses. “Para o conhecer, e o
poder da sua ressurreição, e a comunhão dos seus sofrimentos, conformando-me
com ele na sua morte; para, de algum modo, alcançar a ressurreição dentre os
mortos” (Filipenses 3.10-11).
A
medida que procuramos conhecer nosso Deus da ressurreição (por meio do
aprendizado sobre o poder da ressurreição de Cristo, os seus sofrimentos e
conformidade com ele na sua morte), nossas vidas vão sendo mudadas. Caminhamos
para alcançar a “ressurreição dentre os mortos”.
Essa
frase traz à mente a ressurreição final dos redimidos no último dia. Acerca da
qual a Escritura fala em Lucas: “Antes, ao dares um banquete, convida os
pobres, os aleijados, os coxos e os cegos; e serás bem-aventurado, pelo fato de
não terem eles com que recompensar-te; a tua recompensa, porém, tu a receberás
na ressurreição dos justos” (14.13-14). Todavia, a ressurreição final não pode
ser o foco de nossa meditação sobre esses versículos. É verdade que o ensino
completo das Escrituras conduz a esta conclusão. O lugar de uma pessoa na
ressurreição final é determinado por seu relacionamento com Deus. Esta questão
é estabelecida por meio do exercício da fé salvadora em Jesus Cristo. Aqueles
que confiam em Jesus como seu único e suficiente Senhor e Salvador têm
participação na ressurreição final para a vida eterna.
Além
disso, o contexto imediato da declaração de Paulo indica que alcançar “a
ressurreição dentre os mortos” era algo para o que ele estava estendendo a mão
agora, esperando crescer nisto cada vez mais durante esta vida. Pois ele diz:
“Não que o tenha já recebido ou tenha já obtido a perfeição; mas prossigo para
conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus”
(Filipenses 3.12). O apóstolo confessa que não tinha alcançado o tipo de
ressurreição acerca do qual ele escreve. Todavia, a ressurreição final já fazia
parte de sua expectativa por meio da fé justificadora em Jesus. Então, Paulo
está reivindicando outra coisa.
Pouco
antes, a apóstolo Paulo revelou o que ele estava procurando. Ele afirmou, “Sim,
deveras considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de
Cristo Jesus, meu Senhor; por amor do qual perdi todas as coisas e as considero
como refugo, para ganhar a Cristo e ser achado nele, não tendo justiça própria,
que procede de lei, senão a que é mediante a fé em Cristo, a justiça que
procede de Deus, baseada na fé” (Filipenses 3.8-9). Este é o motivo pelo qual
Paulo escreveu “para o conhecer”. Este era o maior desejo de sua vida. Observe
o que ele diz mais adiante: “Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado;
mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando
para as que diante de mim estão” (Filipenses 3.13). O único objetivo de Paulo
era uma familiaridade crescente com seu Senhor ressurreto. Ele desejava
conhecer seu Senhor ressuscitado dentre os mortos tão bem para que pudesse
alcançar a “ressurreição dentre os mortos”. Ele desejava desenvolver seu
relacionamento com o Cristo ressurreto para que pudesse ter um estilo de vida
ressurreto produzido nele. Ele desejava enfrentar cada situação da vida com uma
perspectiva e atitude celestial e ressurreta; um modo de vida completamente
diferente do mundo inerte e moribundo ao seu redor.
Tendo o ensino e exemplo do apóstolo
Paulo, coloquemo-nos diante de nosso Senhor ressurreto, Jesus Cristo,
louvando-o por prover para nós um lugar na ressurreição final; e rogando por
seu auxílio para conhecê-lo melhor, a fim de vivermos um estilo de vida
ressurreto dia a dia.
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