domingo, 10 de julho de 2016

Um pouco mais sobre a ressurreição e a santificação



É preciso investir um pouco mais de tempo meditando sobre a relação entre ressurreição e santificação. Voltemos novamente à Carta aos Filipenses. “Para o conhecer, e o poder da sua ressurreição, e a comunhão dos seus sofrimentos, conformando-me com ele na sua morte; para, de algum modo, alcançar a ressurreição dentre os mortos” (Filipenses 3.10-11).
            A medida que procuramos conhecer nosso Deus da ressurreição (por meio do aprendizado sobre o poder da ressurreição de Cristo, os seus sofrimentos e conformidade com ele na sua morte), nossas vidas vão sendo mudadas. Caminhamos para alcançar a “ressurreição dentre os mortos”.
            Essa frase traz à mente a ressurreição final dos redimidos no último dia. Acerca da qual a Escritura fala em Lucas: “Antes, ao dares um banquete, convida os pobres, os aleijados, os coxos e os cegos; e serás bem-aventurado, pelo fato de não terem eles com que recompensar-te; a tua recompensa, porém, tu a receberás na ressurreição dos justos” (14.13-14). Todavia, a ressurreição final não pode ser o foco de nossa meditação sobre esses versículos. É verdade que o ensino completo das Escrituras conduz a esta conclusão. O lugar de uma pessoa na ressurreição final é determinado por seu relacionamento com Deus. Esta questão é estabelecida por meio do exercício da fé salvadora em Jesus Cristo. Aqueles que confiam em Jesus como seu único e suficiente Senhor e Salvador têm participação na ressurreição final para a vida eterna.
            Além disso, o contexto imediato da declaração de Paulo indica que alcançar “a ressurreição dentre os mortos” era algo para o que ele estava estendendo a mão agora, esperando crescer nisto cada vez mais durante esta vida. Pois ele diz: “Não que o tenha já recebido ou tenha já obtido a perfeição; mas prossigo para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus” (Filipenses 3.12). O apóstolo confessa que não tinha alcançado o tipo de ressurreição acerca do qual ele escreve. Todavia, a ressurreição final já fazia parte de sua expectativa por meio da fé justificadora em Jesus. Então, Paulo está reivindicando outra coisa.
            Pouco antes, a apóstolo Paulo revelou o que ele estava procurando. Ele afirmou, “Sim, deveras considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; por amor do qual perdi todas as coisas e as considero como refugo, para ganhar a Cristo e ser achado nele, não tendo justiça própria, que procede de lei, senão a que é mediante a fé em Cristo, a justiça que procede de Deus, baseada na fé” (Filipenses 3.8-9). Este é o motivo pelo qual Paulo escreveu “para o conhecer”. Este era o maior desejo de sua vida. Observe o que ele diz mais adiante: “Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão” (Filipenses 3.13). O único objetivo de Paulo era uma familiaridade crescente com seu Senhor ressurreto. Ele desejava conhecer seu Senhor ressuscitado dentre os mortos tão bem para que pudesse alcançar a “ressurreição dentre os mortos”. Ele desejava desenvolver seu relacionamento com o Cristo ressurreto para que pudesse ter um estilo de vida ressurreto produzido nele. Ele desejava enfrentar cada situação da vida com uma perspectiva e atitude celestial e ressurreta; um modo de vida completamente diferente do mundo inerte e moribundo ao seu redor.
            Tendo o ensino e exemplo do apóstolo Paulo, coloquemo-nos diante de nosso Senhor ressurreto, Jesus Cristo, louvando-o por prover para nós um lugar na ressurreição final; e rogando por seu auxílio para conhecê-lo melhor, a fim de vivermos um estilo de vida ressurreto dia a dia.

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