Precisamos
explorar mais esse assunto do relacionamento e intimidade com o Senhor. Para
isso, veremos primeiro seu aspecto negativo e, em seguida, o positivo. A Bíblia
nos traz a seguinte afirmação: “Visto que a morte veio por um homem, também por
um homem veio a ressurreição dos mortos. Porque, assim como, em Adão, todos
morrem, assim também todos serão vivificados em Cristo.” (1 Coríntios 15.21-22)
A nova aliança da graça é uma aliança de relacionamento.
A morte espiritual por meio de Adão tornou essa aliança da graça necessária. A
vida espiritual por meio de Cristo torna a intimidade com Deus possível. Todo
ser humano, que já existiu, existe ou existirá, herdou uma vida terrena, caída
e pecaminosa de Adão. Observe o que a Bíblia diz: “Visto que a morte veio por
um homem”. Todo ser humano, que já existiu, existe ou existirá, que coloca sua
fé em Cristo recebe uma vida reta, ressuscitada e celestial dele. Novamente,
observe o texto bíblico: “também por um homem (isto é, Jesus) veio a
ressurreição dos mortos”.
Adão,
no início de sua existência, teve uma medida de intimidade com seu Criador,
pois a Escritura afirma: “Então, formou o Senhor Deus ao homem do pó da terra e
lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente....
Tomou, pois, o Senhor Deus ao homem e o colocou no jardim do Éden para o
cultivar e o guardar” (Gênesis 2.7 e 15). Ali, no jardim do Éden, Adão servia
ao Senhor e tinha comunhão com ele, em especial quando o Senhor “andava no
jardim pela viração do dia” (Gênesis 3.8).
Adão
podia comer de tudo que estava no jardim, exceto de uma única árvore. Visto que
o Senhor lhe ordenou: “De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da
árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela
comeres, certamente morrerás” (Gênesis 2.17). Para Adão, bem como para toda sua
descendência, “o salário do pecado é a morte” (Romanos 6.23). No dia em que
Adão e Eva desobedeceram e comeram do fruto proibido, eles morreram
espiritualmente. Adão e Eva perderam a comunhão com Deus, e isto é visto
claramente na Escritura quando ela diz: “Quando ouviram a voz do Senhor Deus,
que andava no jardim pela viração do dia, esconderam-se da presença do Senhor
Deus, o homem e sua mulher, por entre as árvores do jardim” (Gênesis 3.8). Antes,
eles desfrutavam da condição de intimidade com o Senhor, agora, eles fogem de
sua presença. Assim, depois, todo filho natural de Adão começa sua existência
“morto em seus delitos e pecados” (Efésios 2.1).
O
único remédio para a família humana espiritualmente morta se dá por meio de um
relacionamento com um novo “cabeça de família”. Note a precisa afirmação da
Escritura: “Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e
pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque
todos pecaram.... Todavia, não é assim o dom gratuito como a ofensa; porque,
se, pela ofensa de um só morreram muitos, muito mais a graça de Deus e o dom
pela graça de um só homem, Jesus Cristo, foram abundantes sobre muitos”
(Romanos 5.12 e 15). Existem duas famílias às quais a humanidade pode
pertencer: a família de Adão ou a família de Cristo. Existem apenas dois
cabeças de família com quem uma pessoa pode estar relacionada: Adão ou Cristo.
Adão transmitiu a morte espiritual para sua descendência. Cristo dá sua própria
vida eterna, vida abundante – tudo por sua gloriosa graça.
Por isso, humildemente,
coloquemo-nos de joelhos diante do Deus Criador, nosso Pai celestial, e
confessemos que nascemos na linhagem pecaminosa de Adão, e que temos
demonstrado nossa pecaminosidade em múltiplas ocasiões; louvemos por ter ele
enviado seu único Filho para nos resgatar da raça pecaminosa de Adão e nos
colocar em Cristo, nosso novo Cabeça.
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