domingo, 21 de agosto de 2016

Morte em Adão ou vida em Cristo



Precisamos explorar mais esse assunto do relacionamento e intimidade com o Senhor. Para isso, veremos primeiro seu aspecto negativo e, em seguida, o positivo. A Bíblia nos traz a seguinte afirmação: “Visto que a morte veio por um homem, também por um homem veio a ressurreição dos mortos. Porque, assim como, em Adão, todos morrem, assim também todos serão vivificados em Cristo.” (1 Coríntios 15.21-22)
            A nova aliança da graça é uma aliança de relacionamento. A morte espiritual por meio de Adão tornou essa aliança da graça necessária. A vida espiritual por meio de Cristo torna a intimidade com Deus possível. Todo ser humano, que já existiu, existe ou existirá, herdou uma vida terrena, caída e pecaminosa de Adão. Observe o que a Bíblia diz: “Visto que a morte veio por um homem”. Todo ser humano, que já existiu, existe ou existirá, que coloca sua fé em Cristo recebe uma vida reta, ressuscitada e celestial dele. Novamente, observe o texto bíblico: “também por um homem (isto é, Jesus) veio a ressurreição dos mortos”.
            Adão, no início de sua existência, teve uma medida de intimidade com seu Criador, pois a Escritura afirma: “Então, formou o Senhor Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente.... Tomou, pois, o Senhor Deus ao homem e o colocou no jardim do Éden para o cultivar e o guardar” (Gênesis 2.7 e 15). Ali, no jardim do Éden, Adão servia ao Senhor e tinha comunhão com ele, em especial quando o Senhor “andava no jardim pela viração do dia” (Gênesis 3.8).
            Adão podia comer de tudo que estava no jardim, exceto de uma única árvore. Visto que o Senhor lhe ordenou: “De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gênesis 2.17). Para Adão, bem como para toda sua descendência, “o salário do pecado é a morte” (Romanos 6.23). No dia em que Adão e Eva desobedeceram e comeram do fruto proibido, eles morreram espiritualmente. Adão e Eva perderam a comunhão com Deus, e isto é visto claramente na Escritura quando ela diz: “Quando ouviram a voz do Senhor Deus, que andava no jardim pela viração do dia, esconderam-se da presença do Senhor Deus, o homem e sua mulher, por entre as árvores do jardim” (Gênesis 3.8). Antes, eles desfrutavam da condição de intimidade com o Senhor, agora, eles fogem de sua presença. Assim, depois, todo filho natural de Adão começa sua existência “morto em seus delitos e pecados” (Efésios 2.1).
            O único remédio para a família humana espiritualmente morta se dá por meio de um relacionamento com um novo “cabeça de família”. Note a precisa afirmação da Escritura: “Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram.... Todavia, não é assim o dom gratuito como a ofensa; porque, se, pela ofensa de um só morreram muitos, muito mais a graça de Deus e o dom pela graça de um só homem, Jesus Cristo, foram abundantes sobre muitos” (Romanos 5.12 e 15). Existem duas famílias às quais a humanidade pode pertencer: a família de Adão ou a família de Cristo. Existem apenas dois cabeças de família com quem uma pessoa pode estar relacionada: Adão ou Cristo. Adão transmitiu a morte espiritual para sua descendência. Cristo dá sua própria vida eterna, vida abundante – tudo por sua gloriosa graça.
            Por isso, humildemente, coloquemo-nos de joelhos diante do Deus Criador, nosso Pai celestial, e confessemos que nascemos na linhagem pecaminosa de Adão, e que temos demonstrado nossa pecaminosidade em múltiplas ocasiões; louvemos por ter ele enviado seu único Filho para nos resgatar da raça pecaminosa de Adão e nos colocar em Cristo, nosso novo Cabeça.

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