Quão
sublime e excelsa é a graça de Deus! Quão maravilhoso é ter essa nova vida,
Cristo vivendo em mim! Essas exclamações são a resposta do cristão às
maravilhosas verdades apresentadas no texto a seguir. “Estou crucificado com
Cristo, logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver
que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si
mesmo se entregou por mim” (Gálatas 2.19b-20).
Nessas
palavras sublimes, nos é dado um profundo discernimento acerca da graça de Deus
operando por meio de nosso íntimo relacionamento com Cristo. Essa majestosa
declaração começa com nossa morte espiritual, a fim de que outro possa viver em
e através de nossas vidas. Finalmente, nos é dito como devemos responder, de
modo que esse sistema divino possa ocorrer como planejado.
Primeiro,
nossa morte espiritual está em vista, pois o texto diz: “Estou crucificado com
Cristo”. Se somos crentes no Senhor Jesus, nós morremos com ele na cruz. A cruz
de Cristo é nosso testemunho de júbilo, pois por aquela cruz escapamos do mundo
morto da humanidade não redimida. Como diz a Escritura: “Mas longe esteja de
mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo
está crucificado para mim, e eu, para o mundo” (Gálatas 6.14). Embora a cruz
seja o fim de nossa velha vida em Adão, este não é o final de nossa história.
Pois “estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo
– pela graça sois salvos” (Efésios 2.5). Por sua graça, fomos ressuscitados com
Cristo. Morremos com ele, a fim de, agora, podermos viver com ele. “Ora, se já
morremos com Cristo, cremos que também com ele viveremos” (Romanos 6.8).
A
espantosa consequência dessas verdades é que não somos os produtores de nossa
vida cristã. Pois, como nosso texto diz: “logo, não sou eu quem vive” Isto é,
de fato, radicalmente contrário ao pensamento do homem natural. Se não somos
nós que produzimos nossa vida com Deus, qual outra opção estaria disponível? A maravilhosa
resposta é: “Cristo vive em mim”. A verdadeira vida cristã é estar em Cristo e
tê-lo vivendo em e através de nossas vidas. Como isto pode ser realizado? Ainda
temos uma contínua experiência humana em corpos de carne e ossos: “esse viver
que, agora, tenho na carne”. Sim, porém essa vida deve ser vivida pela fé, como
afirma nosso texto: “esse viver... vivo pela fé no Filho de Deus”. Quando
colocamos nossa confiança em Jesus dia a dia, ele vive em e através de nossos
pensamentos, nossas palavras, nossas escolhas, nossas prioridades e nossos
relacionamentos.
Novamente,
esta é a graça de Deus operando por meio da humildade e fé. A humildade é
expressa ao abraçarmos essa confissão: “já não sou eu quem vive”. A fé é
expressa mediante a confiança nessa verdade: “Cristo vive em mim”.
Por isso, louvemos o Deus de nossa
salvação por seu magnificente plano; rendamos graças pela provisão do caminho
de saída na velha vida; cantemos louvores pela provisão da nova vida; roguemos
que o Senhor Jesus, o Filho de Deus, viva sua vida em nós, e nos ensine a
depender dele dia a dia. Quão maravilhoso é ter essa nova vida, Cristo vivendo
em mim!
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