segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Vida eterna e conhecimento de Deus



Dediquemos um pouco do nosso tempo, hoje, pensando em uma declaração feita pelo Senhor Jesus acerca da vida eterna. É uma declaração simples e majestosa, objetiva e profunda. O Senhor Jesus disse: “E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (João 17.3).
            Essa declaração começa de um modo muito profundo, ele diz: “E a vida eterna é esta”. Completar uma declaração como esta requer verdade compreensiva. Se a declaração começasse com “Isto está incluso na vida eterna”, muitas questões não abrangentes poderiam ser usadas para completar a declaração. Alguém poderia corretamente afirmar que o perdão dos pecados está incluso na vida eterna. Outro poderia propriamente dizer que o escapar do inferno e a certeza do céu estão inclusos na vida eterna. Igualmente, outro poderia dizer que o significado e propósito da vida estão inclusos na vida eterna. Adicionalmente, poderia ser afirmado que os dons espirituais e o fruto espiritual também estão incluídos. Além disso, outra pessoa poderia dizer que a comunhão no corpo de Cristo e o novo entendimento das Escrituras igualmente fazem parte da vida eterna. Entretanto, nenhuma dessas coisas individualmente, nem todas elas coletivamente, são suficientes para completar a declaração: “E a vida eterna é esta”.
            Para completar este início profundo, deve-se adicionar uma verdade abrangente. Deve-se falar da completa dimensão da vida eterna. O que é amplo o bastante para completar esta introdução majestosa? Somente a única realidade do conhecer a Deus é adequada: “que te conheçam a ti”. Sim, conhecer a Deus é tudo o que a vida eterna é. É somente por meio do encontrar o Senhor que o perdão é alcançado. É somente por estar em Cristo que escapamos do inferno e asseguramos o céu. Então, é somente por meio do familiarizar-se com o Senhor que o significado e propósito de nossas vidas se tornam reais para nós. Também, é somente através de uma crescente intimidade de confiança em Cristo que os dons espirituais e o fruto espiritual podem amadurecer de modo apropriado. Além disso, é somente por meio de um relacionamento pessoal cada vez maior com o Senhor que a comunhão cristã e o discernimento bíblico são apropriadamente desenvolvidos.
            Essas verdades certamente concordam com aquelas palavras proféticas do passado, que prometeram uma nova aliança da graça para substituir a antiga aliança da lei. “Eis aí vêm dias, diz o Senhor, em que firmarei nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá. Não conforme a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito; porquanto eles anularam a minha aliança, não obstante eu os haver desposado, diz o Senhor. Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor: Na mente, lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas inscreverei; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. Não ensinará jamais cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu irmão, dizendo: Conhece ao Senhor, porque todos me conhecerão, desde o menor até ao maior deles, diz o Senhor. Pois perdoarei as suas iniquidades e dos seus pecados jamais me lembrarei” (Jeremias 31.31-34). E Hebreus 8.11 deixa claro que, “todos me conhecerão, desde o menor deles até ao maior”. A nova aliança provê um crescente e íntimo relacionamento pessoal com o Senhor a todos que caminham nos termos da graça.
            Com isso em mente, colocando-nos humildemente diante do Deus Pai, confessemos as frequentes vezes em que pensamos e nos comportamos como se a vida eterna fosse menos do que conhecê-lo; pedindo que ele nos ajude a entender e a viver a verdadeira essência da sua nova aliança da graça; e agradecendo por suas provisões que nos permitem crescer no conhecimento dele por meio de Cristo Jesus, nosso Senhor.

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