Dediquemos um pouco do nosso tempo, hoje, pensando
em uma declaração feita pelo Senhor Jesus acerca da vida eterna. É uma
declaração simples e majestosa, objetiva e profunda. O Senhor Jesus disse: “E a
vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus
Cristo, a quem enviaste” (João 17.3).
Essa
declaração começa de um modo muito profundo, ele diz: “E a vida eterna é esta”.
Completar uma declaração como esta requer verdade compreensiva. Se a declaração
começasse com “Isto está incluso na vida eterna”, muitas questões não
abrangentes poderiam ser usadas para completar a declaração. Alguém poderia
corretamente afirmar que o perdão dos pecados está incluso na vida eterna.
Outro poderia propriamente dizer que o escapar do inferno e a certeza do céu
estão inclusos na vida eterna. Igualmente, outro poderia dizer que o
significado e propósito da vida estão inclusos na vida eterna. Adicionalmente,
poderia ser afirmado que os dons espirituais e o fruto espiritual também estão
incluídos. Além disso, outra pessoa poderia dizer que a comunhão no corpo de
Cristo e o novo entendimento das Escrituras igualmente fazem parte da vida
eterna. Entretanto, nenhuma dessas coisas individualmente, nem todas elas coletivamente,
são suficientes para completar a declaração: “E a vida eterna é esta”.
Para
completar este início profundo, deve-se adicionar uma verdade abrangente.
Deve-se falar da completa dimensão da vida eterna. O que é amplo o bastante
para completar esta introdução majestosa? Somente a única realidade do conhecer
a Deus é adequada: “que te conheçam a ti”. Sim, conhecer a Deus é tudo o que a
vida eterna é. É somente por meio do encontrar o Senhor que o perdão é
alcançado. É somente por estar em Cristo que escapamos do inferno e asseguramos
o céu. Então, é somente por meio do familiarizar-se com o Senhor que o
significado e propósito de nossas vidas se tornam reais para nós. Também, é
somente através de uma crescente intimidade de confiança em Cristo que os dons
espirituais e o fruto espiritual podem amadurecer de modo apropriado. Além
disso, é somente por meio de um relacionamento pessoal cada vez maior com o
Senhor que a comunhão cristã e o discernimento bíblico são apropriadamente
desenvolvidos.
Essas
verdades certamente concordam com aquelas palavras proféticas do passado, que
prometeram uma nova aliança da graça para substituir a antiga aliança da lei.
“Eis aí vêm dias, diz o Senhor, em que firmarei nova aliança com a casa de
Israel e com a casa de Judá. Não conforme a aliança que fiz com seus pais, no
dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito; porquanto eles
anularam a minha aliança, não obstante eu os haver desposado, diz o Senhor.
Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles
dias, diz o Senhor: Na mente, lhes imprimirei as minhas leis, também no coração
lhas inscreverei; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. Não ensinará
jamais cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu irmão, dizendo: Conhece ao Senhor,
porque todos me conhecerão, desde o menor até ao maior deles, diz o Senhor.
Pois perdoarei as suas iniquidades e dos seus pecados jamais me lembrarei”
(Jeremias 31.31-34). E Hebreus 8.11 deixa claro que, “todos me conhecerão,
desde o menor deles até ao maior”. A nova aliança provê um crescente e íntimo
relacionamento pessoal com o Senhor a todos que caminham nos termos da graça.
Com isso em mente,
colocando-nos humildemente diante do Deus Pai, confessemos as frequentes vezes
em que pensamos e nos comportamos como se a vida eterna fosse menos do que
conhecê-lo; pedindo que ele nos ajude a entender e a viver a verdadeira
essência da sua nova aliança da graça; e agradecendo por suas provisões que nos
permitem crescer no conhecimento dele por meio de Cristo Jesus, nosso Senhor.
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