quinta-feira, 13 de abril de 2017

Experimentando a bondade do Senhor



Quando Davi, fugindo de Saul, buscou refúgio com o rei Abimeleque, precisou se fingir de louco e, depois, foi expulso da sua presença, ele escreveu o Salmo 34. Agora, leia com atenção o que ele declara acerca do Senhor, seu Deus: “Oh! Provai e vede que o Senhor é bom; bem-aventurado o homem que nele se refugia” (Salmo 34.8).
            A Escritura claramente afirma que o conhecimento do Senhor visa o desenvolvimento de um relacionamento, não meramente a catalogação de informações corretas sobre ele.  A graça e a paz devem ser “multiplicadas” em nós, não apenas memorizadas por nós (2 Pedro 1.2). “Todas as coisas que conduzem à vida e à piedade” (2 Pedro 1.3) devem ser usadas para produzir vida piedosa, não apenas listadas para validar nossa ortodoxia. À medida que conhecemos ao Senhor, sua bondade deve ser experimentada em nossas vidas.
            O versículo base dessa meditação diz respeito diretamente a este ponto. Observe, “Oh! Provai e vede que o Senhor é bom”. O Senhor é bom é uma afirmação simples, direta e clara. Ele é misericordioso, bom, gracioso e paciente. As Escrituras estão repletas de declarações sobre a bondade de Deus. Uma delas diz: “Rendei graças ao Senhor, porque ele é bom, e a sua misericórdia dura para sempre” (Salmo 107.1). Essa bondade de Deus deve ser experimentada pelo povo de Deus; esse é o ensino de Jeremias 31.14, que diz: “Saciarei de gordura a alma dos sacerdotes, e o meu povo se fartará com a minha bondade, diz o Senhor”. Precisamos provar e ver que o Senhor é bom, não apenas ouvir e falar sobre sua bondade.
            Então, como o povo de Deus pode experimentar a bondade do Senhor? O Salmo 34.8 responde, dizendo: “Bem-aventurado o homem que nele se refugia”. A bondade de Deus está disponível a nossa experiência pessoal quando confiamos nele. O Salmo 31.19 acrescenta, dizendo: “Como é grande a tua bondade, que reservaste aos que te temem, da qual usas, perante os filhos dos homens, para com os que em ti se refugiam!” A bondade do Senhor está disponível a nossa experiência pessoal quando o tememos e nos refugiamos confiantemente nele. Isaías 26.3 adiciona: “Tu, Senhor, conservarás em perfeita paz aquele cujo propósito é firme, porque ele confia em ti”. A bondade de Deus traz paz a nossa experiência pessoal quando confiamos nele. O Salmo 33.20-21 completa, dizendo: “Nossa alma espera no Senhor, nosso auxílio e escudo. Nele, o nosso coração se alegra, pois confiamos no seu santo nome”. Quando dependemos do Senhor, sua bondade é experimentada em nossa experiência pessoal em forma de alegria ou regozijo.
            Não deve nos causar surpresa que a fé no Senhor seja o caminho para experimentarmos sua bondade. Já temos observado em várias meditações que a fé é uma das realidades relacionais que permitem ao filho de Deus viver pela graça. A fé acessa a graça (cf. Romanos 5.2). E a Escritura declara: “Bom é o Senhor para os que esperam por ele, para a alma que o busca” (Lamentações 3.25).
            Quanto mais familiarizados com o Senhor, mais confiamos nele. Quanto mais permitimos que ele demonstre sua fidelidade, mais confiamos nele. Como afirma Davi: “Em ti, pois, confiam os que conhecem o teu nome, porque tu, Senhor, não desamparas os que te buscam” (Salmo 9.10).
            Portanto, em oração, reconheçamos que o Senhor, nosso Deus, é bom; reconheçamos que, por vezes, falhamos em experimentar sua bondade por não confiarmos nele, e peçamos perdão por isso; expressemos nosso desejo de provar e ver sua bondade; e supliquemos que ele nos ensine a confiar nele e  viver em dependência dele.

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