Quando
Davi, fugindo de Saul, buscou refúgio com o rei Abimeleque, precisou se fingir
de louco e, depois, foi expulso da sua presença, ele escreveu o Salmo 34.
Agora, leia com atenção o que ele declara acerca do Senhor, seu Deus: “Oh!
Provai e vede que o Senhor é bom; bem-aventurado o homem que nele se refugia”
(Salmo 34.8).
A
Escritura claramente afirma que o conhecimento do Senhor visa o desenvolvimento
de um relacionamento, não meramente a catalogação de informações corretas sobre
ele. A graça e a paz devem ser
“multiplicadas” em nós, não apenas memorizadas por nós (2 Pedro 1.2). “Todas as
coisas que conduzem à vida e à piedade” (2 Pedro 1.3) devem ser usadas para
produzir vida piedosa, não apenas listadas para validar nossa ortodoxia. À
medida que conhecemos ao Senhor, sua bondade deve ser experimentada em nossas
vidas.
O
versículo base dessa meditação diz respeito diretamente a este ponto. Observe,
“Oh! Provai e vede que o Senhor é bom”. O Senhor é bom é uma afirmação simples,
direta e clara. Ele é misericordioso, bom, gracioso e paciente. As Escrituras
estão repletas de declarações sobre a bondade de Deus. Uma delas diz: “Rendei
graças ao Senhor, porque ele é bom, e a sua misericórdia dura para sempre”
(Salmo 107.1). Essa bondade de Deus deve ser experimentada pelo povo de Deus;
esse é o ensino de Jeremias 31.14, que diz: “Saciarei de gordura a alma dos
sacerdotes, e o meu povo se fartará com a minha bondade, diz o Senhor”.
Precisamos provar e ver que o Senhor é bom, não apenas ouvir e falar sobre sua
bondade.
Então,
como o povo de Deus pode experimentar a bondade do Senhor? O Salmo 34.8
responde, dizendo: “Bem-aventurado o homem que nele se refugia”. A bondade de
Deus está disponível a nossa experiência pessoal quando confiamos nele. O Salmo
31.19 acrescenta, dizendo: “Como é grande a tua bondade, que reservaste aos que
te temem, da qual usas, perante os filhos dos homens, para com os que em ti se
refugiam!” A bondade do Senhor está disponível a nossa experiência pessoal
quando o tememos e nos refugiamos confiantemente nele. Isaías 26.3 adiciona:
“Tu, Senhor, conservarás em perfeita paz aquele cujo propósito é firme, porque
ele confia em ti”. A bondade de Deus traz paz a nossa experiência pessoal quando
confiamos nele. O Salmo 33.20-21 completa, dizendo: “Nossa alma espera no
Senhor, nosso auxílio e escudo. Nele, o nosso coração se alegra, pois confiamos
no seu santo nome”. Quando dependemos do Senhor, sua bondade é experimentada em
nossa experiência pessoal em forma de alegria ou regozijo.
Não
deve nos causar surpresa que a fé no Senhor seja o caminho para experimentarmos
sua bondade. Já temos observado em várias meditações que a fé é uma das
realidades relacionais que permitem ao filho de Deus viver pela graça. A fé
acessa a graça (cf. Romanos 5.2). E a Escritura declara: “Bom é o Senhor para
os que esperam por ele, para a alma que o busca” (Lamentações 3.25).
Quanto
mais familiarizados com o Senhor, mais confiamos nele. Quanto mais permitimos que
ele demonstre sua fidelidade, mais confiamos nele. Como afirma Davi: “Em ti,
pois, confiam os que conhecem o teu nome, porque tu, Senhor, não desamparas os
que te buscam” (Salmo 9.10).
Portanto, em oração, reconheçamos
que o Senhor, nosso Deus, é bom; reconheçamos que, por vezes, falhamos em
experimentar sua bondade por não confiarmos nele, e peçamos perdão por isso;
expressemos nosso desejo de provar e ver sua bondade; e supliquemos que ele nos
ensine a confiar nele e viver em
dependência dele.
Nenhum comentário:
Postar um comentário