segunda-feira, 17 de julho de 2017

Como as características da graça se tornam visíveis



“E é por intermédio de Cristo que temos tal confiança em Deus; não que, por nós mesmos, sejamos capazes de pensar alguma coisa, como se partisse de nós; pelo contrário, a nossa suficiência vem de Deus, o qual nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata, mas o espírito vivifica” (2 Coríntios 3.4-6).
            Em nossas meditações anteriores, consideramos algumas características que Deus deseja desenvolver em nossas vidas por sua graça, a saber, vida triunfante, o perfume de Cristo, sinceridade piedosa e tornar-nos cartas vivas de Cristo. Como essas coisas se tornam visíveis em nossas vidas de um modo cada vez maior? Quando o apóstolo Paulo escreveu essas maravilhosas descrições da vida piedosa, seu coração foi instigado a perguntar: “Quem, porém, é suficiente para essas coisas?” (2 Coríntios 2.16). Ele estava plenamente convicto de que nenhum homem pode produzir essas realidades. Os recursos humanos são inadequados.
            Essas características celestiais são desenvolvidas naqueles que vivem Segundo os termos da nova aliança (humildemente confiam em Deus, não em si mesmos). A Escritura afirma, “E é por intermédio de Cristo que temos tal confiança em Deus”. A confiança do apóstolo para exibir essas qualidades espirituais de vida estava dirigida para Deus, baseada no relacionamento disponível em Jesus Cristo. Isto não é autoconfiança, ou confiança em si mesmo; é confiança em Deus. Deus precisa produzir essas características em nós.
            Não há espaço para o cristão confiar em si mesmo. Observe o que o texto bíblico diz, “não que, por nós mesmos, sejamos capazes de pensar alguma coisa, como se partisse de nós”. Não somos a fonte de qualquer uma dessas maravilhosas características da vida piedosa. Todas elas devem vir da obra de Deus em nós. Pois, “a nossa suficiência vem de Deus”. Quando vivemos em humilde dependência, o suprimento do Senhor torna-se a suficiência que necessitamos. Preste atenção no que a Escritura diz: “a nossa suficiência vem de Deus, o qual nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança”.
            Sim, os servos da nova aliança vivem pela graça de Deus. Consequentemente, sua suficiência é o que é provido pelo próprio Senhor. Isto é precisamente o que Deus prometeu aos antigos por meio de seus profetas. Veja! “Eis que vêm dias, diz o Senhor, em que firmarei nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá. Não conforme a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito; porquanto eles anularam a minha aliança, não obstante eu os haver desposado, diz o Senhor. Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor: Na mente, lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas inscreverei; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo” (Jeremias 31.31-33). O Senhor Deus inscreve essas características espirituais no homem interior (o coração e a mente) por sua graça. Resultando em que essas características piedosas são desenvolvidas em nossas vidas.
            Novamente, estamos olhando para a vida em humildade e fé. Lembremo-nos, “Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes” (Tiago 4.6). Igualmente, a fé acessa a graça, pois “por intermédio de quem (isto é, do Senhor Jesus Cristo) obtivemos igualmente acesso, pela fé, a esta graça na qual estamos firmes; e nos gloriamos na esperança da glória de Deus” (Romanos 5.2).
            Portanto, em oração, expressemos ao Pai santo nosso desejo de crescer nessas características piedosas; reconheçamos que não somos capazes de produzi-las por nossos próprios recursos; reconheçamos que nossa única esperança é que sejamos mudados por ele de dentro para fora; humildemente e com confiança, roguemos que derrame sua graça sobre nosso coração e mente, à medida que procuramos conhece-lo por meio de sua Palavra.

Nenhum comentário:

Postar um comentário