“E é por intermédio de Cristo que temos tal
confiança em Deus; não que, por nós mesmos, sejamos capazes de pensar alguma
coisa, como se partisse de nós; pelo contrário, a nossa suficiência vem de
Deus, o qual nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da
letra, mas do espírito; porque a letra mata, mas o espírito vivifica” (2
Coríntios 3.4-6).
Em
nossas meditações anteriores, consideramos algumas características que Deus
deseja desenvolver em nossas vidas por sua graça, a saber, vida triunfante, o
perfume de Cristo, sinceridade piedosa e tornar-nos cartas vivas de Cristo.
Como essas coisas se tornam visíveis em nossas vidas de um modo cada vez maior?
Quando o apóstolo Paulo escreveu essas maravilhosas descrições da vida piedosa,
seu coração foi instigado a perguntar: “Quem, porém, é suficiente para essas
coisas?” (2 Coríntios 2.16). Ele estava plenamente convicto de que nenhum homem
pode produzir essas realidades. Os recursos humanos são inadequados.
Essas
características celestiais são desenvolvidas naqueles que vivem Segundo os
termos da nova aliança (humildemente confiam em Deus, não em si mesmos). A
Escritura afirma, “E é por intermédio de Cristo que temos tal confiança em
Deus”. A confiança do apóstolo para exibir essas qualidades espirituais de vida
estava dirigida para Deus, baseada no relacionamento disponível em Jesus
Cristo. Isto não é autoconfiança, ou confiança em si mesmo; é confiança em
Deus. Deus precisa produzir essas características em nós.
Não
há espaço para o cristão confiar em si mesmo. Observe o que o texto bíblico
diz, “não que, por nós mesmos, sejamos capazes de pensar alguma coisa, como se
partisse de nós”. Não somos a fonte de qualquer uma dessas maravilhosas características
da vida piedosa. Todas elas devem vir da obra de Deus em nós. Pois, “a nossa
suficiência vem de Deus”. Quando vivemos em humilde dependência, o suprimento
do Senhor torna-se a suficiência que necessitamos. Preste atenção no que a
Escritura diz: “a nossa suficiência vem de Deus, o qual nos habilitou para
sermos ministros de uma nova aliança”.
Sim,
os servos da nova aliança vivem pela graça de Deus. Consequentemente, sua
suficiência é o que é provido pelo próprio Senhor. Isto é precisamente o que
Deus prometeu aos antigos por meio de seus profetas. Veja! “Eis que vêm dias,
diz o Senhor, em que firmarei nova aliança com a casa de Israel e com a casa de
Judá. Não conforme a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela
mão, para os tirar da terra do Egito; porquanto eles anularam a minha aliança,
não obstante eu os haver desposado, diz o Senhor. Porque esta é a aliança que
firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor: Na mente,
lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas inscreverei; eu serei o
seu Deus, e eles serão o meu povo” (Jeremias 31.31-33). O Senhor Deus inscreve
essas características espirituais no homem interior (o coração e a mente) por
sua graça. Resultando em que essas características piedosas são desenvolvidas
em nossas vidas.
Novamente,
estamos olhando para a vida em humildade e fé. Lembremo-nos, “Deus resiste aos
soberbos, mas dá graça aos humildes” (Tiago 4.6). Igualmente, a fé acessa a
graça, pois “por intermédio de quem (isto é, do Senhor Jesus Cristo) obtivemos
igualmente acesso, pela fé, a esta graça na qual estamos firmes; e nos
gloriamos na esperança da glória de Deus” (Romanos 5.2).
Portanto,
em oração, expressemos ao Pai santo nosso desejo de crescer nessas
características piedosas; reconheçamos que não somos capazes de produzi-las por
nossos próprios recursos; reconheçamos que nossa única esperança é que sejamos
mudados por ele de dentro para fora; humildemente e com confiança, roguemos que
derrame sua graça sobre nosso coração e mente, à medida que procuramos
conhece-lo por meio de sua Palavra.
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