“Ora, o Senhor é o Espírito; e, onde está o Espírito
do senhor, aí há liberdade” (2 Coríntios 3.17).
Como
temos visto nas meditações anteriores, a antiga aliança da lei produz
escravidão espiritual naqueles que tentam viver com base nela. O maravilhoso
remédio celestial para essa escravidão é a nova aliança da graça, porque ele
produz liberdade espiritual. Esta liberdade é uma obra do Espírito Santo; pois
a Escritura afirma: Ora, o Senhor é o Espírito”. O vivificante Senhor da graça
é o Espírito de Deus, visto que “nos habilitou para sermos ministros de uma
nova aliança, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata, mas o
espírito vivifica” (2 Coríntios 3.6).
Viver
segundo as regras e regulamentações (“da letra”) tem um efeito mortal sobre as
pessoas, cegueira espiritual. Esta é a forma como os fariseus ministravam.
Observe, “Atam fardos pesados [e difíceis de carregar] e os põem sobre os
ombros dos homens; entretanto, eles mesmos nem com o dedo querem movê-los”
(Mateus 23.4). Jesus veio para libertar pessoas, torna-las livres. Esta é a
razão porque Jesus ministrou pelo Espírito Santo. Como registra Lucas: “O
Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os
pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista
aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos” (Lucas 4.18). Visto que Jesus, o
Filho de Deus, humildemente serviu ao Pai, o Espírito Santo o capacitou para
resgatar cativos, para libertar oprimidos.
Resgatar
pessoas do pecado e da injustiça é a obra libertadora fundamental de Jesus.
Observe o que a escritura diz: “e, uma vez libertos do pecado, fostes feitos
servos da justiça” (Romanos 6.18). Agora, estamos livres para crescer em uma
vida de justiça. Nossa recém descoberta liberdade não visa a indulgência
pessoal, não é liberdade para pecar, mas liberdade para servir ao Senhor Deus.
Como declara Pedro, “como livre que sois, não usando, todavia, a liberdade por
pretexto da malícia, mas vivendo como servos de Deus” (1 Pedro 2.16). Agora que
estamos livres, podemos usar nossa liberdade para ministrar amorosamente a
outros; “Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade; porém, não useis da
liberdade para dar ocasião à carne; sede, antes, servos uns dos outros, pelo amor”
(Gálatas 5.13).
Outra
maravilha resultante da obra libertadora e resgatadora de Cristo é que ele
deseja salvar-nos de nosso esforço auto dependente para desenvolver uma vida de
santidade e serviço amoroso. Ele realiza isso em nós por meio da obra do Espírito
Santo, “Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do
pecado e da morte” (Romanos 8.2). A medida que andamos em humilde dependência,
o Espírito Santo concede a nós a vida que está em Cristo Jesus. Esta vida nos
liberta da tendência de depender dos recursos humanos carnais, os quais são
inadequados (devido ao pecado e à morte espiritual).
Portanto, colocando-nos em oração diante do Deus de toda libertação
espiritual, lhe rendamos graças por nos libertar do pecado e do servir a nós
mesmos; supliquemos que ele opere em nós e por nosso intermédio, mediante seu
Santo Espírito, tornando-nos livres do esforço próprio o serviço que prestamos
a ele.
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