terça-feira, 23 de outubro de 2018

Imagem real, não sombras, sob a graça


“Ora, visto que a lei tem sombra dos bens vindouros, não a imagem real das coisas, nunca jamais pode tornar perfeitos os ofertantes, com os mesmos sacrifícios que, anos após ano, perpetuamente, eles oferecem” (Hebreus 10.1). “Ninguém, pois, vos julgue por causa de comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou sábados, porque tudo isso tem sido sombra das coisas que haviam de vir; porém o corpo é de Cristo” (Colossenses 2.16-17).
            Outro aspecto superior da graça é visto na diferença entre uma sombra e a imagem real que lança a sombra. As sombras fornecem vários benefícios, mas elas possuem uma limitação crítica. As sombras podem prover um contorno visível de uma realidade, mas não podem fornecer o que é inerente à realidade. Igualmente, as sombras podem indicar a aproximação de uma pessoa, mas elas não podem produzir um relacionamento com essa pessoa. A antiga aliança da lei é comparada a uma sombra, pois a Escritura diz: “visto que a lei tem sombra dos bens vindouros”. A nova aliança da graça (os recursos suficientes de Deus livremente disponíveis em Cristo) é a imagem real. A imagem real é Cristo.
            Uma das características da lei que se assemelha a sombra estava contida em seus sacrifícios. Note o que a escritura diz: “Ora, visto que a lei tem sombra dos bens vindouros, não a imagem real das coisas, nunca jamais pode tornar perfeitos os ofertantes, com os mesmos sacrifícios que, ano após ano, perpetuamente, eles oferecem.” Cristo cumpriu perfeitamente tudo aquilo que os antigos sacrifícios ilustravam, e ele tornou os benefícios desejados nos sacrifícios plenamente disponíveis a todos que creem nele. O cordeiro pascal é um exemplo claro dessa verdade. Observe o que a Escritura diz: “Chamou, pois, Moisés todos os anciãos de Israel e lhes disse: Escolhei, e tomai cordeiros segundo as vossas famílias, e imolai a Páscoa. Tomai um molho de hissopo, molhai-o no sangue que estiver na bacia e marcai a verga da porta e suas ombreiras com o sangue que estiver na bacia; nenhum de vós saia da porta da sua casa até pela manhã. Porque o Senhor passará para ferir os egípcios; quando vir, porém, o sangue na verga da porta e em ambas as ombreiras, passará o Senhor aquela porta e não permitirá ao Destruidor que entre em vossas casas, para vos ferir” (Êxodo 12.21-23) Esta sombra de libertação temporária torna-se a imagem real em Cristo, que nos liberta do julgamento eterno, pois assim está escrito: “Lançai fora o velho fermento, para que sejais nova massa, como sois, de fato, sem fermento. Pois também Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado” (1 Coríntios 5.7).
            Outra característica da lei que se assemelha a sombra pode ser vista em seus rigorosos mandamentos. Tudo que a lei exige está relacionado com a santidade, com a justiça; como está escrito: “Santos sereis, porque eu, o Senhor, vosso Deus, sou santo” (Levítico 19.2). Esse chamado à retidão ou justiça somente pode se tornar imagem real por meio do Senhor Jesus Cristo, visto que a Escritura afirma: “Sim, deveras considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; por amor do qual perdi todas as coisas e as considero como refugo, para ganhar a Cristo e ser achado nele, não tendo justiça própria, que procede da lei, senão a que é mediante a fé em Cristo, a justiça de Deus, baseada na fé” (Filipenses 3.8-9).
            Com essas coisas em mente, coloquemo-nos em oração diante de nosso Senhor Jesus Cristo, reconhecendo que ele é todos os bens vindouros cuja sombra está na lei; suplicando que nos ajude a evitar que sejamos apanhados nas sombras da lei; e que seu Espírito nos atraia para a ilimitada imagem real espiritual que é encontrada apenas em Cristo.

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