“Veio Moisés, chamou os anciãos do povo e expôs diante deles todas estas
palavras que o Senhor lhe havia ordenado. Então, o povo respondeu à uma: Tudo o
que o Senhor falou faremos. E Moisés relatou ao Senhor as palavras do povo”
(Êxodo 19.7-8).
As promessas da antiga aliança da
lei dependiam do desempenho do homem. Observe o que a Escritura afirma:
“Portanto, os meus estatutos e os meus juízos guardareis; cumprindo-os, o homem
viverá por eles. Eu sou o Senhor” (Levítico 18.5). As promessas superiores da
nova aliança da graça dependem do desempenho de Deus. Como está escrito, “Eis
aí vêm dias, diz o Senhor, em que firmarei nova aliança com a casa de Israel e
com a casa de Judá. Não conforme a aliança que fiz com seus pais, no dia em que
os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito; porquanto eles anularam a
minha aliança, não obstante eu os haver desposado, diz o Senhor. Porque esta é
a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor:
Na mente, lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas inscreverei;
eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo” (Jeremias 31.31-33).
Quando o homem tenta viver sob a lei
(por meio da necessidade de cumprir dos padrões de Deus mediante recursos
humanos), ele basicamente tenta viver com base em suas promessas a Deus. Israel
é um vívido exemplo dessa tendência fútil. Observe o que Israel prometeu; “Tudo
o que o Senhor falou faremos” (Êxodo 19.8). Esta promessa bem-intencionada a
Deus foi quebrada de modo consistente e contínuo. As palavras de Moisés são uma
dolorosa acusação acerca da inutilidade de basear nossa vida com Deus em nossas
promessas a ele. Note atentamente, “Rebeldes fostes contra o Senhor, desde o
dia em que vos conheci” (Deuteronômio 9.24).
O desejo de obedecer a Deus de modo
apropriado reside dentro do coração de seus filhos, mas o melhor caminho para a
obediência deve ser encontrado em confiar em algo melhor do que em nossas
promessas a Deus. Esse caminho melhor é o caminho da graça, a qual oferece uma
vida baseada nas promessas de Deus ao homem. Observe com atenção o que Deus
promete na Escritura: “Dar-vos-ei coração novo e porei dentro de vós espírito
novo; tirarei de vós o coração de pedra e vos darei coração de carne. Porei
dentro de vós o meu Espírito e farei com que andeis nos meus estatutos,
guardeis os meus juízos e os observeis” (Ezequiel 36.26-27).
Devemos viver mediante as promessas
que Deus faz a nós (em vez de mediante as promessas que fazemos a ele). Viver
com base nas promessas de Deus produz uma confiança crescente no Senhor, uma
confiança que é consequência de seu caráter único; pois está escrito: “Deus não
é homem, para que minta; nem filho do homem, para que se arrependa. Porventura,
tendo ele prometido, não o fará? Ou, tendo falado, não o cumprirá?” (Números
23.19). O homem pode fazer promessas a Deus, mas, eventualmente, ele falhará em
cumpri-las. Deus não é igual ao homem. Deus é fiel a sua palavra. Ele não
mente, não muda de opinião ou de ideia. O que ele diz, ele fará! Podemos
confiar plenamente nas promessas de Deus que encontramos nas Escrituras.
Portanto, em oração diante do
Senhor, Deus da verdade, supliquemos seu perdão por nossas múltiplas tentativas
de desenvolver a caminhada cristã mediante as promessas que fizemos a ele,
reconhecendo o quão frequentemente temos falhado; apropriemo-nos da jubilosa
opção que o Deus da graça nos oferece, a opção de vivermos mediante as
promessas que ele faz a nós; e sejamos agradecidos por ele nos ensinar a como
pensar e viver desse novo modo.
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