sábado, 14 de novembro de 2020

Vivendo no Antigo Testamento pela graça de Deus

            “E Josué, filho de Num, e Calebe, filho de Jefoné, dentre os que espiaram a terra, rasgaram as suas vestes e falaram a toda a congregação dos filhos de Israel, dizendo: A terra pelo meio da qual passamos a espiar é terra muitíssimo boa. Se o Senhor se agradar de nós, então, nos fará entrar nessa terra e no-la dará, terra que mana leite e mel. Tão-somente não sejais rebeldes contra o Senhor e não temais o povo dessa terra, porquanto, como pão, os podemos devorar; retirou-se deles o amparo; o Senhor é conosco; não os temais” (Números 14.6-9).

            Podemos encontrar, por todo o Antigo Testamento, exemplos de pessoas vivendo pela graça de Deus. Pode ser que eles não foram capazes de descrever suas experiências em termos de graça. Todavia, sua confiança em Deus, no sentido de Deus trabalhar em seu favor, é tão válida quanto a nossa. Viver pela graça envolve em ação na vida das pessoas. Embora elas tenham nascido sob a lei, elas não viveram por meio da lei. A lei não fornecia recursos para a vida. Sem Deus estar em ação, o único recurso provém da carne, da suficiência natural humana. E esta suficiência humana sempre é inadequada para se viver como Deus propõe. Josué e Calebe foram dois homens que compreenderam que esta suficiência de Deus (sua graça) era a única esperança confiável.

            Doze israelitas tinham retornado da espionagem da Terra Prometida. Dez deles tinham uma perspectiva similar, a saber, “Relataram a Moisés e disseram: Fomos à terra a que nos enviaste; e, verdadeiramente, mana leite e mel; este é o fruto dela. O povo, porém, que habita nessa terra é poderoso, e as cidades, mui grandes e fortificadas; também vimos ali os filhos de Anaque. [...] Porém os homens que com ele tinham subido disseram: Não poderemos subir contra aquele povo, porque é mais forte do que nós” (Números 13.27-28, 31. Seu relatório negativo estava baseado no que eles viram, a avaliação levou em conta seus recursos próprios. Mediante essa avaliação, eles concluíram: “Não poderemos subir contra aquele povo”. Eles estavam comparando dois conjuntos de recursos humanos, visto que disseram: “porque é mais forte do que nós”.

            Josué e Calebe ficaram profundamente aflitos por causa dessa avaliação inadequada. A Escritura diz: “E Josué, filho de Num, e Calebe, filho de Jefoné, dentre os que espiaram a terra, rasgaram as suas vestes” (Números 14.6). Eles sabia que a perspectiva dos dez espias ignorava o que Deus tinha prometido e o que Deus podia fazer. Observe o que eles dizem: “Se o Senhor se agradar de nós, então, nos fará entrar nessa terra e no-la dará, terra que mana leite e mel” (Números 14.8). Josué e Calebe compreenderam que este relatório da maioria, o qual era baseado na visão humana e nas capacidades humanas, de fato, era uma forma de rebelião contra o Senhor. Por isso, disseram: “Tão-somente não sejais rebeldes contra o Senhor e não temais o povo dessa terra, porquanto, como pão, os podemos devorar; retirou-se deles o amparo” (Números 14.9). A rebelião dos dez espias estava em ter medo do homem e em não confiar em Deus. Todos os filhos de Israel precisavam ser lembrados de que o Senhor estava comprometido com eles; por isso, Calebe e Josué acrescentam: “O Senhor é conosco; não os temais” (Números 14.9). O Senhor desejava e era capaz de dar-lhes a terra.

            Por isso, em oração diante do Deus Todo-Poderoso, lembremo-nos de que o relato da maioria frequentemente está baseado na visão humana e nos recursos terrenos; roguemos que o Senhor nos ajude a ser como Josué e Calebe; expressemos o desejo de ter uma perspectiva que esteja baseada no que o Senhor tem prometido e no que ele é capaz de fazer.

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