sábado, 16 de outubro de 2021

Andando pela fé, não pela visão

“Temos, portanto, sempre bom ânimo, sabendo que, enquanto no corpo, estamos ausentes do Senhor, visto que andamos por fé e não pelo que vemos” (2 Coríntios 5.6-7). “Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação, não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que não se veem; porque as que se veem são temporais, e as que se não veem são eternas” (2 Coríntios 4.17-18).

            A vida cristã é comparável a um andar. Ela consiste de passos diários de onde estamos para onde o Senhor deseja nos levar (tanto espiritual quanto geograficamente). Este andar é empreendido pela fé, não pela visão. Observe a expressão usada pela Escritura, “visto que andamos por fé e não pelo que vemos” (2 Coríntios 5.7).

            Andar com base no que voemos é a maneira pela qual os seres humanos andam. Isto é verdade tanto no que diz respeito ao andar literal quanto no que se refere à jornada da vida. Quando engajada no andar físico, a pessoa depende e confia nos dados visuais (juntamente com informações de outros sentidos humanos, como sons, cheiros e toque). Do mesmo modo, a medida que os não redimidos se engajam em suas viagens pela vida, eles estabelecem seu curso e procedem de acordo com o que suas habilidades naturais fornecem. Nós que conhecemos o Senhor Jesus Cristo não podemos andar desta maneira em seu reino. Devemos andar pela fé, mediante a dependência de nosso Senhor, de sua Palavra e da obra da graça realizada mediante seu Espírito Santo. O desenvolvimento espiritual se dá quando não atentamos para as “coisas que se veem”, mas para as “que não se veem” (2 Coríntios 4.18a).

            Muitas vezes, as coisas não são como elas parecem ser aos olhos naturais. Considere o caso de José. Ele foi vendido para mercadores de escravos por seus ciumentos e traiçoeiros irmãos. Aos olhos naturais, não parecia que José estava sendo preparado para ser o Primeiro Ministro do Egito. Pense em Faraó e seu exército se aproximando de Israel, visto que Israel estava encurralado no Mar Vermelho. Aos olhos naturais, para Israel, não parecia que ele seria liberto, enquanto que, para o exército egípcio, não parecia que ele seria destruído. Lembre-se do jovem Davi em pé diante do gigante Golias. Aos olhos naturais, não parecia que o gigante seria derrotado, enquanto que Davi desfrutaria de vitória completa. Somente os olhos da fé poderiam realmente apreciar o que de fato estava acontecendo.

            A cruz do nosso Senhor Jesus é, sem dúvida, o maior exemplo de que as coisas nem sempre são como elas parecem ser. Enquanto Jesus estava pendurado na cruz, parecia que os homens ímpios tinham derrotado o homem mais piedoso jamais visto sobre a terra. A Escritura testifica: “Jesus, o Nazareno, varão aprovado por Deus diante de vós com milagres, prodígios e sinais, os quais o próprio Deus realizou por intermédio dele entre vós, como vós mesmos sabeis; sendo este entregue pelo determinado desígnio e presciência de Deus, vós o matastes, crucificando-o por mãos de ímpios” (Atos 2.22-23). Todavia, na verdade, Deus estava agindo, preparando a ressurreição vitoriosa sobre o pecado e a morte para todo aquele que crê. A Escritura completa, dizendo, “ao qual, porém, Deus ressuscitou, rompendo os grilhões da morte; porquanto não era possível fosse ele retido por ela” (Atos 2.24). Os olhos naturais viam morte e derrota, os olhos da fé, vida e vitória.

            Diante dessas considerações, em oração ao nosso Pai celestial, expressemos nosso desejo de andar com ele pela fé; expressemos o desejo de responder às circunstâncias da vida com base no que ele têm dito em sua Palavra e com base no que ele é capaz de fazer; reconheçamos que muitas vezes temos estabelecido o curso de nossa vida com base no que vemos com nossos olhos naturais, dependendo e confiando na aparência das coisas; supliquemos que o Senhor nos ensine a confiar mais e mais nele.

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