“Temos,
portanto, sempre bom ânimo, sabendo que, enquanto no corpo, estamos ausentes do
Senhor, visto que andamos por fé e não pelo que vemos” (2 Coríntios 5.6-7).
“Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de
glória, acima de toda comparação, não atentando nós nas coisas que se veem, mas
nas que não se veem; porque as que se veem são temporais, e as que se não veem
são eternas” (2 Coríntios 4.17-18).
A
vida cristã é comparável a um andar. Ela consiste de passos diários de onde
estamos para onde o Senhor deseja nos levar (tanto espiritual quanto
geograficamente). Este andar é empreendido pela fé, não pela visão. Observe a
expressão usada pela Escritura, “visto que andamos por fé e não pelo que vemos”
(2 Coríntios 5.7).
Andar
com base no que voemos é a maneira pela qual os seres humanos andam. Isto é
verdade tanto no que diz respeito ao andar literal quanto no que se refere à
jornada da vida. Quando engajada no andar físico, a pessoa depende e confia nos
dados visuais (juntamente com informações de outros sentidos humanos, como
sons, cheiros e toque). Do mesmo modo, a medida que os não redimidos se engajam
em suas viagens pela vida, eles estabelecem seu curso e procedem de acordo com
o que suas habilidades naturais fornecem. Nós que conhecemos o Senhor Jesus
Cristo não podemos andar desta maneira em seu reino. Devemos andar pela fé,
mediante a dependência de nosso Senhor, de sua Palavra e da obra da graça
realizada mediante seu Espírito Santo. O desenvolvimento espiritual se dá
quando não atentamos para as “coisas que se veem”, mas para as “que não se
veem” (2 Coríntios 4.18a).
Muitas
vezes, as coisas não são como elas parecem ser aos olhos naturais. Considere o
caso de José. Ele foi vendido para mercadores de escravos por seus ciumentos e
traiçoeiros irmãos. Aos olhos naturais, não parecia que José estava sendo
preparado para ser o Primeiro Ministro do Egito. Pense em Faraó e seu exército
se aproximando de Israel, visto que Israel estava encurralado no Mar Vermelho.
Aos olhos naturais, para Israel, não parecia que ele seria liberto, enquanto
que, para o exército egípcio, não parecia que ele seria destruído. Lembre-se do
jovem Davi em pé diante do gigante Golias. Aos olhos naturais, não parecia que
o gigante seria derrotado, enquanto que Davi desfrutaria de vitória completa.
Somente os olhos da fé poderiam realmente apreciar o que de fato estava
acontecendo.
A
cruz do nosso Senhor Jesus é, sem dúvida, o maior exemplo de que as coisas nem
sempre são como elas parecem ser. Enquanto Jesus estava pendurado na cruz,
parecia que os homens ímpios tinham derrotado o homem mais piedoso jamais visto
sobre a terra. A Escritura testifica: “Jesus, o Nazareno, varão aprovado por
Deus diante de vós com milagres, prodígios e sinais, os quais o próprio Deus
realizou por intermédio dele entre vós, como vós mesmos sabeis; sendo este
entregue pelo determinado desígnio e presciência de Deus, vós o matastes,
crucificando-o por mãos de ímpios” (Atos 2.22-23). Todavia, na verdade, Deus
estava agindo, preparando a ressurreição vitoriosa sobre o pecado e a morte
para todo aquele que crê. A Escritura completa, dizendo, “ao qual, porém, Deus
ressuscitou, rompendo os grilhões da morte; porquanto não era possível fosse
ele retido por ela” (Atos 2.24). Os olhos naturais viam morte e derrota, os
olhos da fé, vida e vitória.
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