Jesus é o Filho de Deus, ele assumiu a forma de homem e viveu entre nós. Seu ensino, dado a ele por seu Pai, permanecerá para sempre e será a base de seu julgamento da humanidade. Por isso, a importância de se prestar atenção ao seu ensino nunca é suficientemente enfatizada. Jesus empregou o método de ensino geralmente usado pelos rabinos, ditos breves, ao invés de longos discursos. Muitos de seus ditos mais importantes são constituídos de parábolas, provérbios e declarações isoladas, geralmente em resposta a perguntas ou em reação a situações. Todo seu ensino foi ministrado com admirável autoridade e clareza, porém parte dele era enigmático, exigindo raciocínio e discernimento espiritual. A razão de Jesus ensinar enigmaticamente acerca de seu papel messiânico, sua expiação, sua ressurreição e Reino futuro era dupla: porque apenas esses acontecimentos poderiam tornar as coisas claras; e porque ele estava chamando pessoas para serem seus discípulos através de seu impacto pessoal sobre elas, para, em seguida, ensiná-las a respeito de si mesmo dentro desse relacionamento.
O
ensino de Jesus tem três pontos regulares de referência. Primeiro, seu Pai divino,
que o havia enviado, o dirigia e com quem os discípulos precisavam aprender a
relacionar-se como o seu Pai celeste. Segundo, o povo, tanto indivíduos como
grupos, recipientes de suas chamadas ao arrependimento e à nova vida. Terceiro,
ele mesmo, como o Filho de Deus, Filho do Homem e o Messias de Israel. A partir
disso surgem três grandes temas teológicos: 1) O Reino de Deus. Esse “reino” é a realidade que veio com Jesus,
como cumprimento do plano de Deus para a história, do qual os profetas do
Antigo Testamento falaram. O Reino está presente com Jesus, e seus milagres são
sinais desse Reino. O Reino toma conta da vida de uma pessoa, quando ele se
submete, em fé, ao senhorio de Cristo, solene compromisso que traz a salvação e
a vida eterna. O Reino será pregado e crescerá até que o Filho do Homem – agora
reinando no céu – volte para reunir seus eleitos de todos os cantos da terra. 2) A obra salvadora de Jesus. Tendo
descido do céu, segundo a vontade do Pai, para levar à glória os pecadores eleitos,
Jesus morreu por eles, chama-os e os traz para si, perdoa seus pecados e
preserva-os seguros até o dia da ressurreição. 3) A ética da família de Deus. A nova vida é dada aos pecadores
como um dom da livre graça de Deus e deve expressar-se num novo estilo de vida.
Os que recebem a graça devem ser agradecidos; os que são grandemente amados
precisam mostrar grande amor aos outros; os que vivem porque são perdoados
devem, eles mesmos, perdoar; os que conhecem a Deus como seu amoroso Pai
Celestial, devem aceitar sua providência sem amargura, honrando-o todo o tempo,
confiando em seu cuidado protetor. Em resumo, os filhos de Deus devem ser como
seu Pai e seu Salvador e ser completamente diferentes do mundo.
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