Uma
das petições que aprendemos a fazer na Oração Modelo, ensinada pelo Senhor
Jesus Cristo, diz respeito à tentação. Mateus registra essa petição da seguinte
forma: “E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal” (6.13).
Nosso
Pai celeste responde a essa petição dando-nos os recursos para não cairmos
quando tentados. Ele não nos livra de passar por elas. Ao contrário, a
Escritura diz: “No mundo passais por aflições; mas tendo bom ânimo; eu venci o
mundo” (João 16.33); “Nisto exultais, embora, no presente, por breve tempo, se
necessário, sejais contristados por várias provações” (1 Pedro 1.6); e “Ora,
todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos” (2
Timóteo 3.12). Em suma, o Senhor, nosso Deus, nos livra de cair em tentação
dando-nos a capacitação e os recursos para enfrentá-la e vencê-la. Eis, então,
alguns recursos.
1. Encare a realidade da situação e diga a
Deus exatamente como você se sente. Deus nos criou, ele conhece nossa
estrutura e sabe que somos pó (Salmo 103.14; Hebreus 4.15). Por isso, seja
sincero em tua oração e expresse teus sentimentos exatamente como eles são
(Filipenses 4.6), e confie em sua graça (Hebreus 4.16; 7.25).
2. Reconheça que a tentação é temporária.
Mesmo que a tentação possa parecer muito forte e sedutora, ela não irá durar
para sempre. Ela, na verdade, é leve e momentânea quando comparada ao peso e ao
tempo da glória que ela produzirá; ela é por breve tempo (2 Coríntios 4.17; 1
Pedro 1.6).
3. Olhe para o que a Bíblia ensina. A
Palavra de Deus é parte da nossa armadura de defesa contra Satanás e suas
artimanhas (Efésios 6.14-17). Entre as artimanhas de Satanás está o encher-nos
de dúvidas acerca das boas intenções de Deus e fazer-nos pensar que somos
exceções à sua Lei. Nosso conhecimento da Bíblia, bem como a firme confiança
depositada nela, são úteis recursos para não cairmos quando tentados. A Bíblia
não é apenas uma arma de defesa, mas de ataque também. O próprio Senhor Jesus
respondeu às tentações de Satanás e o atacou com a Palavra escrita (Mateus
4.1-11).
4. Resolva obedecer a Deus. Não importa
a intensidade da tentação, nem o quanto você terá de sofrer para resistir, você
deve viver de acordo com os padrões propostos por Deus. Se você obedecer, o
Senhor te fortalecerá, restaurará e recompensará (Josué 24.14-15; 2 Reis
18.21).
5. Não dê lugar ou ocasião à carne. Não
se coloque voluntariamente em uma situação de tentação, em uma situação na qual
você terá plenas condições de liberdade e privacidade para ceder à tentação
(Gálatas 5.13, 16; Efésios 5.15).
6. Saiba, com certeza, que você pode vencer
a tentação. Não importa a intensidade da tentação, não precisamos ceder a
ela. A Escritura afirma que a tentação que Deus permite que enfrentemos, ele
garante, nunca é mais forte que nós, e que, juntamente com ela, Deus providencia
um livramento (1 Coríntios 13.10).
7. Agradeça a Deus por ele compreender as
dificuldades pelas quais você está passando. O Senhor não apenas conhece
nossa estrutura e sabe que somos pó (Salmo 103.14), mas participa de nossa
natureza física, sabe o que é ser tentado (porque o foi em todas as coisas, à
nossa semelhança) e é poderoso para nos socorrer (Hebreus 2.14-18; 4.14-16).
Seja, então, grato a ele por sua compreensão.
8. Permita que Deus restaure teu espírito
abatido. Lemos que, depois da tentação de Jesus, os anjos vieram e o
serviram (Mateus 4.11). O Senhor fez o mesmo com Elias quando, desalentado e
temeroso, fugiu (1 Reis 19.1-18). O Senhor sustenta, cuida e restaura ao
abatidos de espírito (Salmo 42.5, 11; 40.17; Isaías 41.10; Hebreus 13.6).
9. Não tente suportar
teu sofrimento sozinho. Procure um irmão em
Cristo, uma pessoa amiga, conselheira e de confiança, que possa te ajudar a
entender teus sentimentos, pensamentos e ações (Tiago 5.13-16; Gálatas 6.2; Romanos
12.13). A ajuda mútua é um recurso muito útil para lidar com a tentação (Eclesiastes
4.9-12; Isaías 41.6).
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