Em
nossa meditação anterior, falamos sobre a incapacidade estratégica da Lei de
Deus, visto que ela exige que sejamos santos, que sejamos perfeitos e que
amemos a Deus e ao próximo. Contudo, ela não nos oferece os meios necessários
para ser santo, para ser perfeito e para amar. Agora, precisamos dar um passo a
mais, e falar da incapacidade da Lei para justificar-nos diante de Deus. A
Escritura diz: “Sabendo, contudo, que o homem não é justificado por obras da
lei, e sim mediante a fé em Cristo Jesus, também temos crido em Cristo Jesus,
para que fôssemos justificados pela fé em Cristo e não por obras da lei, pois,
por obras da lei, ninguém será justificado” (Gálatas 2.16). “É evidente que,
pela lei, ninguém é justificado diante de Deus, porque ‘o justo viverá pela fé’
” (Gálatas 3.11).
Como
seres humanos, temos várias necessidades. Algumas são vitais, outras, não
muito; algumas são importantes e primárias, outras, secundárias. A principal e
mais essencial necessidade do ser humano é ser justificado diante de Deus; é
ter o próprio Deus declarando-o como não culpado; é ter o Senhor declarando-o
como justo aos seus olhos. À primeira vista, isto parece ser algo impossível
para o ser humano. Como o homem pode ser justificado diante de Deus? Deus,
nosso Juiz, é santo. Nós, seres humanos, por natureza, não somos santos. Deus,
nosso Legislador e Rei, é perfeito e justo, e exige obediência perfeita à sua
Lei. Nós, seres humanos, somos imperfeitos e não conseguimos obedecer perfeitamente
a Lei de Deus. E mesmo que conseguíssemos, ainda restaria o problema da culpa
do pecado, herdada de nosso representante, Adão. A Escritura afirma: “Mas todos
nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças, como trapo de imundícia;
todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniquidades, como um vento, nos
arrebatam” (Isaías 64.6).
As
consequências de nossa falta de justiça são inevitavelmente universais e apropriadamente
severas. A Escritura declara: “Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus”
(Romanos 3.23). “Porque o salário do pecado é a morte” (Romanos 6.23a). A justa
condenação de Deus para toda a humanidade, em virtude de seus pecados cometidos
contra um Deus puro e santo, é morte, separação eterna de Deus.
A
Lei de Deus não oferece ajuda nem provê qualquer esperança de remediar esta
terrível situação. Embora a Lei seja como um “aio para nos conduzir a Cristo”
(Gálatas 3.24), ela mesma não é capaz de nos ajudar a sair de sob a condenação
de morte. As pessoas não são “justificadas por obras da lei”. As melhores
tentativas de alguém de viver à altura da Lei nunca produzirão um veredito de
não culpado. Em toda a história da humanidade, nenhum ser humano jamais pode
cumprir perfeitamente a Lei de Deus de modo a alcançar uma declaração de ser
justo, exceto Jesus Cristo. “Pela lei, ninguém é justificado diante de Deus”
(Gálatas 3.11).
Votos
e promessas de aperfeiçoamento pessoal não trazem esperança real. Perguntar a
outros sobre como esforçar-se mais seriamente não provê ajuda verdadeira. Não
há nada que o homem possa fazer, por meio de seus próprios esforços, para mudar
sua condição de condenado à morte. “O homem não é justificado por obras da lei,
e sim mediante a fé em Cristo Jesus”. Confiar em nossos melhores esforços nos mantém
culpados diante de Deus. Confiar na obra perfeita de Cristo na cruz nos torna
justificados diante de Deus. “O justo viverá pela fé”
Rendamos graças a Deus por sua
gloriosa graça derramada sobre nós na justificação. Somente por sua graça somos
declarados como justos aos seus olhos. Somos completamente culpados diante de
sua santa Lei. Não temos desculpas e não há possibilidade de resgatar-nos a nós
mesmos. A Lei de Deus nos condena, e nunca poderemos reverter este veredito
mediante nossos esforços. Confiemos em Jesus Cristo, o Filho de Deus, e ele nos
declarará justo aos seus olhos. Rendamos ao nosso Senhor toda a honra, glória,
adoração e ação de graças, por meio de Cristo Jesus, nosso Salvador.
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