Nosso Deus e
Pai celestial, por meio de Moisés, estabeleceu sua Lei. Ela requer que sejamos
santos, que amemos a Deus e ao próximo, e que sejamos perfeitos. Somos exortados
pelas Escrituras a dar ouvidos à Lei, a fim de compreendermos seu real
propósito.
Na carta aos
Hebreus, somos informados sobre a incapacidade da Lei para nos tornar santos e
perfeitos, e nos levar a amar; e também sobre a necessidade de colocarmos nossa
esperança de salvação e perfeição em algo superior. Lemos ali: “Portanto, por
um lado se revoga a anterior ordenança, por causa de sua fraqueza e inutilidade
(pois a lei nunca aperfeiçoou coisa alguma), e, por outro lado, se introduz
esperança superior, pela qual nos chagamos a Deus” (Hebreus 7.18-19).
O Senhor Deus revela por meio de sua
Palavra que sua Lei possui uma incapacidade estratégica. Existe um fórum no
qual a Lei tem uma “fraqueza e inutilidade”. A Lei exige perfeição, mas ela não
oferece meios para alcançá-la. Esta incapacidade não é devida a algum descuido
por parte de Deus, pois sua Lei é boa (1 Timóteo 1.8), santa (Romanos 7.12),
espiritual (Romanos 7.14) e cumpre seu propósito (Gálatas 3.23-27; 4.1-7). Esta
incapacidade está relacionada com o que Deus nunca pretendeu que sua Lei
realizasse. Nunca foi sua intenção salvar e santificar o homem por meio da Lei
(Romanos 3.19-20).
A Lei de Deus não foi dada ao homem
como um instrumento para torná-lo perfeito, isto é, para ser mudado
espiritualmente (Gálatas 2.6). A Lei nos diz o que Deus deseja ver em nossas
vidas, mas a Lei não fornece os recursos para efetuar as mudanças necessárias.
Assim, tentar começar ou desenvolver um relacionamento com Deus na dependência
de nossa melhor performance sempre será um empreendimento impossível.
Qualquer pessoa que deseje
aproximar-se do Deus santo e perfeito deve ter uma expectativa mais eficaz do
que sua melhor performance pessoal, a qual é avaliada pela santa Lei de Deus.
Qualquer pessoa que queira obter conhecimento de Deus, andar com ele e viver
com ele por toda a eternidade, precisa encontrar uma “esperança superior” ou
melhor que a da Lei de Deus.
A Lei de Deus não pode dar-nos uma
posição inicial diante de Deus, isto é, ela não pode justificar-nos (Gálatas
2.6). A Lei também é incapaz de desenvolver um andar contínuo de piedade diante
do Senhor, isto é, ela não pode santificar-nos Romanos 8.3). É necessária uma
“esperança superior ou melhor” para usufruirmos de cada uma dessas preciosas
bênçãos de Deus. A graça de Deus é a “esperança superior” que nos permite
“chegar perto de Deus”, inicialmente, pelo novo nascimento, e continuamente,
pelo crescimento em intimidade.
Nosso Deus e Pai celestial é santo
quanto ao seu caráter, e sua Lei é perfeita quanto ao seu padrão. Sua Lei
exige, justificadamente, que sejamos santos e perfeitos. Somos lembrados
frequentemente que não conseguimos viver segundo os requerimentos divinos por
nossos próprios recursos. Isto nos faz lembrar a incapacidade da Lei de Deus.
Oremos, pedindo a Deus que mova nossos corações para confiar na “esperança superior”
– sua graça. Desejemos andar em intimidade cada vez maior com o Senhor, e
confiemos em sua graça como a única e suficiente esperança que nos permite
chegar e viver perto do Senhor.
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