segunda-feira, 1 de setembro de 2014

A Incapacidade da Lei



Nosso Deus e Pai celestial, por meio de Moisés, estabeleceu sua Lei. Ela requer que sejamos santos, que amemos a Deus e ao próximo, e que sejamos perfeitos. Somos exortados pelas Escrituras a dar ouvidos à Lei, a fim de compreendermos seu real propósito.
Na carta aos Hebreus, somos informados sobre a incapacidade da Lei para nos tornar santos e perfeitos, e nos levar a amar; e também sobre a necessidade de colocarmos nossa esperança de salvação e perfeição em algo superior. Lemos ali: “Portanto, por um lado se revoga a anterior ordenança, por causa de sua fraqueza e inutilidade (pois a lei nunca aperfeiçoou coisa alguma), e, por outro lado, se introduz esperança superior, pela qual nos chagamos a Deus” (Hebreus 7.18-19).
            O Senhor Deus revela por meio de sua Palavra que sua Lei possui uma incapacidade estratégica. Existe um fórum no qual a Lei tem uma “fraqueza e inutilidade”. A Lei exige perfeição, mas ela não oferece meios para alcançá-la. Esta incapacidade não é devida a algum descuido por parte de Deus, pois sua Lei é boa (1 Timóteo 1.8), santa (Romanos 7.12), espiritual (Romanos 7.14) e cumpre seu propósito (Gálatas 3.23-27; 4.1-7). Esta incapacidade está relacionada com o que Deus nunca pretendeu que sua Lei realizasse. Nunca foi sua intenção salvar e santificar o homem por meio da Lei (Romanos 3.19-20).
            A Lei de Deus não foi dada ao homem como um instrumento para torná-lo perfeito, isto é, para ser mudado espiritualmente (Gálatas 2.6). A Lei nos diz o que Deus deseja ver em nossas vidas, mas a Lei não fornece os recursos para efetuar as mudanças necessárias. Assim, tentar começar ou desenvolver um relacionamento com Deus na dependência de nossa melhor performance sempre será um empreendimento impossível.
            Qualquer pessoa que deseje aproximar-se do Deus santo e perfeito deve ter uma expectativa mais eficaz do que sua melhor performance pessoal, a qual é avaliada pela santa Lei de Deus. Qualquer pessoa que queira obter conhecimento de Deus, andar com ele e viver com ele por toda a eternidade, precisa encontrar uma “esperança superior” ou melhor que a da Lei de Deus.
            A Lei de Deus não pode dar-nos uma posição inicial diante de Deus, isto é, ela não pode justificar-nos (Gálatas 2.6). A Lei também é incapaz de desenvolver um andar contínuo de piedade diante do Senhor, isto é, ela não pode santificar-nos Romanos 8.3). É necessária uma “esperança superior ou melhor” para usufruirmos de cada uma dessas preciosas bênçãos de Deus. A graça de Deus é a “esperança superior” que nos permite “chegar perto de Deus”, inicialmente, pelo novo nascimento, e continuamente, pelo crescimento em intimidade.
            Nosso Deus e Pai celestial é santo quanto ao seu caráter, e sua Lei é perfeita quanto ao seu padrão. Sua Lei exige, justificadamente, que sejamos santos e perfeitos. Somos lembrados frequentemente que não conseguimos viver segundo os requerimentos divinos por nossos próprios recursos. Isto nos faz lembrar a incapacidade da Lei de Deus. Oremos, pedindo a Deus que mova nossos corações para confiar na “esperança superior” – sua graça. Desejemos andar em intimidade cada vez maior com o Senhor, e confiemos em sua graça como a única e suficiente esperança que nos permite chegar e viver perto do Senhor.

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