segunda-feira, 23 de março de 2015

A Graça Inicial de Deus

            Lemos nas Escrituras: “Não ensinará jamais cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu irmão, dizendo: ‘Conhece ao Senhor, porque todos me conhecerão, desde o menor até ao maior deles’, diz o Senhor. Pois perdoarei as suas iniquidades e dos seus pecados jamais me lembrarei” (Jeremias 31.34); e “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie” (Efésios 2.8-9).
            Esses textos dos dão, novamente, a oportunidade de comparar a graça justificadora e a graça santificadora. A graça inicial e a graça santificadora. Este é sempre um exercício edificante e valioso, visto que temos a tendência de nos esquecermos de que somos santificados pelos mesmos meios pelos quais somos justificados.
            A graça inicial que impactou nossas vidas para sempre foi a graça justificadora e perdoadora de Deus. Os profetas do Antigo Testamento proclamaram esta esperança. Os apóstolos do Novo Testamento a aplicaram a nós hoje. “Pois perdoarei as suas iniquidades e dos seus pecados jamais me lembrarei” (Jeremias 31.34; leia também Hebreus 8.12). Quando nos arrependemos de nossos pecados e clamamos pelo nome de Jesus, somos perdoados e justificados, isto é, somos declarados sem culpa e justos aos olhos de Deus.
            Esta obra salvadora de Deus, realizada em nosso favor, foi toda efetuada pela graça de Deus. “Porque pela graça sois salvos” (Efésios 2.8). A graça salvadora é aplicada na vida das pessoas quando elas confiam em Jesus Cristo como seu único e suficiente Senhor e Salvador. “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé” (Efésios 2.8).
            Nada desse processo tem sua origem no homem. Todo ele vem de Deus e é efetuado por Deus. “E isto não vem de vós; é dom de Deus” (Efésios 2.8). Nenhum aspecto da salvação procede dos esforços humanos, desse modo ninguém será capaz de gabar-se de contribuir com sua salvação. “Não de obras, para que ninguém se glorie” (Efésios 2.9). E “Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor” (1 Coríntios 1.31).
            Sim, até mesmo a fé não tem sua origem no homem. Jesus é “o Autor e Consumador da fé” (Hebreus 12.2). Quando cremos no Senhor Jesus, esse ato foi em resposta a uma obra autoritativa e reveladora que ele fez em nosso favor. Jesus manifestou-se a nós por meio do Evangelho como aquele que é apto para salvar pecadores. O Espírito Santo nos convenceu de nossa necessidade. Nós confiamos em sua obra salvadora feita por nós. Desse modo ele gerou a fé em nós. Por isso, “Digno é o Cordeiro que foi morto de receber o poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e louvor” (Apocalipse 5.12).
            Como vimos anteriormente, e teremos oportunidade de examinar novamente, a graça de Deus, da qual participamos pelo novo nascimento e pela justificação, é a mesma que deve continuamente operar em nós para o crescimento e a santificação.
            Rendamos graças ao Deus da nossa salvação, por ele nos fazer ver claramente o quanto nossa salvação depende de sua graça salvadora. Rendamos graças por este inestimável dom da graça, pois quão glorioso é estar justificado aos seus olhos. E cresçamos diariamente em uma vida de santificação, olhando para o Senhor e recebendo dele a graça necessária para isso.

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