Devemos, por um pouco mais, meditar sobre a relação entre a graça de Deus
e o fruto espiritual. Voltemos nossa atenção para duas porções das Escrituras:
“Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá
muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer” (João 15.5); e “Mas o fruto do
Espirito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade,
fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei” (Gálatas
5.22-23).
Quando
permanecemos em Cristo, o fruto espiritual é desenvolvido em nossas vidas. Isto
ocorre por meio da obra do Santo Espírito, que aplica os recursos da graça de
Deus em nosso homem interior. Esse produto espiritual, então, aparece como um
caráter piedoso em nós.
O amor é a primeira indicação de que confiamos no
Senhor para produzir fruto em nós. A Escritura afirma: “O fruto do Espírito é:
amor”. De fato, alguns veem o amor como um fruto singular, tendo a alegria, a
paz e etc., como aspectos deste fruto. É o amor divino (amor ágape), um amor que
flui do coração de Deus, como afirma João: “Amados, amemo-nos uns aos outros,
porque o amor procede de Deus; e todo aquele que ama é nascido de Deus e
conhece a Deus” (1 João 4.7). Este amor não é incitado pela “amabilidade” do
objeto. Ele é um amor único e celestial, disponível apenas a partir do Senhor.
“O fruto do Espírito é:... alegria” Alegria é contentamento
de coração, uma felicidade espiritual interior que não depende das
circunstâncias. É um deleite espiritual no Senhor, o qual sempre está
disponível não importa o que esteja acontecendo ao nosso redor. “Alegrai-vos
sempre no Senhor; outra vez vos digo: alegrai-vos” (Filipenses 4.4).
“O fruto do Espírito é:... paz”. Esta paz está relacionada
com o fim da hostilidade entre partes inimigas. Ela afeta nosso relacionamento
com o Senhor O Espírito diz: “Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com
Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo” (Romanos 5.1). Ela também impacta
nossos relacionamentos com as outras pessoas. “Porque ele é a nossa paz, o qual
de ambos fez um; e, tendo derribado a parede da separação que estava no meio, a
inimizade” (Efésios 2.14). Esta paz também envolve uma calma e tranquilidade
espirituais dentro de nossos corações. “Não andeis ansiosos de coisa alguma; em
tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus as vossas petições, pela oração e
súplica, com ações de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento,
guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus” (Filipenses 4.6-7).
“O fruto do
Espírito é:... longanimidade”. Longanimidade inclui paciência e indulgência.
Ela inclui uma disposição de perdoar e não procurar a vingança. Note o que a
Escritura diz: “Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de
ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de
longanimidade. Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém
tenha motivo de queixa contra outrem” (Colossenses 3.12-13).
Observe cuidadosamente; não produzimos essas
qualidades por meio de nossa capacidade pessoal. Esse fruto é obra de Deus em
nós: “O fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade”.
Busquemos ao Senhor, nossa esperança e suficiência,
confessando prontamente que, às vezes, não amamos ao próximo, somos tristes,
somos briguentos ou somos impacientes. Desejando permanecer nele, roguemos a
ação do Espírito Santo em nós, e a produção desse belo fruto espiritual de semelhança
a Cristo em nossa vida.
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