domingo, 12 de julho de 2015

Mais Sobre Graça e Fruto Espiritual



Precisamos caminhar um pouco mais em nossa me­ditação sobre a relação da graça com o fruto espiritual. O Senhor nos diz em sua Palavra: “Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós. Como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se não permanecer na videira, assim, nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em mim. Eu sou a videi­ra, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer” (João 15.4-5).
Embora esses versículos não façam menção direta a graça, eles são uma explicação clássica da graça que pro­duz fruto na vida de pessoas. A linguagem descreve uma videira, onde os frutos crescem nos ramos que estão apropri­adamente ligados a ela. Então, esta realidade física é aplica­da figuradamente ao fruto espiritual que se desenvolve em nossas vidas, se estivermos corretamente ligados a Jesus.
Por meio desse ensino, nosso Senhor nos lembra de que os ramos literais não são capazes de produzir fruto por si mesmos. Observe o que o Senhor Jesus diz: “Como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo”. Somos ramos espirituais, igualmente não somos capazes de produzir qual­quer fruto por nós mesmos. “Assim nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em mim”. Sua afirmação é categórica. De fato, nosso potencial de produzir um genuíno fruto espiritual é zero, pois ele afirma: “Porque sem mim nada podeis fazer”. O máximo que podemos esperar produzir são frutos religiosos de cera. Eles procedem de nossas tentativas carnais para parecermos piedosos ou eficazes. As pessoas podem ser enganadas por eles, mas Deus nunca o será. Além disso, as pessoas não podem ser edificadas mediante sua participação neles, e Deus não pode ser glorificado por meio deles.
O verdadeiro fruto resulta do contínuo desenvolvi­mento da vida. A vida é inata apelas à videira, não aos ramos. Para uma videira desenvolver qualquer ramo, a vida da videi­ra deve fluir para o ramo e agir dentro dele. Assim ocorre conosco. Note as palavras do Senhor “Eu sou a videira, vós, os ramos”. Esta distinção é vital. Nunca devemos esquecer essa diferença, se desejamos produzir fruto. A vida que ne­cessitamos para frutificar está nele não em nós. Sem ele e sem sua vida em nós, nada somos e nada podemos fazer.
Como nos beneficiamos desta vida que é essencial para gerar fruto? O Senhor responde a essa pergunta dizen­do: “Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós”. Deve­mos olhar para Jesus para receber vida, confiar nele para que ele viva em e através de nós. Então, sua vida, operando em nós, produz fruto de semelhança a Cristo. Como sabemos que permanecemos nele? Se estamos dispostos a depender de Jesus para produzir fruto espiritual como o ramo depende de sua videira para produzir uvas então verdadeiramente permanecemos em Cristo. Essa dependência leva à forte expectativa de grande medida da semelhança a Cristo ser desenvolvida em e através de nós. Pois ele afirma: “Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto”.
Isto é claramente a graça em ação, como vista nas realidades relacionais de humildade e fé. A humildade está em ação quando reconhecemos “Sem mim nada podeis fa­zer”. A fé é exercida quando cremos que “Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto”.
            Olhemos para o Senhor Jesus, concordando humil­demente com o fato de que não podemos produzir fruto espi­ritual por nós mesmos; admitindo que, sem a sua atuação em nós, nunca poderemos manifestar qualquer piedade genuína. Desse modo, com grande expectativa, olhemos para Jesus, aguardando dele a provisão da vida que necessitamos para produzir muito fruto.

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