Meditemos mais um pouco sobre a relação da graça de
Deus com as boas obras que realizamos. Em 2 Coríntios 9.8, as Escrituras nos
dizem: “Deus pode fazer-vos abundar em toda graça, a fim de que, tendo sempre,
em tudo, ampla suficiência, superabundeis em toda boa obra.”
Quando consideramos a conexão entre a graça e as boas
obras, a habilidade de Deus é a questão prioritária. “Deus pode fazer-vos
abundar em toda graça”, é a afirmação bíblica. O Senhor pretende que sejamos os
objetos de sua graça contínua. Nosso Deus é plenamente capaz de realizar esse
derramamento de sua graça.
O Senhor deseja “fazer-vos abundar em toda graça”. Ele
quer impactar nossas vidas com todos os aspectos de sua graça, pois o Espírito
diz, “abundar em toda graça”. Ele possui graça disponível para cada categoria
que necessitemos. Ele está pronto para inundar nossas vidas com sua graça.
Observe que a Escritura diz, “abundar em toda graça”. Este termo, abundar, pode
ser ilustrado usando-se as ondas do mar. Elas rolam continuamente sobre a
praia, deixando sua inevitável marca.
A graça de Deus impacta o coração humilde e confiante desta maneira, concedendo tudo que é
necessário para um serviço eficiente. Note novamente a afirmação bíblica: “a
fim de que, tendo sempre, em tudo ampla suficiência, superabundeis em toda boa
obra”. A Escritura fala de colocarmos nossa dependência no Senhor, pois ele
supre tudo quanto é necessário (“ampla suficiência”) para tudo que ele tem
preparado para fazermos (“em tudo”).
O contexto imediato relaciona esta verdade à provisão
financeira; todavia, a linguagem vai muito além de qualquer limitação
circunstancial, pois a declaração é “tendo sempre, em tudo, ampla suficiência”.
Isto significa qualquer necessidade em qualquer situação. Se necessitamos da
graça para a vida familiar segundo o padrão bíblico, isto se encontra incluído.
Se necessitamos da graça para empreender uma atividade piedosa, ela nos é
oferecida. Se necessitamos da graça para testemunhar ela está inclusa nessa
declaração. Se necessitamos da graça para o ministério na igreja, ela é
oferecida aqui. Mais uma vez, preste atenção ao que Deus diz: “a fim de que,
tendo sempre, em tudo, ampla suficiência”.
Nosso Deus é um Mestre generoso, que ama conceder generosamente
seus recursos a seus servos. Ele quer que eles tenham sempre ampla suficiência
em tudo para que “superabundeis em toda boa obra”. Contudo, esta generosidade
não é para capricho pessoal ou indulgência carnal. A graça é concedida com o
propósito de realizarmos em abundância boas obras. A abundância de Deus, sua “ampla
suficiência”, é para a promoção de sua vontade aqui na terra. Assim, somos
encorajados a realizá-las. Se nosso desejo é servir ao nosso Senhor, há
imensuráveis tesouros espirituais disponíveis para nosso serviço.
Isto não significa que estamos isentos de um período
de aparente carência. Temos lições a aprender, as quais devem ser ensinadas
durante tempos de adversidade, bem como durante tempos de abundância. O Senhor
ensinou isso ao apóstolo Paulo, do que ele dá testemunho, dizendo: “Tanto sei
estar humilhado como também ser honrado; de tudo e em todas as circunstâncias,
já tenho experiência, tanto de fartura como de fome; assim de abundância como
de escassez; tudo posso naquele que me fortalece” (Filipenses 4.12-13).
Oremos,
ao doador de todas as coisas boas e do dom perfeito, pedindo que nos lembre de
olharmos para ele em busca de sua abundante graça, em cada provação, em cada
tentação e em cada oportunidade. Reconheçamos nossa necessidade dos momentos
de deleite providos por ele, da mesma forma como precisamos dos momentos de
angústia permitidos por ele. Reconheçamos nossa total dependência dele.
Roguemos que nos use para fazer sua vontade neste mundo rebelde; e rendamos
graças por encontrarmos nele a graça que necessitamos para servi-lo.
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