segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Mais sobre Graça e Boas Obras



Precisamos voltar ao tema da graça e das boas obras, a fim de refletir um pouco mais sobre esse importante tema. Lucas, o médico e companheiro de Paulo, relata: “E dali navegaram para Antioquia, onde tinham sido recomendados à graça de Deus para a obra que haviam já cumprido. Ali chegados, reunida a igreja, relataram quantas coisas fizera Deus com eles e como abrira aos gentios a porta da fé” (Atos 14.26-27).
            Quando o apóstolo Paulo e seus companheiros deixaram sua igreja, em Antioquia, eles foram recomendados à graça de Deus”. Os cristãos de Antioquia confiaram no Senhor para conceder graça suficiente para essa exigente missão.
            Que jornada maravilhosa foi essa. Eles enfrentaram um falso profeta logo no início da viagem, quando tentaram alcançar um oficial local. Paulo confrontou corajosamente seu oponente pelo poder do Espírito, dizendo: “Ó filho do diabo, cheio de todo engano e de toda a malícia, inimigo de toda a justiça, não cessarás de perverter os retos caminhos do Senhor?” (Atos 13.10). Quando o Senhor golpeou este feiticeiro cego, o líder civil creu.
            Então, em Perge, Paulo pregou de modo eficaz sobre o Cristo ressurreto na sinagoga. “No sábado seguinte, afluiu quase toda a cidade para ouvir a palavra de Deus” (Atos 13.44). Quando se levantou oposição judaica, os companheiros de Paulo ofereceram o evangelho aos gentios. Como afirma a Escritura: “Os gentios, ouvindo isto, regozijavam-se e glorificavam a palavra do Senhor, e creram todos os que haviam sido destinados para a vida eterna. E divulgava-se a palavra do Senhor por toda aquela região” (Atos 13.48-49).
            A seguir, em Icônio, muito fruto foi produzido apesar da substancial oposição, pois, “Em Icônio, Paulo e Barnabé entraram juntos na sinagoga judaica e falaram de tal modo, que veio a crer grande multidão, tanto de judeus como de gregos. Mas os judeus incrédulos incitaram e irritaram os ânimos dos gentios contra os irmãos. Entretanto, demoraram-se ali muito tempo, falando ousadamente no Senhor, o qual confirmava a palavra da sua graça, concedendo que, por mão deles, se fizessem sinais e prodígios” (Atos 14.1-3).
            Mais tarde, em Listra, Paulo foi apedrejado por aqueles que resistiram ao evangelho. Todavia, ele não ficou em silêncio, seguiu para Derbe e outras cidades. “E, tendo anunciado o evangelho naquela cidade e feito muitos discípulos, voltaram para Listra, e Icônio, e Antioquia, fortalecendo a alma dos discípulos, exortando-os a permanecer firmes na fé; e mostrando que, através de muitas tribulações, nos importa entrar no reino de Deus” (Atos 14.21-22).
            Agora, os missionários estão de volta a sua igreja em Antioquia. A obra planejada por Deus estava terminada, porque sua graça conduz sua obra à conclusão. Eles foram “recomendados à graça de Deus para a obra que haviam já cumprido”. Então, quando eles trazem seu relato, falam do que Deus fez, não do que eles fizeram. Observe: “relataram quantas coisas Deus fizera com eles e como abrira aos gentios a porta da fé”.
            Com estas coisas em mente, coloquemo-nos em oração diante de nosso amado Pai celestial, rogando que nos ensine a confiar na sua graça para realizarmos as tarefas para as quais ele nos chama; reconheçamos que facilmente confiamos em nós mesmos, o que nos leva a um trabalho incompleto; e suplicando que, quando cumprirmos nossas responsabilidades, sejamos capacitados a dar toda glória a ele, não a nós.

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