Retomando
o tema da nova aliança da graça, observemos que essa aliança não é um contrato
comercial, ou um acordo de negócios, mas uma aliança de relacionamento. Observe,
especialmente, os seguintes textos: “No qual temos a redenção, pelo seu sangue,
a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça” (Efésios 1.7); “Mas,
agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, fostes aproximados pelo
sangue de Cristo” (Efésios 2.13).
A
bênção suprema da nova aliança da graça é aquela que permite que as pessoas
desenvolvam um relacionamento íntimo com o Deus vivo e verdadeiro. Começamos
nossa história pessoal completamente separados de Deus, observe o que a
Escritura diz: “vós, que antes estáveis longe”. Como podemos compreender a
“grande distância relacional” que os nossos pecados produziram entre nós e o
Senhor? Não podíamos nos relacionar com ele. Não podíamos falar com ele ou
usufruir de sua presença. Nós estávamos, “sem Cristo, separados da comunidade
de Israel e estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança e sem Deus
no mundo” (Efésios 2.12). Por isso, estávamos “alheios à vida de Deus” (Efésios
4.18). Então, “segundo a riqueza da sua graça” (Efésios 1.7), encontramos “a
remissão dos pecados”, quando Jesus derramou seu sangue na cruz, a fim de pagar
o preço de nossa redenção, como diz a Escritura, “no qual temos a redenção,
pelo sangue” (Efésios 1.7).
Agora,
o quadro todo é drasticamente mudado. “Mas, agora, em cristo Jesus, vós, que
antes estáveis longe, fostes aproximados pelo sangue” (Efésios 2.13). Não
estamos mais alienados de Deus. Observe a seguinte declaração, “Assim, já não
sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois da família
de Deus” (Efésios 2.19). Agora, somos membros da família de Deus. “E, porque
vós sois filhos, enviou Deus ao nosso coração o Espírito de seu Filho, que
clama: Aba, Pai!” (Gálatas 4.6). Mediante a obra do Espírito Santo em nossos
corações, clamamos intimamente ao Senhor Deus como “Pai celestial!” isto
“Porque não recebestes o espírito de escravidão, para viverdes, outra vez,
atemorizados, mas recebestes o espírito de adoção, baseados no qual clamamos:
Aba, Pai. O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de
Deus” (Romanos 8.15-16). Nós clamamos: “Aba, Pai!”, o Espírito Santo, que
habita em nós, nos dá uma confirmação espiritual, profunda e interna, de que
verdadeiramente somos filhos de Deus.
Nosso
Pai celestial deseja construir um relacionamento íntimo conosco, seus filhos.
Ele deseja fazer-nos conhecer seu amor. “Ora, a esperança não confunde, porque
o amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi
outorgado” (Romanos 5.5). Ele deseja, também, que respondamos a ele em amor.
Observe
as seguintes declarações da Escritura: “Nós amamos porque ele nos amou
primeiro” (1 João 4.19). Ele deseja recorramos a ele, para que ele responda: “Invoca-me,
e te responderei; anunciar-te-ei coisas grandes e ocultas, que não sabes”
(Jeremias 33.3). “Confiai nele, ó povo, em todo tempo; derramai perante ele o
vosso coração; Deus é o nosso refúgio” (Salmo 62.8). Mediante a graça de Deus,
o caminho para a intimidade está, agora, aberto diante de nós.
Portanto, coloquemo-nos de joelhos e
invoquemos nosso Aba, Pai: rendendo graças por nos lavar de nossos pecados;
louvando-o por nos trazer para perto dele; desejando crescer no gozo dessa
intimidade com ele; suplicando seu auxílio para vermos seu imenso amor mais
claramente, a fim de podermos responder positivamente, amando-o; pedindo que
nos faça lembrar sempre de clamar a ele consistentemente e de derramar nosso
coração honestamente perante ele.
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