A Escritura fala do papel do Espírito Santo, na
nova aliança, como sendo o meio pelo qual a vida é dada ao homem. Ela afirma: “O espírito é o que vivifica; a carne para nada aproveita; as palavras que eu
vos tenho dito são espírito e são vida” (João 6.63). “O qual nos habilitou para
sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do espírito; porque a
letra mata, mas o espírito vivifica” (2 Coríntios 3.6).
A nova aliança da graça, feita pelo Senhor, é uma
aliança do Espírito: “[Deus] o qual nos habilitou para sermos ministros de uma
nova aliança... do espírito”. Qualquer aproximação de Deus por outro caminho
que não seja o Espírito resulta em morte espiritual.
O ser humano precisa de vida, inicial e continuamente.
Necessitamos dela inicialmente, porque todos nós estamos mortos espiritualmente
devido ao nosso pecado e culpa. “Ele vos deu vida, estando vós mortos nos
vossos delitos e pecados, nos quais andastes outrora, segundo o curso deste
mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos
filhos da desobediência; entre os quais também todos nós andamos outrora,
segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos
pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais”
(Efésios 2.1-3). O único remédio para essa morte espiritual é a vida
espiritual, dada por Deus por meio do Espírito Santo: “Mas Deus sendo rico em
misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, e estando nós mortos
em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo – pela graça sois salvos”
(Efésios 1.5-6).
O ser humano também precisa de vida contínua, “porque
a letra mata”. Se formos deixados à mercê de nossos melhores esforços, após
termos recebido nova vida em Cristo, estaremos nos debatendo sob a escravidão
de regra e regulamentos humanos. Isto é morrer espiritualmente.
Jesus Cristo veio à terra para oferecer às pessoas
plenitude de vida. Ele disse: “O ladrão vem somente para roubar, matar e
destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância” (João 10.10). O
Senhor Jesus ensinou que se o buscarmos para nossa nutrição espiritual, encontraremos
vida contínua, pois ele declarou: “Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais
terá fome; e o que crê em mim jamais terá sede” (João 6.35) Jesus não se
referiu a si mesmo como um líder que estabelece uma nova religião. Pelo
contrário, ele afirmou sobre si mesmo: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a
vida; ninguém vem ao Pai senão por mim” (João 14.6). Quando os primeiros
discípulos foram libertos da prisão, não foi dito a eles que recrutassem novos
membros para um movimento. Em vez disso, eles foram instruídos a: “Ide e,
apresentando vos no templo, dizei ao povo todas as palavras desta Vida” (Atos
5.20).
A vida que Jesus veio conceder é sua própria vida
expressa em nós e por nosso intermédio. A Escritura afirma que Cristo “é a
nossa vida” (Colossenses 3.4). Essa vida produz um estilo de vida marcado por
seu amor, sua alegria, sua paz, sua sabedoria, sua coragem – e tudo
mais que pertence ao seu caráter santo. A nova aliança de sua graça exibe essa
vida, e o Espírito Santo entrega essa vida aos corações humildes e confiantes,
pois “O espírito é o que vivifica”.
Dobremos nossos joelhos em oração, reconhecendo que o
Senhor Jesus é a nossa vida e que não temos nenhuma outra esperança ou fonte de
verdadeira vida. Louvemos ao Senhor por sua paciência para conosco quando tentamos produzir vida
semelhante à de Cristo por meio de regras e regulamentos. Busquemos ao Senhor
que nos deu vida inicialmente por seu Espírito, a fim de nos alimentarmos
continuamente dele com novas medidas de sua vida por meio do Espírito Santo.
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