segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Outra figura da plenitude do Espírito Santo



Encontramos nas Escrituras uma figura de extra­ordinária beleza, profundidade e graça. No final da Festa dos Tabernáculos, quando esta alcançava seu clímax, o Senhor Jesus repete de forma dramática a mensagem que havia pregado à mulher samaritana (João 4.10-14), dei­xando claro o significado de crer nele. “No último dia, o grande dia da festa, levantou-se Jesus e exclamou: ‘Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crê em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva.’ Isto ele disse com respeito ao Espírito que haviam de receber os que nele cressem; pois o Espírito até aquele momento não fora dado, porque Jesus não havia sido ainda glorificado” (João 7.37-39).
Estas palavras de Jesus fornecem outra figura do que é a plenitude do Espírito Santo, bem como do modo de caminhar nessa abundância espiritual. Seus comentá­rios são dirigidos àqueles que estão com sede: “Se al­guém tem sede”. Neste contexto espiritual, a sede pode falar da penosa aridez que frequentemente acompanha a necessidade ou a carência. Pressões, responsabilidades, ocupações, desapontamentos e preocupações com coisas terrenas podem tomar a alma humana árida. Correspon­dendo a esta necessidade, a sede pode se referir ao ávido desejo por aquelas bênçãos celestiais que trazem refrigé­rio e restauram nossa vida interior. Essas condições de sede aplicam-se a todos nós em várias ocasiões.
Jesus nos fala exatamente como remediar essa sede. “Venha a mim e beba”. Devemos levar essas necessidades ao Senhor Jesus Cristo e beber dele. Frequen­temente tentamos satisfazer essa sede bebendo em ou­tras fontes. Pessoas sedentas ao redor do mundo tentam encontrar alívio de sua sede por meio da educação, do trabalho, da religião, da política do entretenimento, do dinheiro, das drogas e etc. Todas elas se deparam com a verdade que nosso Senhor revelou à mulher samaritana junto ao poço: “Quem beber desta água tomará a ter sede; aquele, porém, que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede, pelo contrário, a água que eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna” (João 4.13). Devemos levar nossa sede espiritual a uma pessoa, à “Pessoa”, o Senhor Jesus.
Todavia, como fazemos para beber das fontes de Jesus que saciam a sede? Ele indicou os meios na frase seguinte: “Quem crê em mim”. Quando levamos nossas necessidades áridas e secas a Jesus e cremos que ele pode satisfazê-las, bebemos do que somente o Senhor pode oferecer. Bebemos das fontes de Cristo pela fé. Jesus incluiu esse discernimento em seu discurso sobre o pão da vida. “Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais terá fome; e o que crê em mim jamais terá sede” (João 6.35).
Inquestionavelmente, Jesus sempre satisfaz a sede legítima que levamos a ele. Todavia, há mais dispo­nível aqui. Água espiritual que Cristo fornece também atua dentro da alma sedenta, “a água que eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna” (João 4.14). Esse suprimento do Espírito Santo fomenta a vida abun­dante dentro do coração sedento. Finalmente, essa fonte que cresce dentro de nós flui para outros. “Do seu interior fluirão rios de água viva”. Os corações áridos e secos que vêm a Jesus em fé, não apenas encontram satisfação para a sede, mas consequentemente derramam vida no Espírito sobre outros. 
Coloquemo-nos, em oração, diante daquele que conhece os lugares secos de nossa vida. Levemos a ele cada um desses lugares áridos, crendo que ele pode satisfazer essas necessidades. Abramos nosso coração para a obra do Espírito Santo de saciar a profunda sede de nosso coração; e louvemos ao Senhor pela expectativa de termos nossa aridez transformada em torrentes de águas vivas para abençoar a outros.

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