Assentado à mesa, com seus discípulos, para celebrar a Páscoa e instituir o sacramento da Santa Ceia, o Senhor Jesus dez a seguinte afirmação: “Pois vos digo que, de agora em diante, não mais beberei do fruto da videira, até que venha o reino de Deus. e, tomando um pão, tendo dado graças, o partiu e lhes deu, dizendo: ‘Isto é o meu corpo oferecido por vós; fazei isto em memória de mim.’ Semelhantemente, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: ‘Este é o cálice da nova aliança no meu sangue derramado em favor de vós’.” (Lucas 22.18-20).
Da mesma forma como a nova aliança da graça é uma
aliança do Espírito; ela é também uma aliança de ressurreição. Quando
permitimos que a graça de Deus opere em nós, Deus aplica a ressurreição de
Cristo em nossas vidas. Essa obra graciosa propicia acesso a, e nos toma
participantes da, vida eterna de nosso ressuscitado, triunfante e vivo Senhor
Jesus.
As Escrituras indicam de muitas maneiras que a ressurreição está profundamente
entrelaçada no tecido da vida pela graça. Quando Jesus instruiu sobre a Ceia do
senhor (em sua última Páscoa), ele estava apenas a poucas horas de sua
iminente morte na cruz. Todavia, ele indicou que celebraria novamente com eles
essa refeição memorial de salvação. Ele disse: “de agora em diante, não mais
beberei do fruto da videira, até que venha o reino de Deus.” Isto somente seria
possível mediante a subsequente ressurreição. Essa referência a sua
ressurreição foi feita em conjunto com comentários acerca da nova aliança. Pois
ele acrescenta: “Este é o cálice da nova aliança no meu sangue derramado em
favor de vós.” A ressurreição encontra-se, aqui, ligada a nova aliança da
graça.
Logo depois desta declaração a respeito de sua
ressurreição, Jesus foi crucificado Três dias mais tarde, a ressurreição se
tomou realidade. Quando algumas mulheres foram ao sepulcro com especiarias e
óleos seres angélicos anunciaram um fato histórico consumado. A ressurreição
provou inegavelmente que Jesus é o Filho de Deus: “Foi declarado Filho de Deus
com poder, segundo o espírito de santidade pela ressurreição dos mortos, a
saber, Jesus Cristo, nosso Senhor” (Romanos 1.4). O sacrifício de Jesus pelo pecado foi aceito pelo Pai: “e
ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos próprios,
mas ainda pelos do mundo inteiro” (1 João 2.2). Agora, a graça de Deus pode ser
derramada sobre todos aqueles que creem no Senhor Jesus.
Cinquenta dias depois da crucificação (no dia de Pentecoste), o Espírito
Santo foi derramado sobre os seguidores de Cristo. Capacitados por seu
Espírito, a igreja primitiva começou a viver no poder da ressurreição,
proclamando ousadamente a ressurreição vitoriosa de seu Senhor eternamente
ordenada. “Sendo este entregue pelo determinado desígnio e presciência de Deus,
vós o matastes, crucificando-o por mãos de iníquos; ao qual, porém, Deus
ressuscitou, rompendo os grilhões da morte; porquanto não era possível fosse
ele retido por ela” (Atos 2.23-24).
Nosso
Salvador ressuscitou! Louvemos ao Deus Pai pela ressurreição do Deus Filho,
Jesus, nosso Salvador e Senhor. Esperançosos, celebremos com grande
antecipação a Ceia do Senhor, a qual um dia celebraremos em plena realidade no
reino de Deus. Enquanto isso, roguemos pela ação em nossa vida das riquezas da
sua graça, assegurada por sua morte sacrificial e por sua ressurreição vitoriosa.
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