domingo, 5 de junho de 2016

A ressurreição e a santificação



Tendo meditado na relação entre a ressurreição e a justificação, dediquemos agora um pouco de tempo para refletir sobre a relação entre a ressurreição e a santificação. Para isso, leiamos o que o Espírito diz por meio do apóstolo Paulo: “Iluminados os olhos do vosso coração, para saberdes qual é a esperança do seu chamamento, qual a riqueza da glória da sua herança nos santos e qual a suprema grandeza do seu poder para com os que cremos, segundo a eficácia da força do seu poder; o qual exerceu ele em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos e fazendo-o sentar à sua direita nos lugares celestiais” (Efésios 1.18-20).
            Exatamente como a ressurreição exerce um papel essencial no início de nossa caminhada com Deus (na justificação), ela também exerce um papel insubstituível na continuação de nossa caminhada com Deus (na santificação). Na nova aliança da graça, a ressurreição está envolvida do início ao fim da vida cristã. A ressurreição está vinculada à justificação, bem como à santificação.
            O texto da Escritura mencionado acima é uma das grandes orações encontradas na Bíblia. Essa passagem começa com uma súplica a Deus para que nos conceda discernimento espiritual. Ela diz: “Iluminados os olhos do vosso coração”. O que é pedido nessa oração determina se o cristão viverá sua vida cristã usando o poder divino ou usando a fraqueza humana. Deus deseja dar-nos um discernimento celestial sobre este assunto vital. É seu propósito, por meio desse discernimento espiritual, levar-nos a um andar pessoal concernente a esta realidade, pois ele diz: “para saberdes”. O assunto dessa oração deve tornar-se parte de nosso conhecimento e de nossa experiência diária.
            O Senhor deseja que experimentemos da própria fonte de poder a fim de vivermos a vida cristã. A Escritura diz “para saberdes... qual a suprema grandeza do seu poder para com os que cremos”. Nós, que fomos justificados (declarados justos) por meio da fé em Cristo, não devemos pensar em enfrentar as circunstâncias e situações do dia a dia com nossos recursos escassos e inadequados. Nós, que nascemos de novo por meio do Espírito Santo, devemos viver esta nova vida pelo poder de Deus!
            O aspecto do poder de Deus que se tem em vista aqui é o poder da ressurreição, pois o Senhor diz: “segundo a eficácia da força do seu poder; o qual ele exerceu em Cristo, ressuscitando- dentre os mortos”. Pense sobre a força do poder de Deus que operou transformando Jesus de um Salvador crucificado para um Senhor ressuscitado e vitorioso. Este é o poder que nosso Deus deseja derramar e exercer em nós dia a dia.
            Como foi grande essa exibição de poder! E esse poder está disponível a nós. Observe o que a Bíblia diz: “fazendo-o sentar à sua direita nos lugares celestiais.” Esse imenso poder divino, que ressuscitou a Jesus da morte, também o fez subir ao céu e assentar-se à mão direita do Pai no reino celestial. Com absoluta certeza, esse poder é suficiente para tirar-nos de qualquer situação mortal de nossas mentes ou de nossas circunstâncias.
            Portanto, coloquemo-nos diante de nosso amado Deus, cujo poder ressuscitou a Jesus dentre os mortos e o elevou ao céu. Reconheçamos que por muitos dias e anos vivemos sem nos voltarmos para ele em busca da força do seu poder; reconheçamos que temos vivido por meio de um poder que vem de nós mesmos – poder da vontade, poder emocional, poder mental. Arrependidos por confiar em recursos tão débeis, busquemos seu perdão e a capacitação para ver, por sua graça, que o poder da ressurreição deve ser nosso suprimento diário. E supliquemos que ele opere diariamente em nós o poder da ressurreição.

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