Tendo meditado na relação entre a ressurreição e a
justificação, dediquemos agora um pouco de tempo para refletir sobre a relação
entre a ressurreição e a santificação. Para isso, leiamos o que o Espírito diz
por meio do apóstolo Paulo: “Iluminados os olhos do vosso coração, para
saberdes qual é a esperança do seu chamamento, qual a riqueza da glória da sua
herança nos santos e qual a suprema grandeza do seu poder para com os que
cremos, segundo a eficácia da força do seu poder; o qual exerceu ele em Cristo,
ressuscitando-o dentre os mortos e fazendo-o sentar à sua direita nos lugares
celestiais” (Efésios 1.18-20).
Exatamente como a ressurreição exerce
um papel essencial no início de nossa caminhada com Deus (na justificação), ela
também exerce um papel insubstituível na continuação de nossa caminhada com
Deus (na santificação). Na nova aliança da graça, a ressurreição está envolvida
do início ao fim da vida cristã. A ressurreição está vinculada à justificação,
bem como à santificação.
O texto da Escritura mencionado
acima é uma das grandes orações encontradas na Bíblia. Essa passagem começa com
uma súplica a Deus para que nos conceda discernimento espiritual. Ela diz:
“Iluminados os olhos do vosso coração”. O que é pedido nessa oração determina
se o cristão viverá sua vida cristã usando o poder divino ou usando a fraqueza
humana. Deus deseja dar-nos um discernimento celestial sobre este assunto
vital. É seu propósito, por meio desse discernimento espiritual, levar-nos a um
andar pessoal concernente a esta realidade, pois ele diz: “para saberdes”. O
assunto dessa oração deve tornar-se parte de nosso conhecimento e de nossa
experiência diária.
O Senhor deseja que experimentemos
da própria fonte de poder a fim de vivermos a vida cristã. A Escritura diz
“para saberdes... qual a suprema grandeza do seu poder para com os que cremos”.
Nós, que fomos justificados (declarados justos) por meio da fé em Cristo, não
devemos pensar em enfrentar as circunstâncias e situações do dia a dia com
nossos recursos escassos e inadequados. Nós, que nascemos de novo por meio do
Espírito Santo, devemos viver esta nova vida pelo poder de Deus!
O aspecto do poder de Deus que se
tem em vista aqui é o poder da ressurreição, pois o Senhor diz: “segundo a
eficácia da força do seu poder; o qual ele exerceu em Cristo, ressuscitando-
dentre os mortos”. Pense sobre a força do poder de Deus que operou transformando
Jesus de um Salvador crucificado para um Senhor ressuscitado e vitorioso. Este
é o poder que nosso Deus deseja derramar e exercer em nós dia a dia.
Como foi grande essa exibição de
poder! E esse poder está disponível a nós. Observe o que a Bíblia diz:
“fazendo-o sentar à sua direita nos lugares celestiais.” Esse imenso poder
divino, que ressuscitou a Jesus da morte, também o fez subir ao céu e
assentar-se à mão direita do Pai no reino celestial. Com absoluta certeza, esse
poder é suficiente para tirar-nos de qualquer situação mortal de nossas mentes
ou de nossas circunstâncias.
Portanto, coloquemo-nos
diante de nosso amado Deus, cujo poder ressuscitou a Jesus dentre os mortos e o
elevou ao céu. Reconheçamos que por muitos dias e anos vivemos sem nos
voltarmos para ele em busca da força do seu poder; reconheçamos que temos
vivido por meio de um poder que vem de nós mesmos – poder da vontade, poder
emocional, poder mental. Arrependidos por confiar em recursos tão débeis,
busquemos seu perdão e a capacitação para ver, por sua graça, que o poder da
ressurreição deve ser nosso suprimento diário. E supliquemos que ele opere
diariamente em nós o poder da ressurreição.
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