Uma
graciosa consolação nos é dada nos dois versículos que seguem: “Quem comer a
minha carne e beber o meu sangue permanece em mim, e eu, nele” (João 6.56);
“Naquele dia, vós conhecereis que eu estou em meu Pai, e vós, em mim, e eu, em
vós” (João 14.20).
Nos
versículos acima, vemos novamente a extensão do relacionamento íntimo que a
Nova Aliança da graça provê. Uma espantosa intimidade é expressa nessas
palavras: “permanece em mim, e eu, nele”. Não chegamos meramente perto de
Cristo, nem tem ele simplesmente nos atraído para perto de si. Pelo contrário,
vivemos nele, e ele vive em nós! Vivemos mediante o estarmos em Cristo (o
estarmos associados a ele, o estarmos unidos a ele, o derivarmos nossa vida
espiritual dele). Além disso, ele vive em nós e deseja expressar sua vida em e
através de nós.
Este
plano único de intimidade espiritual é experimentado por aquele que “comer a
minha carne e beber o meu sangue”. Embora a linguagem soe estranha à mente
natural, a figura é comum, pois se come e se bebe para obter o alimente que dá
vida. O aspecto incomum é que esta fonte de nutrição é uma pessoa. No discurso
anterior de Jesus, ele indicou o que este processo incluía. Ele disse, “Eu sou
o pão da vida; o que vem a mim jamais terá fome; e o que crê em mim jamais terá
sede” (João 6.35). Comer da carne e beber o sangue de Jesus envolve
simplesmente vir a ele em fé. Quando vamos a Jesus, estamos confiando em quem
ele é (sua pessoa, sua carne, o Filho de Deus que se tornou homem). Quando
cremos em Jesus, também estamos confiando no que ele fez (sua obra, seu sangue
derramado por nós na cruz). Quando nos relacionamos com Jesus desta maneira,
encontramos nosso sustento espiritual nele. Assim, estamos nele, e ele
está em nós.
Certamente o Espírito Santo deve participar
plenamente deste processo. Pois a Escritura afirma: “Naquele dia, vós
conhecereis que eu estou em meu Pai, e vós, em mim, e eu, em vós” (João 14.20).
O Senhor Jesus logo estaria deixando seus discípulos a fim de retornar ao Pai.
Então, ele os consola, dizendo, “Não vos deixarei órfãos, voltarei para vós
outros. Ainda por um pouco, e o mundo não me verá mais; vós, porém, me vereis;
porque eu vivo, vós também vivereis” (João 14.18-19). Pouco tempo depois, no
dia de Pentecoste, como o Senhor Jesus prometeu, o Espírito Santo foi derramado
em plenitude e poder sobre os discípulos. Hoje, o Espírito Santo torna a
própria vida de Jesus disponível a todos os seus seguidores. Quando seus
seguidores confiam nele, Cristo vive em suas vidas e através delas.
Por isso, colocando-nos de joelhos
diante do Senhor da vida, supliquemos que ele nos ajude a aprender a viver
deste modo – eu vivendo nele e ele vivendo em mim; que ele nos ajude a ver como
é simples tanto o comer quanto o beber dele; que ele nos ajude a confiar em
quem ele é e no que ele fez por nossa vida espiritual, do mesmo modo como
confiamos no pão e na água para nossa vida física.
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